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NOTA DE REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES DO MINISTRO DA SAÚDE SOBRE O DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE A Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) vem a público repudiar as declarações do Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, feitas no dia 14 de agosto, durante audiência pública sobre o Programa Mais Médicos e divulgado pela TV câmara. O ministro afirmou que “nossos cursos de medicina estão desconectados da realidade do nosso povo, e que o médico que se forma aqui também não sabe DIAGNOSTICAR e TRATAR hanseníase e quem sabe fazer o diagnóstico e tratar hanseníase nesse país são os agentes comunitários de saúde, os técnicos de enfermagem e enfermeiros”. A SBH, fundada em 1948, vem lamentar e se opor a essas declarações, embasada no fato se ser a única sociedade que promove concursos para certificação de profissionais médicos (CERTIFICADO DE ÁREA DE ATUAÇÃO EM HANSENOLOGIA) com residência em cinco grandes áreas de especialidades como DERMATOLOGIA, INFECTOLOGIA, NEUROLOGIA, MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL e MEDICINA DA FAMÍLIA e COMUNIDADE junto à Associação Médica Brasileira, de congregar mais de 200 médicos das mais diversas áreas que trabalham em diversas regiões do Brasil, inclusive prestando serviços prioritários para o próprio Ministério da Saúde na busca da melhoria dos índices operacionais para atingir as metas de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública, o que lamentavelmente nossos governos ainda não conseguiram alcançar até o presente, ainda diagnosticando 33.303 casos em 2012. Cabe ressaltar e enaltecer o respeito que os hansenólogos brasileiros têm junto às comunidades científicas nacional e internacional devido ao ineditismo e a alta qualidade das pesquisas relacionadas a hanseníase. A SBH oferece anualmente cursos de aprimoramento aos seus associados durante os simpósios e congressos brasileiros e, numa política sempre multidisciplinar, estende esse aprimoramento aos mais diversos profissionais que lidam com a assistência ao paciente com hanseníase com a finalidade de aumentar a busca de casos suspeitos, além oferecer suporte ao tratamento e reabilitação dos pacientes, no entanto, sempre apoiados no diagnóstico dado pelo profissional médico. Soma-se a essas atividades a participação de inúmeros médicos brasileiros nas oficinas, capacitações, treinamentos aos profissionais da saúde (médicos generalistas e do programa de saúde da família, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais) atuantes nos mais diversos pontos do país. A Sociedade Brasileira de Hansenologia juntamente com a Sociedade Brasileira de Dermatologia são inclusive parceiras do próprio Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle da Hanseníase e Doenças em Eliminação, participando de oficinas, elaboração de cursos e apoio às campanhas contra a hanseníase como Campanha do Ministério da Saúde contra a Hanseníase em escolares, que está sendo desenvolvida pelo programa e ambas conclamaram seus profissionais médicos e colocaram os seus serviços credenciados à disposição para o atendimento às crianças com suspeita de hanseníase. Em 2012, ambas sociedades parceiras do Ministério da Saúde e juntamente com o MORHAN realizaram uma grande campanha atingindo todos os estados brasileiros, sendo responsáveis pelo diagnóstico de aproximadamente 400 casos novos de hanseníase. Nesses serviços, a maioria ligada á instituições de ensino médico, hansenologistas e dermatologistas se dedicam à formação integral do aluno, incluindo em hansenologia. Diante disso, considerando que, há muito, a Sociedade Brasileira de Hansenologia sempre se mostrou parceira, participando ativamente das discussões sobre os programas relacionados ao controle da hanseníase nesse país junto ao próprio Ministério da Saúde, cabe a SBH expressar a surpresa e o repúdio às palavras do representante máximo desse órgão, além de realçar que os médicos hansenologistas a ela afiliados desempenham suas funções com qualidade e esmero nos mais distantes rincões desse país, responsabilizando-se pelo diagnóstico e tratamento dos pacientes com hanseníase, controle das reações graves que a doença pode apresentar, além das reações medicamentosas e controle do uso de quimioterápicos diversos, incluindo a talidomida, mesmo em locais sem garantias de condições mínimas de trabalho médico digno e exames essenciais para diagnóstico e controle. Reforçamos o apoio da SBH a todas ações encabeçadas pelo Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Medicina na luta contra as ações do atual Governo contra a classe médica e a saúde da população e reforça o pedido a todos os associados a se manifestarem junto a deputados e senadores contra os vetos da Presidente à Lei do Ato Médico que será votada dia 20 de agosto próximo. Atenciosamente, Diretoria SBH Marco Andrey C. Frade – Presidente Claudio Guedes Salgado – Vice-Presidente SENSIBILIDADE SEMPRE!!!
Posted on: Fri, 16 Aug 2013 20:36:01 +0000

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