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PROIBIÇÃO DO CELULAR EM VOO COMEÇA A SER FLEXIBILIZADA, MAS NORMA AINDA GARANTE SEGURANÇA FONTE: CNT - 12/9/2013 Uma pesquisa aponta que três em cada dez passageiros de avião não desligam o celular durante as viagens e, entre estes, 61% possuem smartphones. O levantamento foi realizado nos Estados Unidos por duas associações que reúnem companhias aéreas e indústrias de eletrônicos. São passageiros que ignoram as recomendações dadas antes dos voos. No Brasil, normas fixadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabelecem que os celulares devem ficar desligados durante o pouso e a decolagem, chamados momentos críticos do voo. Durante a viagem, se a companhia aérea demonstrar que o sistema comporta os equipamentos ativos, sem qualquer risco, o uso está liberado. Do contrário, os celulares, se ligados, devem ficar no modo avião. O mesmo vale para outros equipamentos eletrônicos, como mp3, mp4, notebook, tablet ou câmeras. O material pode ser utilizado antes do fechamento das portas e enquanto os motores estão desligados. Durante o voo, a liberação fica a critério da companhia. Mas você sabe o que está por trás destas determinações? Equipamentos eletrônicos e a segurança dos voos Segundo o professor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC do Rio Grande do Sul Guido Cesar Carim Junior, como o sistema do avião está ligado por fios condutores, “os celulares recebem e emitem ondas eletromagnéticas que podem confundir os instrumentos da aeronave, por criarem um campo magnético falso”. De acordo com Carim, embora não existam estudos científicos que comprovem esse efeito, a medida é uma precaução. “Avião não pode parar e nem ir para o acostamento quando acontece algum problema”, lembra o diretor operacional da Anac, Carlos Eduardo Pellegrino. Ele explica que a recomendação é aplicada principalmente para aeronaves mais antigas, casos em que “a tecnologia embarcada não está imune a esses equipamentos eletrônicos”. Regras sobre uso de celulares podem mudar O desenvolvimento de novas tecnologias, no entanto, começa a abrir brechas para reduzir as restrições. Em vez de fios condutores, mais suscetíveis às interferências, os instrumentos de aeronaves mais novas estão ligados por fibras óticas, que não são afetadas por outros aparelhos. A tecnologia já permite que algumas empresas ofereçam serviços de acesso à internet e telefonia a bordo. Pellegrino acredita que as regras mudarão com o passar do tempo. Mas ele explica que a regulamentação atual tem como base toda a frota da aviação civil brasileira, e nem todos os aviões estão equipados com estes sistemas mais recentes. Por isso as normas continuam valendo, e casos específicos são analisados e autorizados pela Agência. Desse modo, o diretor da Anac reforça que é importante que o passageiro sempre siga as orientações da tripulação. Cintos devem ficar afivelados e bagagens no compartimento Manter os cintos afivelados quando se está sentado também é uma recomendação que nem todos passageiros gostam de seguir. É comum, após finalizado o procedimento de decolagem, algumas pessoas se livrarem da proteção. No entanto, esta é uma forma de aumentar a segurança dos passageiros. Durante os voos, existem situações difíceis de prever. É o caso, por exemplo, da chamada turbulência de céu claro, que acontece em grandes altitudes, mas não é detectada visualmente nem pelo radar. Se o passageiro está preso pelo cinto, a chance de sofrer algum tipo de ferimento é bem menor. Quando o avião já está no chão, o sinal luminoso de manter os cintos afivelados também deve ser respeitado. O piloto Amauri Montandon Capuzzo, membro da Associação Brasileira dos Pilotos da Aviação Civil, explica que, em solo, a aeronave pode andar a uma velocidade de até 50 km/h, e qualquer imprevisto pode exigir uma freada repentina. Quem está em pé sofrerá um desequilíbrio e corre risco de queda. “Gostaríamos que os passageiros seguissem as orientações. Todos têm pressa, todos querem descer, mas se é uma recomendação, é porque a conduta traz algum tipo de risco”, afirma o piloto. É por razões como estas, também, que as bagagens de mão e bolsas devem ficar no compartimento acima das poltronas: diante de uma turbulência, por exemplo, o material pode se movimentar e atingir algum dos passageiros. Além disso, Capuzzo diz que malas e mochilas espalhadas pelo chão podem causar prejuízos em situações extremas: “No caso de uma evacuação de emergência, por exemplo, o pé pode ficar enroscado na alça de uma bolsa, a pessoa pode tropeçar, afetando todo o procedimento”, esclarece. Raio laser: uma brincadeira perigosa O uso de equipamentos de raio laser por quem está em terra, principalmente próximo a aeroportos, quando as aeronaves estão em altitudes menores, pode ser extremamente perigoso. Quando o raio atinge a cabine do avião chega a causar cegueira temporária e até provocar o deslocamento da retina do piloto. “O raio laser chega à cabine do avião com uma dimensão muito grande, é como se fosse um flash muito forte. E quando se está baixo, você usa muitas referências de sinalização. Então, imagine a sensação quando você tem uma cegueira momentânea em um momento crítico como este”, relata o professor da PUCRS, Guido Carim Junior, que já vivenciou situações como esta. Segundo ele, isso dificulta os procedimentos e aumentam o risco de movimentos mais bruscos. Somente no ano passado, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou 1771 notificações sobre ocorrências com raio laser nas proximidades de aeroportos brasileiros. Nelas os pilotos relatam, como consequência, ofuscamento da visão, distração e cegueira temporária. CLIQUE ABAIXO para ver a reportagem original. cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=aviacao-aeronaves-seguranca-celulares-eletronicos-laser-piloto-riscos-12092013
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 16:43:26 +0000

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