Fiocruz estuda parceria internacional em neurociências e doenças - TopicsExpress



          

Fiocruz estuda parceria internacional em neurociências e doenças infecciosas Novas colaborações à vista entre a Fiocruz e a França. O diretor do Departamento de Ciências da Vida da organização francesa CEA (Comissão de Energia Atômica e de Energias Alternativas), Gilles Bloch, esteve em visita à Fundação para discutir possibilidades de parcerias com a instituição. Recepcionado por membros do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) na segunda-feira (8/7), ele conheceu o trabalho da Fundação, sua atuação e importância para o SUS e suas ações internacionais. Bloch mostrou interesse em cooperações no campo de neurociências, doenças infecciosas e no intercâmbio de pesquisadores e estudantes nas áreas de proteômica (estudo das proteínas) e genômica. “O Brasil é um país muito grande, com rápido crescimento em diversos campos da saúde, sendo assim um parceiro estratégico para nós. Essa parceria será muito benéfica para as duas instituições”, disse. Também presente ao encontro, o diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e coordenador do Laboratório Internacional Associado de Imunoterapia e Terapia Celular – fruto da parceria entre a Fundação e a universidade francesa Pierre et Marie Curie (UPMC) –, Wilson Savino, comentou que as parcerias, inicialmente, não devem estar restritas a determinadas patologias, mas devem privilegiar a formação de pessoal em tecnologias de alto desempenho para uso em ciências biomédicas. “Em termos de neurociências, sem dúvida podemos vislumbrar a curto e médio prazo projetos bilaterais envolvendo alterações neurológicas em doenças infecciosas sobre as quais a Fiocruz detém grande expertise”, propôs. Ele ainda destacou que a cooperação bilateral no campo de neurociências vai permitir o reforço na capacitação de jovens pesquisadores da Fiocruz nesta área do conhecimento. “A CEA tem um grande número de laboratórios com expertise em vários aspectos de tecnologias avançadas, particularmente em termos de análise de imagens. Além disso, tem laboratórios de alto desempenho com trabalho no campo das neurociências”, ressaltou. O assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) Vincent Brignol assinalou que a CEA pode ser importante parceira no âmbito do programa de cooperação científica na área de neurociências que a Fiocruz está desenhando com institutos de pesquisa da França. A Fundação, por meio do Cris e da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR), realizou, em janeiro deste ano, um mapeamento de suas potenciais equipes e linhas de pesquisa no campo de neurociências para o desenvolvimento de cooperações com instituições francesas na área. Como resultado dessa ação, os pesquisadores da Fundação propuseram parcerias nos campos de neuroinflamação em doenças infecciosas como dengue, hanseníase, malária, doença de Chagas e septicemia; estudo do comportamento de insetos vetores de doenças infecciosas; terapias celulares para doenças como hanseníase, derrame e enfermidades neuromusculares; biologia clínica e do genoma em doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzeimer; além de experimentos no campo de desordens psiquiátricas como autismo e esquizofrenia. “A CEA tem equipamentos, estrutura de ponta e equipes científicas de excelência, mistas com outros organismos franceses como o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, em francês) e o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm). Além disso, eles estimulam a criação de start-ups para desenvolver tecnologias e produtos de mercado a partir de patentes e outros resultados da pesquisa fundamental. Será muito útil conhecer melhor este modelo para acentuar estes tipos de ações na Fiocruz”, afirmou Brignol. Em março de 2014 será realizado um seminário entre a Fiocruz, a CEA e outros parceiros franceses para a definição de futuras cooperações e escolha dos pesquisadores que delas participarão. “Até lá, vamos manter o contato com a CEA e divulgar esta ação na Fiocruz para incentivar a comunicação direta entre os pesquisadores, que são a base dessa cooperação científica”, adiantou Brignol. Formado em engenharia pela Escola Politécnica na França, Gilles Bloch se tornou membro da sede da CEA na cidade de Saclay, nos arredores de Paris, em 1985, quando trabalhou no estudo estrutural de RNA sintético (ácido ribonucleico, responsável pela síntese de proteínas da célula) através do uso da técnica de ressonância magnética nuclear NMR. Em 1990, iniciou sua atuação na organização francesa como pesquisador científico. Tornou-se o primeiro diretor da então recém-criada Agência de Pesquisa Nacional entre 2005 e 2006. Nesse último ano foi nominado diretor-geral de Pesquisa e Inovação no Ministério de Pesquisa e Educação. Assumindo essas duas diferentes funções, contribuiu fortemente para a renovação do sistema de pesquisa francês. Desde 2009, atua como diretor do departamento de Ciências da Vida da CEA. CEA A Comissão de Energia Atômica e de Energias Alternativas (CEA) é uma organização de pesquisa tecnológica financiada pelo governo francês e reconhecida como uma das principais instituições na área da pesquisa europeia. Uma de suas funções é estabelecer projetos colaborativos com outras instituições ao redor do mundo. Além de trabalhar no desenho e operação de estruturas de pesquisa de larga escala, atua em quatro diferentes campos: energia, defesa e segurança global e tecnologias de saúde e da informação, em associação com pesquisas de excelência. Conta com 10 centros de pesquisa, 15 laboratórios de excelência, uma equipe composta por 15.982 técnicos, pesquisadores e engenheiros, 1.488 estudantes de Ph.D, 55 acordos assinados com universidades e escolas e 950 publicações científicas somente no ano de 2012. O Departamento de Ciências da Vida da CEA combina pesquisa básica com pesquisa tecnológica aplicada para oferecer ideias-chave nos campos de energia e cuidados da saúde. Desenvolve tecnologias inovadoras voltadas ao setor de cuidados da saúde por meio da condução de programas de pesquisa em áreas como imagiologia médica, pesquisa em genoma, biologia em larga escala e engenharia de proteínas. fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5448&sid=9
Posted on: Wed, 10 Jul 2013 12:42:16 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015