MINHA POSIÇÃO EFETIVA SOBRE A CULTURA DOS EUA (Citação de um - TopicsExpress



          

MINHA POSIÇÃO EFETIVA SOBRE A CULTURA DOS EUA (Citação de um diálogo com Paulo Eduardo, que não concorda comigo, mas é civilizado.) Espero que aqueles que não concordam comigo, mas estão dispostos ao diálogo, realmente me ouçam e entendam o que vou dizer e não me atribuam posturas que n ão tenho. (1) Sou um admirador e consumidor de primeira linha da cultura norte-americana. Neste instante, em que respondo, estou ouvindo rock’n’roll; adoro a arte pop, Andy Wharol e outros; o faroeste de John Ford, para citar só um; a literatura de Hemingway, Faulkner; meu relógio de parede é pop, com a foto de um Oldsmobile, acho; sempre visto roupas jeans, como todo mundo; o jazz de Louis Armstrong, Charlie Parker, Billie, etc., fazem parte do meu cotidiano. (2) Não estou lutando pela revolução socialista, apenas defendo o direito de outros povos quanto à sua autodeterminação política e religiosa. Eu, com a sociologia que elaboro, quero para o Brasil um “outro” paradigma, no qual concordo com o Paulo, pautado “pela ética, liberdade, por justiça, políticos honestos” (citando suas palavras). Ou seja, parece que temos um acordo profundo, Paulo e eu, embora não tenha certeza disso. (3) Porém, espero que os leitores concordem com que os EUA não são nem um país nem um povo homogêno. Como o Brasil, formado por povos de todo o mundo, é variado em sua composição do Estado, da política, do empresariado, do operariado, dos intelectuais e sacerdotes. Há conteúdos da cultura norte-americana simplesmente maravilhosos. Porém também há conteúdos extremamente maléficos e opressivos para com o resto do mundo, e o Brasil está nisso. É contra este “segundo rosto” dos EUA que nós, brasileiros, lutamos. É certo que os EUA foram um dos criadores do Estado Moderno (democrático e jurídico), mas a evolução política levou a elite norte-americana a uma postura mundial totalmente anti-democrática, voltada à dominação militar, baseada na espionagem e na recusa de qualquer outro regime diferente do seu. Isso é verdade, duvido que vão negar. Embora então muito devamos aos EUA eles infelizmente, após os séculos iniciais de sua república, XVIII e XIX, deixaram de ser “um exemplo a ser seguido” (Paulo prega isso). Havia nódulos ruins na essencia cultural norte-americana, especialmente na construção de sua identidade, que acabaram predominando e criando essa nação opressiva de hoje. E isso parece que muitos não estão enxergando ou há alguma outra razão que não sei qual. (4) Entristece-me profundamente a declaração de Paulo, aliás franca e aberta, de que “adoraria fazer parte do EUA, o Brasil não deu certo, e nunca vai dar”. Isso infelizmente faz com que eu rejeite qualquer orientação dele e de outros com a mesma posição sobre o atual processo político brasileiro, pois vem de uma pessoa quer desistiu assumidamente do nosso país. Como posso esperar uma solução de alguém que diz abertamente que não há solução, que este país não vai dar certo “nunca"? Paro por aqui. Como Paulo afirma (novamente concordamos) “gostaria de morar em um lugar que as leis funcionassem, que eu gastasse meu salário onde bem entendesse, que não houvesse criminalidade”, porém, diferentemente dele, consigo enxergar que isso é alcançável pelos brasileiros e por esta nação. Já postei aqui meu livro “Socioética, a ciencia social da ética”, que tem um bloco de ensaios intitulado “A luta ética no Brasil”. Peço aos discordantes afins do diálogo, que deixem a bronca de lado e leiam esses ensaios. Não sei se vai ltrazer uma luz. Mas vai mostrar em que me baseio para afirmar que há caminho e saída, sim, para o Brasil.
Posted on: Tue, 17 Sep 2013 17:23:04 +0000

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