Muita gente acha que falar de coisas que não podemos observar - TopicsExpress



          

Muita gente acha que falar de coisas que não podemos observar não é ciência. Mas partindo-se do princípio de que antes que se possa observar um fenômeno qualquer, precisa-se primeiro perceber algo que ainda não tem explicação, podemos concluir que é a falta de explicação que leva ao desenvolvimento da ciência. A não ser que ainda não saibamos qual seria a explicação. Aí não é questão de ciência, mas de falta de estudo. Mas como a ciência pode perceber algo que não tem explicação se a sua natureza é explicar ? Porque se acredita no que ainda não se pode provar com os meios de que a ciência dispõe. Por isso mesmo as teorias científicas existem como algo provisório, porque os meios que vão demonstrar o que ainda não se percebe só vão desenvolver-se através da necessidade de explicar, ou seja, depois que o fato já foi percebido e acreditamos na sua existência, antes mesmo de podermos prová-lo. Muitas dessas teorias inclusive mantêm-se como verdades durante muito tempo, apenas porque os meios que se desenvolve para observar focam apenas no que as pode provar. Isso até que alguém ouse questionar estes meios ou o modo como foram utilizados, e então, as teorias e todos os investimentos feitos em cima delas, caem por terra. Muitas vezes até com prejuízos a quem as derrubou, num primeiro momento. Em suma, não gostamos de mudanças no que achamos que já sabemos , mesmo quando este conhecimento apenas prove que não precisamos saber de mais nada. E é justamente aí que abrimos mão da ciência. Passamos a não nos importar mais com a falta de explicações, porque elas nos exigiriam estudo, e talvez até a revisão da ciência e das explicações que ela já tem prontas. Passamos então a adotar uma fé cega na ciência e nos cientistas que a desenvolvem, por simples comodismo. A ciência verdadeira é o questionamento, a humildade para quebrar conceitos, a curiosidade de querer saber mais e crença de que se é capaz de entender como as coisas funcionam. Veremos então que por maior que seja o cientista, e por mais rebuscada que seja a sua linguagem, ele nada mais é do que alguém que admite poder estar errado, mas que não se conforma em não saber, mesmo que este saber seja sempre provisório, e percebe que a verdade é apenas uma luz, que ilumina a busca pelo saber, e não um conceito final que elimina a necessidade de buscar. Verdade é meio, e por isso mesmo, início e fim, no caminho do saber.
Posted on: Sat, 26 Oct 2013 13:23:47 +0000

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