O que dizer de um semestre como este que está há 12 dias de terminar? Acho que antes de qualquer comentário detalhista devo dizer que vivi. Viver é uma palavra que varia, e muito. Eu diria que é impossível ter significado similar entre as pessoas. Sair do meu lugar, de onde eu nunca tinha saído, pra me jogar numa terra de ninguém como esta, foi o tiro mais certeiro que dei. Terra de ninguém, das pessoas mais estranhas e malucas, das pessoas mais interessantes, do mais intenso dia-a-dia, que não para um segundo sequer, literalmente. Foi um semestre que pode ser comparado a um balanço, daqueles de parquinho mesmo, que vai dos pontos mais baixos aos mais altos em poucos segundos. Uma Nova Iorque que às vezes atordoa, porque é muito, às vezes mostra que as possibilidades de vida que eu enxergava até vir pra cá são muito poucas, perto do que realmente há por aí. Fui do sapateado, ao inglês, ao cinema, à Columbia, realizei o sonho que sempre tive, da maneira mais adversa possível, da única que eu não esperava fazer. No momento me vejo perdida de novo. Não no mal sentido, mas no sentido de que enxergo tantas formas de viver que não sei por qual delas optar. Tomar conta da própria vida sem ajuda de ninguém é muito mais difícil do que parece. Ser independente não é pura diversão e ao mesmo tempo uma lição de maturidade sem nome. Mudança de todas os planos que tracei antes de vir. Ainda bem, porque caso contrário não teria sido como foi! A distância do Brasil foi um sofrimento sem fim, não vejo a hora de chegar em casa, de ver as pessoas que eu nunca pensei que fosse sentir tanta falta. Amo aqui e amo lá, mas só lá é o meu lugar. Volto pra cá em janeiro pra cumprir o que falta e viver mais um pouco!! Os problemas que temos não são tão grandes assim, as implicâncias que temos são idiotas demais, o mundo é muito maior que isso e o que é diferente é o que mais nos enriquece…
Posted on: Thu, 28 Nov 2013 02:35:36 +0000
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