Mais um trecho do próximo livro,Sangue nos Olhos. Segue um - TopicsExpress



          

Mais um trecho do próximo livro,Sangue nos Olhos. Segue um capítulo Sangue nos Olhos- Capítulo 7 Lá fora estava frio,mas lá dentro do Clube Taperão estava quente,muita gente,muita alegria.Casais dançavam no meio do salão,a animação era contagiante.E todo final de semana era sempre assim. Três rapazes entram no Clube,encostam na mureta que separa o balcão do salão e ficam observando o ambiente.São os irmão Ratinhos, eles olhavam para as pessoas e cochicham entre si.Tampa,o irmão do meio vai até o balcão e pede uma cerveja.As mesas estão todas ocupadas,eles bebem em pé,ali mesmo na mureta. O local onde eles pararam é exatamente a passagem para se poder chegar aos banheiros.Eles não se importam em atrapalhar a passagem e ainda por cima, mexem com as mulheres que passam perto deles.A maioria delas não se incomoda,outras reclamam mas não dão atenção. Um jovem casal está sentado ao lado da mureta,já dentro do salão,do lado oposto aos Ratinhos. A menina aparentando entre dezesseis e dezoito anos,muito bonita,pele clara,cabelos escuros,usa um vestido comprido e botas,ela está radiante,não tira os olhos do companheiro,um rapaz alto,magro e bem vestido também.Ele aparenta a mesma idade da menina. A moça dá um beijo no rapaz e se levanta,caminha em direção ao banheiro,ao passar, Tampa passa-lhe a mão nos cabelos,ela vira-se rapidamente e olha com cara de poucos amigos.O namorado vê a cena e corre para tirar satisfações. -Está louco? Não vê que ela está comigo? - E daí que está com você? Tampa retruca. Os outros dois irmãos encostam e ao chegarem perto do rapaz jogam sobre ele a cerveja que estava nos copos. -Tem que ter respeito cara! Grita o rapaz. -Fica na sua mané,se não a gente te quebra!Falou Serrinha, o mais novo dos irmãos. O rapaz sem saber o que fazer,pegou a mão da namorada e voltou para a mesa. A moça vendo o namorado molhado de cerveja e percebendo que o ambiente estava ficando pesado resolveu chamá-lo para ir embora. Vendo que o casal estava saindo,os irmãos Ratinhos resolveram ir atrás. A Estrada de Itapecerica era escura e quase deserta aquela hora de domingo,poucos carros e pessoas circulavam próximo ao Clube Taperão. O jovem casal percebeu que os três rapazes os perseguia,apertavam o passo,mas o trio não desistia. Há uns trezentos metros do clube havia um ponto de ônibus,o casal já com medo não sabia se parava para esperar ou andava mais depressa.Por sorte avistaram uma viatura de polícia,eles iriam parar e falar para os policiais que estavam sendo seguidos.A moça levantou os braços,acenando desesperadamente para os policiais.O local onde estavam era um local escuro,a viatura passou por eles e não os viu. Os Ratinhos haviam parado e observaram que a polícia não viu o jovem casal.O trio apressou-se e se aproximou dos jovens. Alcançados pelo trio o casal prostrou-se sem reação. -Deixem a gente em paz,não fizemos nada pra vocês- A moça já em prantos começa a pedir pela própria vida. -A gente só que ver o que você sabe fazer gostosa. Toinho,o mais velho dos Ratinhos falou sarcástico, -Meu,se quiser dinheiro,temos um pouco,pode levar,leva os relógios,nossas correntes,são de ouro. - Não queremos seu dinheiro,não,Mané,queremos sua mina,vamos zoar um pouco.Zombou Serrinha,o mais novo. - Quer transar,né mano? Gargalhou Tampa. - Pelo amor de Deus! Deixem a gente ir embora,por favor.Pedia a moça assombrada com a violência da gangue. Vendo a situação cada vez mais complicada e sabendo que não adiantaria argumentar,o rapaz empurrou Toinho,colocou-se à frene da namorada e falou com raiva: - Se alguém tocar nela,vou brigar até morrer. Mal terminou de concluir a frase foi golpeado com a coronha do revólver que Toinho sacou do bolso da jaqueta.O sangue escorreu-lhe pelo rosto. -Filho da puta! Seu sangue sujou meu tênis novo!Vai lamber essa porra agora!Toinho gritando já pegando o rapaz pelos cabelos,o fez ajoelhar,apontando a arma para sua cabeça e o fez lamber as gotas de sangue em seu tênis. Os outros dois Ratinhos prendiam a moça pelos braços,ela debatia-se,tentando desvencilhar-se .Serrinha desferiu-lhe um soco no meio do rosto,ela caiu sentada no meio do mato. Humilhado o namorado observava aterrorizado a cena brutal que se desenhava. Serrinha e Tampa rasgaram as roupas da moça,deixando-a quase nua,os seios ficaram à mostra,rasgaram-lhe a calcinha e Tampa ordenou para Serrinha; - Come essa cadelinha!Come gostoso,depois é minha vez. Os dois a violentaram brutalmente. Tentando levantar-se a moça gritou por socorro,levou mais um soco na boca,e mais outro soco.Apagou. O namorado estava de joelhos e sob a mira da arma de Toinho,as lágrimas de impotência escorriam misturadas ao sangue que caía do supercílio ferido.Num gesto de desespero puxou a perna de Toinho,tentando derrubá-lo. O tiro covarde ecoou na noite trágica e sangrenta de domingo no Capão Redondo. Toinho impiedosamente puxou o gatilho e à queima-roupa executou friamente o rapaz com um tiro na nuca. A moça continuava desmaiada,o corpo machucado e vilipendiado,molhado pelo esperma dos dois estupradores.A boca cortada e um filete de sangue ainda escorria pelo nariz. Toinho sob o olhar dos irmãos,caminhou até onde estava a moça e atirou no rosto dela. Sem serem vistos por ninguém,os Ratinhos partiram em disparada para dentro da mata do Colégio Adventista. Em mais um final de semana de violência gratuita,duas famílias iriam chorar para sempre a morte de um jovem casal inocente que só queria se amar e se divertir.
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 13:32:08 +0000

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