Finalmente, despertamos a consciência cidadã. Sem excessos, de - TopicsExpress



          

Finalmente, despertamos a consciência cidadã. Sem excessos, de forma pacífica e organizada, vamos caminhando no rumo das mudanças, demonstrando a força de nossa indignação e a nossa revolta contra este cenário de descaso, de roubalheira do dinheiro público, de inúmeros desvios de finalidade praticados pela classe governante. Chega o momento de darmos o troco, pois, não é mais possível ficar de braços cruzados enquanto o patrimônio público é desviado, não é possível ficarmos sentados vendo a saúde, a educação, a segurança pública, as leis e todo nosso ordenamento legal e constitucional, sendo dilapidado por gestores despreparados e mal intencionados, corruptos por excelência, gananciosos em roubar a Pátria, em apropriarem-se da coisa pública. As iniciativas da classe política, há muito não atendem aos anseios mais básicos da população. Chega de altos impostos e baixos serviços, chega de ver nossas escolas e o ensino, sendo ministrado de forma precária e deficiente, chega de crime e de falta de punição adequada e, principalmente, chega de falta de respeito com o povo. É na rua, nos protestos pacíficos que tudo isto vai ter que mudar. O imposto que eu e que todos nós pagamos, ou melhor, entregamos de mão beijada ao governo, não pode ir para o ralo da corrupção, nem servir de patrocínio para políticos oportunistas e demagogos ficarem se perpetuando no poder, mamando nas tetas da "pátria, esta nossa mãe gentil". As instituições estão ameaçadas, o parlamento corrompido e inoperante e, o judiciário, carente de leis mais eficazes, acaba por ter que legislar em muitos casos. O governo federal, de sua parte, suga os recursos dos entes federados como um vampiro esfomeado e, o povo, carente da prestação jurisdicional célere e efetiva, carente de atendimento à saúde, à educação, etc. Para amenizar, dão-nos o "circo e o pão", materializados na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, afinal, somos o país do futebol e, enquanto isto, vamos nos divertindo e torcendo pelos nossos craques milionários do escrete canarinho, que não dão à mínima e estão alheios a tudo isso. Não se vê um minuto de silêncio nos requintados estádios construídos com o nosso dinheiro, um minuto de silêncio em homenagem aos que tombaram nas metrópoles, vítimas da violência e da falta de segurança, pelos que vagam como zumbis pelas ruas de nossas cidades, vitimas do craque, do abandono e de outras drogas, nem memso 30 segundos de silêncio pelos que morreram a espera de um atendimento médico nas filas de nossos hospitais, pelos que morreram nas filas dos precatórios, pelas crianças que continuam sem oportunidades de educação, pela falta de escolas, pela falta de meios para o escoamento de nossa produção, que insistem equivocadamente em transportá-las por rodovias esburacadas e sem estrutura, enquanto isto, portos e rodovias são mal utilizados e carecem de investimentos, isto sem falar no transporte público, um martírio imposto aos trabalhadores no dia-a-dia das grandes cidades. Até mesmo a FIFA, por conta de suas ingerências políticas e com o aval de nossos governantes, liberou a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, alterando nossa legislação em benefício de multinacionais que patrocinam o evento, ingerências estas, que, sem sombra de dúvidas, atentam contra a nossa soberania nacional e as leis de defesa do consumidor. Até na política de defesa e preservação ao meio ambiente, estas forças alienígenas, externas a nossa pátria, interferem de forma lesiva ao interesse público. Meu discurso é longo, é do tamanho de minha indignação. O povo tem mesmo é que acordar, ir às ruas e não perder a sua capacidade de indignação em relação a estes flagrantes desvios de finalidade praticados pela classe política. Aprendi uma lição acerca do interesse público e do desvio de finalidade nos atos administrativos, com um pequeno exemplo: "O Prefeito de uma cidadezinha, tinha problemas estruturais e falta de médicos no posto de saúde do município, mas, como queria muito fazer uma praça na cidade - pretendia ser candidato a reeleição - optou por aplicar o dinheiro público na construção deste lindo empreendimento de lazer, a Praça. Pensava ser de interesse público a tal obra, assim, passou por cima das licenças ambientais, licitou com grandes empreiteiras, superfaturou a obra, asfaltou as ruas nas proximidades do empreendimento, adicionou canchas de esporte cobertas, etc. Construiu-se uma praça de primeiro mundo. No posto de saúde, quase nada foi investido e os problemas ficaram sem uma solução definitiva. Neste exemplo, existe interesse público no atendimento ao lazer, ao esporte, ao bem estar dos cidadãos, mas, de outro norte, existe um outro interesse público de maior envergadura, de maior relevância, que merece ser eleito com prioridade absoluta pelo gestor público: é o atendimento à saúde. A Administração, neste caso, acabou por praticar nítida afronta a Moralidade pública, agindo de forma desproporcional, impondo sacrifícios desnecessários e inúteis à coletividade, quando o que precisava-se naquele momento era priorizar-se o atendimento à saúde. É mais ou menos o que acontece com o nosso país no momento atual. Vamos continuar nos indignando. Parabéns ao povo brasileiro!
Posted on: Tue, 18 Jun 2013 15:00:44 +0000

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