O meu Trail do Almonda Abordei esta prova com algum receio do calor e também com muito respeito. Acho que nunca bebi tanta água como na semana que antecedeu a prova. E pela primeira vez corri de óculos escuros e boné com uma aba a proteger o pescoço e as orelhas que se revelou uma compra de última hora muito acertada. Usei também bastante protetor solar. A prova começou como eu gosto, sem subidas o que me permite meter a máquina a funcionar sem dar logo o berro. Cerca do Km 3,5 quando seguia com um ritmo confortável, fiz uma torção do tornozelo esquerdo que quase me levou a desistir. Fui cerca de um Km a coxear e a ser consecutivamente ultrapassado o que me ia desanimando bastante. Dei por mim a pensar se a dor do tornozelo seria mais forte do que a dor de desistir (seria a primeira vez). Como apesar das dores ainda podia correr, decidi continuar. Tive que apelar à minha capacidade de sofrimento e acabei por fazer no meu entender uma prova que me encheu de orgulho. Consegui correr sempre nas partes planas e nas descidas e caminhar nas subidas. Acabei com muita dificuldade em pousar o pé, mas sentia-me bastante satisfeito. 30,420 Kms 03H56’30’’ Posição: 88 Cerca de seis litros de água e isotónico e muitos pedaços de melancia, banana e laranja. Curiosamente não encontrei nada salgado nos abastecimentos. Depois dos trilhos dos abutres em Janeiro esta foi a prova mais dura da minha curta carreira no trail, por isso para o ano há mais.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 16:40:55 +0000
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