O destino veio relembrar a nossa essência POR PHILIPE VAN LIMA* - TopicsExpress



          

O destino veio relembrar a nossa essência POR PHILIPE VAN LIMA* A história do Atlético é marcada por muitas lágrimas, sejam de alegria ou de tristeza. Ao longo de décadas os atleticanos experimentaram as lágrimas de tristeza ao lamentarem o azar e a injustiça que sempre bateram em nossa porta, mas também verteram lágrimas de alegria com a genialidade que por vezes tomou corpo dentro do manto sagrado alvinegro e com a impagável emoção da celebração de títulos e tantos gols. Porém, acima de tudo, nossa maior alegria era fazer parte de um seleto grupo que aprendeu a lutar contra tudo e contra todos, formando uma espécie de gueto atleticano, orgulhoso de permanecer na trincheira de resistência contra as tramoias do “eixo do mal”. O futebol, a despeito do negócio que se tornou, permaneceu lúdico e simbólico em nossos domínios. Nunca precisamos de títulos para entrar em calorosas discussões sobre grandeza dos clubes, sempre estivemos convencidos de que a nossa grandeza estava na concretização do abstrato Clube Atlético Mineiro através deste indescritível agrupamento, simplesmente chamado de Massa. Nunca pudemos ser time da moda, pois para provar deste mel também era necessário sentir o gosto do fel, o que não é para corações fracos. Para vencer o azar precisamos contar com um santo, um bruxo e milhões de religiosos fundamentalistas atleticanos, que não se importaram de bater na porta do céu oferecendo as mais diversas promessas em troca do título. E ele veio, em um dia no qual nem o céu ousou amanhecer azul: o dia 25 de julho teve uma manhã cinzenta, porém ensolarada pelos sorrisos do nosso povo. O atleticano acordou leve e feliz, mesmo com a ressaca, a falta de voz e o rosto inchado de tanto choro. Depois de se tornar campeão da América, algo de diferente se iniciou nesta monarquia cravada entre as montanhas de Minas. O atleticano, acostumado com a “dor e a delícia de ser o que é”, passou a lembrar-se apenas da delícia. Também pudera, após tão épica conquista. Parecia que, até o mundial, iríamos fazer um grande treino neste campeonato nacional, descontraído como toda brincadeira deve ser. Ronaldinho já tinha nos ensinado no jogo contra o São Paulo que quando está valendo, está valendo. Simples, óbvio e profundo. Mas o destino quis nos relembrar da nossa essência. Precisamos de luta, superação, dúvida e ansiedade. Se for fácil, qual o sabor? E não me refiro ao embate derradeiro contra os alemães, e sim à preparação, a todo o caminho até que chegue o grande dia. Então, numa brincadeira inocente com a bola, como tantas já feitas desde a mais tenra idade, a tragédia nos ameaça e o nosso craque sofre a lesão mais grave da sua carreira. Voltamos para a batalha da superação. Já era hora de tirar da gaveta o grito de “eu acredito”, do armário a camiseta “Yes, we CAM”, e começar novamente o nosso calvário, que todos nós, religiosos que somos, sabemos que acaba com a glorificação. Eu já estava com saudades. * Philipe Van Lima é advogado especializado na área ambiental. É filho de José Reinaldo de Lima, o Rei.
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 10:16:29 +0000

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