Jornada Mundial da Juventude - A Saga Capítulo VII – O dia do - TopicsExpress



          

Jornada Mundial da Juventude - A Saga Capítulo VII – O dia do casamento Cheguei em casa, tomei banho e enquanto minha mãe terminava o almoço, fui organizando a mochila que iria levar pra casa da minha prima e o que eu queria trazer da casa da minha mãe pra Corumbá, afinal, no outro dia de manhã eu iria pegar estrada para voltar pra casa. Enquanto fazia isso, percebi que minha mãe estava com uma cara meio estranha e tive que ouvir um desabafo dela por causa de uma mensagem que recebeu mais cedo e que tinha uma solução simples, mas ela complicou um monte... Coisas da minha mãe... Fui procurar uma calça social antiga que eu havia deixado lá, mas quem disse que eu encontrei? Perguntei pra minha mãe se ela lembrava onde estava e ela disse que não, que já tinha procurado por tudo e não tinha achado... E a minha cacharrel que eu tinha certeza que estava lá?!? Nem sinal... Mais essas pra ajudar, afff!!!! Almoçamos, combinamos o horário que nos encontraríamos no ônibus e, depois de ligar, fui pra casa da minha comadre arrumar o cabelo. Ir até a casa da minha comadre a pé, num Sol de uma e pouco da tarde com a pupila dilatada não foi nada fácil! Foi uma sessão de caretas o trajeto todo... rsrsrs Não consegui identificar de longe, claro, mas ao chegar perto da casa da comadre, ela estava conversando com sua mãe no portão. Cumprimentei as duas, trocamos algumas palavrinhas e a dona Marli voltou pra casa. Dei “oi” pro meu compadre e fomos começar a arrumar meu cabelo. Antes de começar porém, meu afilhado acordou, mas sabe quando criança dorme pouco e fica toda molinha e enjoada?!? Ele acordou assim, tadinho... E ainda por cima, me estranhou por causa da pupila dilatada. Como diz minha comadre, eu tava com os olhos iguais do Gato de Botas do Scherek, como ele não ia me estranhar?!? Resultado: ele não veio no meu colo, não brincou comigo, nem conversou. Ainda por cima, só queria o colo da mãe e ela precisava arrumar o meu cabelo; afinal o tempo estava passando e eu tinha que pegar o ônibus pra encontrar a minha mãe e irmos juntas pra casa da minha prima. Não sei o que meu afilhado tava fazendo de errado (acho que mexendo num potinho com água), eu avisei a Lu, ela falou pra ele não mexer. Pronto... Ele abriu um berreiro e não parou mais!!! A Lu teve que ligar pra mãe dela vir buscar meu afilhado porque senão, ela não ia conseguir trabalhar... Meu afilhado, muito safadinho, só foi me jogar beijo e me dar tchau quando a avó veio busca-lo... Deixa, eu nem tava com saudade dele messsssmoooo.... Minha comadre terminou meu cabelo correndo e sai pro ponto de ônibus: uma parte do cabelo com trança, a outra metade enrolada em um monte de anéizinhos que eu ia abrir quando estivesse mais perto de Tupãssi. Já eram quase 14:40h e não tinha nenhuma notícia da minha mala... Encontrei minha mãe no ônibus, chegamos no terminal Sul e, por sorte, tinha outro ônibus encostado que ia pro outro terminal. Perguntei pra minha mãe se alguém tinha ligado do aeroporto e ela disse que sim, que parece que a mala tinha chegado. Pedi se ela tinha passado o endereço da casa da sogra da minha prima pra eles entregarem a mala e ela disse que não, que ela não tinha o endereço. Detalhe: ELA tinha me passado o endereço por mensagem, como não o tinha?!?!? Haja paciência!!!! Ela falou que tinha pedido pra eles me ligarem, mas claro que ninguém tinha me ligado... Procurei o número de telefone na lista das chamadas recebidas e liguei de volta. Uma moça atendeu, expliquei a situação e ela falou que realmente minha mala estava com eles no aeroporto, que estava com a alça danificada (provavelmente só tinha descosturado), que eu tinha a opção de deixar a mala pra eles consertarem (ela iria ser mandada pra Curitiba e depois de volta pro meu endereço) ou eles me mandariam um voucher com um valor para desconto na próxima viagem. Lógico que eu optei pelo voucher e ela me informou que eles teriam um prazo de até 15 dias para liberarem este bônus; que mandariam um e-mail confirmando a liberação. Mas, claro, como fizeram com a Paula, até hoje não recebi nem voucher, nem e-mail... No mais, parecia estar tudo em ordem com a minha mala. Pedi se ela poderia anotar o endereço para entregar a mala e que agilizasse a entrega porque eu teria que sair de Cascavel às 16h. Ela disse que ia anotar o endereço e que ela já tinha chamado um responsável (eu imagino que presta serviço pra Azul) para vir buscar de moto a minha mala e que teriam que entrega-la antes deste horário porque depois o aeroporto iria fechar... Fazer o quê?! O jeito era aguardar e ver se a mala chegava a tempo... Ao chegar no terminal, encontrei uma amiga e a mãe dela. Conversamos bem pouquinho e fomos mais perto da plataforma onde encostava o outro ônibus que precisávamos pegar. Logo, ele chegou e embarcamos. Chegamos na casa da minha prima e perguntamos se tinham entregue a mala. Nada até o momento. Fomos terminar de nos arrumar, mas ficamos de orelha em pé pra ver se ouvíamos alguma moto chegando. Eu tinha certeza que não iriam entregar a mala a tempo... Experimentei algumas roupas que minha prima tinha separado pra mim, mas infelizmente nenhuma ficou legal. O jeito era improvisar com o que eu tinha: o blaiser, o lenço, uma blusinha de manga longa já antiga, meio surrada e uma calça com um tecido parecido gorgurão, bem mole, com corte de calça social, que já tinha aposentado e que passou por uma duas reformas porque o tecido era pesado e ia aumentando o comprimento com o passar do tempo... Pelo menos, não estava tão frio, o que ajudava no improviso do modelito... Não ia nem precisar usar a luva. Minha mãe, ao ver que as roupas da minha prima não me serviam falou: “E agora?!”. Eu disse que o negócio era usar a roupa que eu estava vestindo mesmo. Ela olhou pra mim e disse: “Hã?!?”, com uma expressão muito engraçada, como se não tivesse acreditando no que tava ouvindo... Eu perguntei: “Por quê ‘hã’?!?”. Ela respondeu: “Essa calça?!? Que vc usava dentro de casa, que já usou até na horta?!?”. Eu nem lembrava que já tinha surrado ela tanto assim... kkkkkkkk Aí eu respondi: “Mãe, é o que tem pra hoje!!!”. Ela respondeu um “é verdade!” numa naturalidade que me surpreendeu!!! Ela que também tem uma veia meio “tenho que parecer bem vestida, mesmo não tendo dinheiro e não sabendo como fazer isso”, aceitar a situação numa boa, foi realmente admirável!!!! Ajudamos a minha prima a colocar uns bob’s no cabelo, fui terminando minha make com as maquiagens da minha prima (nem Corretivo Facial minha mãe tinha mais em casa...), consertamos o brinco dela (a pérola tinha descolado), enquanto ela ia terminando a malinha da filhinha, que tem um pouco mais de um aninho (não sei porque os homens nunca se tocam de que tem todas essas coisas pra fazer e não nos dão uma mão...). O marido dela já estava esperando no carro e saímos correndinho... Já eram 16:20h e NADA DA MINHA MALAAAA!!!! Buááááááááá. O aeroporto já estava fechado e com certeza não iria ter torre durante a viagem. O jeito era tentar ver se haveria alguém no mesmo horário que eu havia chegado, apesar de que, pelo que taxista falou, só haveria o vôo das 14:20h ainda no sábado... Chegamos na igreja, praticamente junto com a noiva... Ela estava linda! O que é redundante falar, já que ela é da minha família e todos da minha família são lindos!!! kkkkkkkkkkk (super humilde, não?!?). Tentei tirar umas fotos com a máquina da minha prima de Cascavel, mas não me acertei com ela... Demorava pra bater, o flash não saia, desligou sozinha... Enfim, sem condições! Acho que não saiu uma foto boa!!! Fui sentar com meus parentes e não acreditei: minha outra prima e o namorado dela, que é dono de uma máquina igualzinha a minha, não a trouxeram pra registrar o casamento! Como assim?!? Eu aflita de estar sem minha câmera e eles não trazem a deles... =S A cerimônia foi tranqüila... O padre não era muito carismático (já participei de celebrações bem melhores) e uma das vocalistas desafinava toda hora, mas o importante é que estávamos ali reunidos para partilhar da felicidade deles... Depois do casamento, saímos da igreja, ficamos lá fora tentando achar um guia para nos levar ao salão onde iria acontecer a festa (que era a 9 Km da cidade) e aproveitamos pra ir cumprimentar os outros membros da família. Muita gente que morava bem mais perto do que eu, faltou... Minha tia do Paraguai veio e meus primos de Toledo não... Fala sério!!! Conseguimos achar um guia e tive uma certa dificuldade pra fazer minha mãe deixar o papo para a festa e entrar no carro (só pra variar!!! kkkkkkkkkkkkk). Chegamos no salão, sem saber do teste de resistência que iríamos enfrentar... A cerimônia começou às 17:30h e não foi muito longa. Os noivos saíram da igreja e foram fazer uma seção de fotos enorme (só os convidados que ficaram fora da seção. Só fomos registrados na filmagem e em uma ou outra foto sem os noivos)... Não sei se passaram gravata antes ou depois da janta, só sei que todo mundo estava com o estômago nas costas, porque serviram o buffet às 21:30h. Pra variar, além de já ter partilhado a novela da mala, tive que partilhar mais este teste de resistência mega hard nível 9 que estava tendo que passar... kkkkkkk Como eu falei pros meus primos que estavam na mesa: nunca na minha vida fiquei tão feliz em ver um prato de salada sendo servido!!! kkkkkkkk Mas, não podemos reclamar: a comida estava excelente!!! Afinal, tem coisa melhor do que comida caseira colonial?!? Pensa numa costela e num porco bem assados... Delícia! Eu passo mal se fico muito tempo sem comer... Aquele dia, devido as correrias, só consegui tomar o café da manhã e almoçar... Não sei como eu já não estava morrendo de dor de cabeça e com o corpo mole... Sei que uns 5 minutos depois de comer, tudo começou a rodar. Pensei comigo: “Legal, agora vou desmaiar no meio da festa do casamento!!!”. Eu tomei alguma coisa e começou a melhorar... Deu até pra tomar depois o Absinto que o filho de uma das minhas primas trouxe... rsrsrs Chegou próximo da meia-noite e comecei a tentar ligar pro aeroporto pra ver se tinham entregado minha mala ou se me passavam o telefone do entregador... Adivinha?!? Ninguém atendia! Provavelmente não teria mais nenhum vôo até à tarde de domingo (isso se fosse ter algum vôo...). Como ia fazer com a minha mala?!? O clima pra festa já foi se extinguindo... Fiquei tentando imaginar alguma alternativa de conseguir minha mala, afinal, queria os meus pertences!!! Não iria deixar na mão deles pra me entregarem em Corumbá e não tinha perspectiva de voltar tão cedo pra Sogrolândia... Ficar sem minhas roupas e minha máquina? Eu tinha outras festas pra ir e registrar... Um tempo depois, a noiva chamou a atenção de todos porque ela queria fazer uma homenagem a duas pessoas especiais: a avó dela que havia falecido fazia uma semana e nossa outra prima que estava de aniversário no dia (quase tivemos que amarra-la no pé da mesa, porque ela já estava querendo ir embora!!! rsrsrs). Veio o momento que eu adoro de paixão (credo!), a jogada do buquê (a sobrinha da noiva, de 17 anos, que pegou...), e liberaram a pista pra dança. Como sempre, nem fiquei com a ilusão de conseguir alguém pra dançar porque o fato é: ninguém me chama pra dançar!!! Pensei até em matar a saudade e chamar minha mãe, mas ela estava com o pé machucado, não ia dar... O marido da minha prima resolveu ir embora (até porque criança pequena se cansa logo) e fomos nos despedir da galera. A grande maioria já estava indo embora mesmo... A viagem de volta foi tranquila... Já que eu estava no banco da frente e minha mãe e minha prima estavam conversando, fui conversando com o marido da minha prima sobre a viagem que ele havia feito pra Espanha por causa do doutorado. Quando estávamos chegando em Cascavel ele nos perguntou se preferíamos dormir na casa deles ou em casa (que ficava do outro lado da cidade). Eu disse que se não fosse muito incômodo, preferia dormir em casa, já que meu pai viria me buscar no dia seguinte... Só que tinha um detalhe: e a mala? Tinham entregue ou não? Ele resolveu ligar pro seu pai pra ver o que tinha acontecido (tadinho, ele e a esposa iam viajar naquele dia de madrugada e nós os acordando naquele horário e naquele frio...). Finalmente, o drama iria ter fim: a mala tinha sido entregue, não sei que horas e nem de que jeito, mas estava lá. Desci do carro pra ir com o meu “primo” até a casa pra pegar a mala. Levei ela até o carro e lógico, abri a bolsa pra conferir em que estado estava minha câmera... Graças ao céus, ela estava inteira, com todas as fotos e vídeos salvos!!! Aleluia!!!! Voltei para a casa, agora dos meus primos, e fui pegar a mochila e as coisas que ficaram no quarto. Olhei por tudo, pra ver se não estava esquecendo nada... Eles nos levaram até em casa, tive que ouvir uma seção de notícias tristes da família (já que esse é o papo principal das reuniões da minha mãe e meus tios (foi até esse o motivo de ter sentado em uma mesa diferente da que minha mãe estava no casamento)) e fui me arrumar pra dormir, agora com minhas coisinhas!!! Precisava descansar, pois no outro dia, a estrada me aguardava...
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 03:13:43 +0000

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