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Mais sobre a CIDADE, a pauta de sempre, o problema do cotidiano, a questão da vez. Agora é DAVID HARVEY que nos convida a pensar a liberdade da (e na) cidade. As colocações também estão presentes no livro lançado recentemente pela Editora Boitempo / Boitempo Editorial e pela Carta Maior. A cidade, segundo o sociólogo urbano Robert Park, é “a mais consistente e, no geral, a mais bem-sucedida tentativa do homem de refazer o mundo onde vive de acordo com o desejo de seu coração. Porém, se a cidade é o mundo que o homem criou, então é nesse mundo que, de agora em diante, ele está condenado a viver. Assim, indiretamente, e sem nenhuma ideia clara da natureza de sua tarefa, ao fazer a cidade, o homem faz a si mesmo” (A obra referida por Harvey aqui é PARK, Robert. On Social Control and Collective Behavior. Chicago: Chicago University Press, 1967, p. 03) (p. 27). A liberdade da cidade é, portanto, muito mais do que um direito de acesso àquilo que já existe: é o direito de mudar a cidade mais de acordo com o desejo de nossos corações (p. 28). Vivemos, na maioria, em cidades divididas, fragmentadas e tendentes ao conflito. […] A cidade, particularmente no mundo em desenvolvimento, está rachando em diversas partes separadas, com a aparente formação de “microestados” (p. 28-29). Na história urbana, calma e civilidade são exceções, e não regra. A única pergunta interessante é se os resultados são criativos ou destrutivos. Normalmente são ambos: a cidade tem sido por muito tempo um epicentro da criatividade destrutiva (p. 30). O direito à diferença é um dos mais preciosos direitos dos citadinos. A cidade sempre foi um lugar de encontro, de diferença e de interação criativa, um lugar onde a desordem tem seus usos e visões, formas culturais e desejos individuais concorrentes se chocam. Mas a diferença também pode resultar em intolerância e segregações, marginalidade e exclusão, quando não em fervorosos confrontos. Em todo lugar encontramos diferentes noções de direitos, tão reafirmados e buscados (p. 30). Não podemos deixar que o medo desta última [da violência] nos acovarde e nos faça estagnar em uma passividade sem sentido. Evitar o conflito não é resposta: retornar a tal estado é se descolar do sentido do processo de urbanização e, assim, perder todo o prospecto de exercitar qualquer direito à cidade (p. 31). HARVEY, David. A liberdade da cidade. In: CIDADES Rebeldes. Coleção Tinta Vermelha. São Paulo: Boitempo, Carta Maior, 2013. P. 27-34.
Posted on: Wed, 21 Aug 2013 22:04:29 +0000

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