Inconsciente, Ego, Supergo, Eu, Recalque, Consciente, - TopicsExpress



          

Inconsciente, Ego, Supergo, Eu, Recalque, Consciente, SuperConsciente: Os medos e o caminho de todos nós. INCONSCIENTE - Segundo Freud e Jung, o inconsciente é um dos três níveis do psiquismo onde permanecem os processos, as idéias e sentimentos que não podem ser trazidos voluntariamente à tona e à luz da consciência. Quando algo se torna inconsciente não adianta apenas querer que ele deixe de ser inconsciente. Para trazê-lo ao nível consciente são necessárias técnicas mais poderosas que a simples vontade, como por exemplo, o hipnotismo, a sugestão ou a psicanálise. (01). A maioria de nossas lembranças são obstruídas em seu acesso, só podendo ser acessada por hipnotismo, a sugestão ou a psicanálise ou, descuido do superego. Estes registros, úteis ou não, nobres ou não, ficam armazenados neste arcabouço. Este repositório, tanto de experiências que atrasaram nosso progresso ou não, enquanto individualidade, não são, de uma maneira geral, acessíveis aos homens comuns. Estão aqui, desde experiências profundas do passado próximo ou remoto e, que muitas vezes, vêm-nos a baila de maneira simbólica ou não. Pode ser, para nós, motivo de orgulho ou desespero, razão pela qual, mexer com ele sem estar habilitado, é meter as mãos em caixa de marimbondos, perdendo um são, criando um desequilibrado. É Painel vivo de nossas aquisições e de simbolismos, às vezes, incompreensíveis. De uma maneira objetiva podemos dizer que é o sano e o insano registrado nas fímbrias de nossa individualidade. É o céu e o inferno, cujos portões estão fechados, naturalmente, em nosso benefício. EGO - Para Freud, o Ego é o resultado de um processo repetido de transformação das tendências inconscientes mais superficiais, ao contato da realidade exterior, e graças à intervenção da percepção consciente. Mas esta instância da personalidade é, talvez, a mais difícil de ser definida e caracterizada. Ainda sob este angulo, o Ego aparece como essencialmente passivo. Com efeito, tomar consciência, registrar os resultados e os episódios de um choque entre duas forças, não é uma função ativa. Ora, na estrutura da personalidade, o Ego é um elemento ativo, que desempenha um papel capital na existência. Essa função ativa consiste, segundo Nacht, em transformar esta tomada de consciência em uma consciência do ser e em uma participação na atividade geral. O Ego é, por conseguinte, o ponto que marca a encruzilhada entre o inconsciente e o mundo exterior. É uma espécie de sentinela, de guarda de barreira, que controla a comunicação entre esses dois mundos. mantidos constantemente sob sua tutela e observação. Basicamente, o Ego é um mediador entre o exterior e o inconsciente. Ele assiste às lutas ferozes entre as tendências inconscientes e a realidade. Essas lutas afetam profundamente o indivíduo para o bem ou para o mal, e o Ego procura conciliar os dois adversários, tudo fazendo para encontrar uma solução que possa satisfazer, senão totalmente, pelo menos em parte aos elementos conflitantes. Uma das funções essenciais do Ego é, portanto, procurar o melhor compromisso, o melhor acordo possível entre o mundo exterior e as pulsões inconscientes.(01). O Ego é a instância de nossa personalidade atual que age, para nosso bem, nossa melhoria, como arcabouço ativo e mediador, entre o inconsciente e a realidade exterior. Não é estrutura eterna, conquanto essencial para consolidação do Eu. Inicialmente é arcabouço vazio; as experiências pessoais consolidam-no com nossas lutas conscientes ou não, enquanto na carne. É como um arquivo de metal vazio, com algumas informações básicas próprias e, outras, próprias de sua mediação ativa. Os espaços vão sendo preenchidos com nossas experiências, na vida. Filosoficamente, é a sede de maya (ilusão), dos hindus e, por ela, mesmo sendo substrato do Eu, nos enleamos em experiências dolorosas a serem ajustadas em outras vidas, considerando a continuidade evolutiva da individualidade, em personalidades diversas, em épocas diversas. Está vinculado ao ter, no sentido da posse, às vezes doentia, ao que chamamos de egoísmo. Não obstante, não podemos jamais esquecer da riqueza vivencial do Ego, embora este incite nosso contato com o ilusório, mas, em contrapartida, molde em nós, rudimentos de nosso caráter, da nossa ética, da nossa moral, não nos deixando à mercê do instinto puro. Quem se prende profundamente ao Ego, perde-se nos braços de maya (ilusão). Na medida em que caminhamos para porvir unidos à perfeição, devemos refletir sobre o que disse Sidharta Gautama Budha: ego, meu amigo, foste útil para mim, és meu homem-velho que me transformou homem-novo, Eu; assim devolvo-te à fonte criadora, para que Eu possa SER. Por fim, podemos considerar o Ego um rascunho, o significante, ainda que imperfeito, do Eu. É-nos necessário, enquanto a ilusão nós é, mas inadequado quando doentio, ou, se já entendemos qual é a nossa meta final. SUPEREGO - É uma das três instâncias da personalidade na teoria freudiana. O Superego é o conjunto de interdições, de defesas e de princípios introjetados que vai se constituindo, progressivamente, no decorrer do tempo. (...). O Superego é, portanto, formado de normas sociais interiorizadas, podendo ser considerado como verdadeiro herdeiro dos pais. Com efeito, sobretudo durante a primeira infância, os pais representam para a criança a principal fonte de sanções, ameaças e oposições. Mas representam também um centro de segurança. O Superego encontra-se, por conseguinte, na origem de segurança e insegurança psicológica do indivíduo, como os sentimentos de culpabilidade e inferioridade. Ele constitui um sistema defensivo normal e funciona sem que o indivíduo o perceba. Ele tem por finalidade impedir a satisfação de necessidades quando essa satisfação for de encontro ao que é moralmente condenável pela ética social que o indivíduo interiorizou. (01). O superego leva-nos a suporte algo forte e disciplinador. De fato, somando estas e outras características, basicamente o superego é um censor. É quase totalmente eficaz, pois ao tempo que impede que a maioria das experiências dolorosas sejam reavivadas desnecessariamente, do inconsciente, coordena o armazenamento e “esquecimento” de novas experiências do ser, boas ou más. É guardião fiel de nossa sanidade, conquanto seja dinâmico e moldável, conforme nossas necessidades. Tecnicamente o inconsciente deveria ser inviolável, mas, em função de mecanismos fora de nosso controle consciente, a sugestão psicanálise ou, descuido do superego, às vezes permitem pequenas brechas, trazendo-nos, à baila, lembranças que podem nos auxiliar em nossos ajustes íntimos. São pequenos momentos a serem trabalhados, sendo que o restante fica intocável. Não pode ser questionado, pois não está sobre controle da personalidade, mas incrustado na individualidade. Assim, o superego é um escudeiro fiel, que à guisa de médico e professor, permite, se necessário, que trabalhemos à luz da consciência, aspectos sepultados em nossa inconsciência. EU - É o conjunto de pensamentos, sentimentos e ações - tudo integrado - que faz com que o indivíduo tome conhecimento de si próprio. Pode-se dizer que. o eu ( ou self ) é a entidade mais complexa e importante de cada um de nós, como conjunto. (01). Filosoficamente, podemos dizer que o Eu é o Ego lucificado. A vem a SER Eu sou. O Eu é consciente e vinculado às coisas do eterno; concebe em si a existência de algo maior. Para alguns, é a fisionomia, o nome, o corpo e outros, enquanto há também um constante desenvolvimento fazendo com que novos aspectos venham ajuntar-se à estrutura: crenças, padrões de comportamento, hábitos, cultura, riqueza, "status" social, atividades profissionais etc. (01). Na existência, sente-se imerso em uma superioridade racional e, quando vinculado a aspectos de fé, em beatitude consciente, despojado de fanatismo. Normalmente quem tem um Eu maduro. vê na ilusão algo efêmero, para catarses eventuais, voltando, num átimo, ao equilíbrio. É a consciência do ativo, do passivo, do positivo, do negativo, da vida e da não morte, Do Yin, do Yang, . Deixa de ser coadjuvante da vida e passa a ser significante de sua evolução. Pedagogicamente podemos dizer que Francisco de Assis tem seu Eu plenificado e nós, temos egos plenificados e Eus plenificáveis. Aquele plenificou-se e abriu-se mão por Jesus, nós, estamos a caminho, a passos lentos. É muito fácil estar (característica do EGO). Difícil é SER (característica do Eu). RECALQUE: A exclusão, do campo da consciência, de certas idéias, sentimentos desejos, que o indivíduo não quisera admitir, e que, no entanto, continuam a fazer parte da vida psíquica, suscitando, não raro, graves distúrbios. (01). É algo que nos incomoda, que nos constrange, que nos torna desagradáveis, mas que está dentro de nós, ainda que não admitamos. São sensações que migram do inconsciente para o inconsciente com a “permissão” do superego, que se amoldam, acidentalmente ou não, a ocorrências atuais. Medos, frustrações, mágoas, rancores, ou seja, aspectos insalubres a serem trabalhados pelos seres que ainda vivenciam de perto o manto oblíquo das ilusões. Estas alternam, em intensidade e importância para nós, à medida que evoluímos do ego para o eu. Não é uma patologia, mas mármore de carrara virgem a ser moldado pela nossa auto-aceitação, com todas as nossas deficiências. CONSCIENTE - Consciente é um dos níveis da vida psíquica, muito pequeno em relação à parte inconsciente, e do qual o indivíduo é responsável em qualquer momento de sua existência. Embora o consciente seja uma continuidade durante a vida normal, seu conteúdo é extremamente transitório e se modifica continuamente. Freud e Jung afirmam que se tem exagerado a importância da parte consciente do psiquismo. Para Jung, o consciente não existiria se não houvesse uma base inconsciente sólida. O consciente é responsável pela adaptação ao meio. Jung considera o EU como a parte central do consciente, explicando que esse EU seria caracterizado por sua continuidade, sua estabilidade. Afirma o discípulo de Freud que o EU representa as atitudes conscientes e estáveis do indivíduo frente ao mundo exterior. Para Freud, é consciente todo processo psíquico pelo qual tomamos conhecimento num momento dado. Estou, por exemplo estudando e, de repente, lembro-me de que amanhã é feriado e que irei à praia. Esta idéia passa a ocupar meu espírito, torna-se consciente e permanece consciente enquanto eu continuar pensando nela. Quando eu deixar de pensar que amanhã irei à praia e concentrar-me novamente no estudo, que acontecerá com a idéia de meu programa para amanhã? Terá ido embora. Mas ,para onde? Para o lugar de onde tinha vindo. Antes de eu ter pensado nela, ela já se encontrava em meu espírito, pois eu já sabia que amanhã iria à praia. Apenas não estava pensando nela, no momento em que a idéia tornou; consciente. A consciência é como um raio de luz que se projeta na direção de um objeto que se encontra n escuro. O objeto iluminado torna-se consciente pode ser vista por mim. Os outros objetos que se encontram ao redor e que não são vistos nesse determinado momento, mas que o poderão quando el quiser, são denominados pré-conscientes.O consciente é, portanto, a região que se encontre iluminada por minha consciência. (01). Consciente é aquilo que vivemos no hoje. É uma mistura de nosso Eu na vivência ambiental. É formado por tudo aquilo que vemos, vivemos, interpretamos ou que aquilo ou alguém para nós interpretam. Estar consciente é estar de posse de toda sanidade e capacidade mental, pensando sempre na auto-melhoria e na melhoria do todo. Os censores que nos modelam a consciência são a ética, a moral e o livre-arbítrio. Nenhuma instância cobra-nos tanto quanto esta, pois enquanto o Ego detém, emocionalmente, a pseudo-consciência, vinculado que está, à personalidade atual, o Eu, detém a plenitude relativa da consciência, posto estar à individualidade imortal. É o vivenciar pleno de nossa consciência, sem o cutelo do recalque, quando as culpas estarão sanadas. Nestas palavras, longe de sua rigidez teórica, tentamos dar uma visão espiritual de conceitos médico-psicanalíticos. Não percorre em nós a ânsia de estarmos totalmente corretos, pois a água, do manancial original até chegar até nós fica turva em função do pedrouços de nossa ignorância. Nossa intenção é tentar criar sinergia entre conceitos, materialistas e espiritistas, comuns. Assim, visando adequar o material ao espiritual ousamos, em nossa habitual ignorância, colocar os conceitos anteriores, à guisa de facilitar a compreensão: - inconsciente: o que a espiritualidade não acha prudente termos acesso ao reencarnarmos, ou que julga prudente esquecermos, para vivermos em plenitude. Gostaríamos de lembrar que quem gosta de passado é arqueólogo, paleontólogo ou múmias. Nas imagens que emergem em nosso consciente via sonhos ou não, sem sentido ou não, trazendo medos e fobias de todo gênero, vemos a ação das ligeiras falhas do superego, autorizadas pelos que nos coordenam a vida. Cutucar o passado, sem necessidade, pode significar perda efetiva da presente personalidade reencarnada, do ponto de vista mental. - Ego: personalidade atual, mediadora de nosso inconsciente com a nossa experenciação atual. Podemos domar, se desejarmos. Não é o Eu, mas este é possível, pela ação daquele, em maturação. Pode estar vinculado à ilusão e ao prazer. Traz, até nós, tristezas inúmeras e alegrias parcas. Por depender mais de nossa boa vontade, nos coloca muito amiúde em contato com a Lei de Causa e Efeito. Muito ativo, em sentido evolutivo, em espíritos imperfeitos, ou seja, em nós mesmos. - Eu: é a plenitude moral e espiritual. Quem está imersão no Pai. Com ele em intimidade. É mensageiro da luz e da esperança, não tendo recalques e dolos mentais. É pacificador e co-criador com o Pai. Se tem algum Ego ativo, é desprezível, posto é, em si mesmo a plenitude de tudo que é, e esta é a permanência. - Consciência: aquilo atual e realizável, Ego, ou realizado, Eu; tem a seu dispor a ética, a moral e o livre-arbítrio. Tanto o realizado quanto o realizável, se sãos de saúde mental, têm consciência. Saber usá-la, cabe a cada um. Assim o egóico tem a consciência, podendo ou não ter discernimento, razão e disciplina. Cabe a ele a decisão. O Eu sublimado já caminha no caminho da bem-aventurança. A guisa de conhecimento, poderíamos colocar outro conceito importante, o de superconsciente: algo acima de nossa consciência atual de que a consciência mais elevada vem para baixo no corpo; inclui os planos mais elevados de ser mental assim como as alturas nativas de ser espiritual supramental e puro (02), ou seja seria a abstração total do SER em sua característica mais sutil, deixando de ser antropos (homo sapiens) , ou espírito vinculado ao ser humano, para imersão plena e beatífica no manancial fecundo do creador. É a auto-desapropriação para atender à vontade de Deus. Eis a nossa mente. Complexa e rica e seu conteúdo e arquétipos. Tenhamos coragem de vermo-nos como co-responsáveis pela nossa evolução. Nosso caminho começa no EGO e só Deus sabe onde vai terminar. Paulo Viotti
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 10:39:12 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015