Pela abolição do resultado empate no futebol Já não aguento - TopicsExpress



          

Pela abolição do resultado empate no futebol Já não aguento mais ver técnico de futebol - se assim posso chamá-lo - chegar por volta dos 30 minutos do segundo tempo substituir um meia ou um atacante por um volante ou zagueiro (geralmente aquele bem brucutu) para segurar o resultado de empate; ou mesmo jogar os 90 minutos na defesa para segurar o zero no placar. Dificilmente quem joga pela empate alcança êxito. Na maioria da vezes é derrota na certa, no final da partida, para ser bem dolorido, mas na verdade, com prazer, pois quem não ataca e busca o gol para vencer, o mais simples objetivo do jogo, não merece sair vitorioso. E o pior, o futebol apresentado é horrível, sem alegria, depressivo, na retranca com rebatidas e bicões só para afastar a qualquer modo a bola de sua defesa. É o anti-futebol. Não dá nem vontade de torcer. O que não dá para compreender, ou melhor, o que os treineiros não compreendem é que quanto mais seu time jogar na defensiva, mais ele atrairá o adversário para o ataque, aumentando a chances dele fazer o gol, aquilo que o treinador retranqueiro objetiva não sofrer. Foi o que aconteceu neta última quarta, 28 de agosto de 2013, com Santos-SP e Cruzeiro-MG pelas oitavas de final da Copa Perdigão do Brasil. O time mineiro, de melhor ataque do campeonato brasileiro e ofensivo por natureza pelos jogadores que tem, jogava pelo EMPATE sem gols contra o Flamengo-RJ no Maracanã para classificar-se para a próxima fase da competição. O que o Cruzeiro fez? Nada, ficou esperando na defesa os rubro-negros atacarem o tempo todo. O que aconteceu? Tomou merecidamente um gol aos 43 minutos da segunda etapa. Bem feito, ficou com quase sem tempo para reagir para fazer o gol de empate que lhe daria a vaga nas quartas. A raposa teve 90 minutos para fazer um mísero gol, feito que eles conseguem fazer naturalmente nas pelejas, mas resolveu negar-se a atacar e, depois, quando se viu em desvantagem teve apenas 3 minutos para fazer o gol que precisava para avançar na Copa do Brasil. Resultado final: foi eliminado sem choro e nem vela. O Santos foi mais cômico-trágico ainda, por incrível que pareça, pois o time já perdia o jogo por 1x0 para o Grêmio-RS e necessitava empatar para prosseguir na copa. Então lá para os 35 minutos do segundo tempo o volante santista machuca-se, aí você pensa "o time precisa ir para o ataque fazer gol, o treinador vai por um atacante", não, pelo contrário, o inteligentão do técnico coloca um zagueiro (vai entender?). É que a derrota por 1x0 era bom resultado, levava o jogo para os pênaltis, e , lógico, nas penalidades máximas o Santos é invencível! Não deu outra, a 5 minutos do fim o tricolor gaúcho faz o segundo gol que o classifica de forma direta, dispensando a disputa na marca do cal. O Peixe ficou com cara de bunda, pois não ficou com o tão desejados pênaltis e também não conseguiu mais atacar pois tinha muitos zagueiros e volantes e poucos atacantes. Resultado: foi eliminado direto e ainda bem, pois o estilo de jogo do time da Vila não nos faz falta. É melhor não assistirmos um futebol covarde. Diria que foi bom também para os torcedores do alvi-negro praiano que não irão mais sofrer com o estilo sofrível de jogar de sua equipe e, assim, passarão menos raiva. Esses dois exemplos citados é para afirmar que se não houvesse a possibilidade do empate, mas apenas a vitória ou a derrota, todos os times, em todas as situações que surgissem (dentro da esportividade e da ética do jogo) jogariam com um único pensamento principal: ganhar, fazer gols, mostrando sua superioridade caso for um time forte como o Cruzeiro ou sendo lutador para superar suas limitações como o Santos. Se a derrota vier, já que ela faz parte e é inevitável no esporte, pelo menos ela virá com dignidade. Há de começarmos a ter um filosofia de futebol ofensivo de vez, é melhor para o espetáculo, é melhor para o futebol brasileiro.
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 04:36:51 +0000

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