Num rápido e hilariante passeio de domingo, veio-me a seguinte inquietação: será que da superestimação de alguns repertórios culturais, traímos o nosso senso benéfico de atribuir sentido aos sabores e dissabores cotidianos? E eis algumas conjecturas (recortes fortuitos): 1) O que se pode extrair de uma conversa numa mesa de bar? 2) Qual o nome completo do frentista que acabou de lhe atender? 3) Quantas piadas são necessárias para furtar uma gargalhada de sua mãe? 4) Ou quantas horas marca o relógio imaginário do Belo da Coca Zero? E, afinal, você pode ou consegue ouvi-lo? 5) Por que caminhar de chinelos e camisa amarrotada parece tão antiquado para você - e nós? 6) Duvido que seu tereré seja mais gostooso que o meu guaraná ralado! 7) Por que não estranhar esses serviços gratuitos de som volante sempre aos domingos na avenida principal de Alto Araguaia? Qual festa?! Não se trata de divulgação de festa?! Então adquiram fones de ouvido. 8) Será que o seu vizinho ainda te considera excêntrico? 9) Você costuma cumprimentar os moradores de rua da praça de sua cidade? Ah, falta-lhe tempo?! "LEGAL 10) Do que são fundamentados nossos critérios de relevância? Distante de apregoar lições (mas apregoando), insisto para quem for que leia este amontoado de frases (digitadas via celular) alguns segundos de reflexão em relação ao tipo de humano que estamos nos transformando.
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 22:29:23 +0000
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