Plano de Aulas 2013 1- Componente curricular de Filosofia 2- - TopicsExpress



          

Plano de Aulas 2013 1- Componente curricular de Filosofia 2- Serie: 2ª ano do Ensino Médio 3- Professor: Flávio André Balem 4- Colégio Estadual Wolfram Metzler Tema:Linguagem e pensamento. Tópicos a serem debatidos: A linguagem: Alfredo e o fazendeiro Alfredo um rapaz simpático, sociável e adora viver. Numa de suas viagens ao interior, um inesperado acidente obrigou-o a ficar no mato. Por sorte, um fazendeiro socorreu-o dando-lhe abrigo. Com auxilio do fazendeiro, Alfredo consegue retornar a cidade. Já em casa, o moço. Felicíssimo pela ajuda que recebera, resolve agradecer ao fazendeiro através de uma carta. (linguagem comum) Paz e Amor, Bicho... Você me amarou na sua, cara legal, muito barra limpa. Achei jóia a sua quando sacou que eu estava na rua com a minha maquina, transando no meio do mato e dentro daquele breu danado. O envenenamento do meu carango sempre me deixa baratinado e você ligou bacana levando-me para seu habitat. No dia seguinte, com uma colher de chá que você me deu com seu trator, consegui emplacar legal no asfalto e batalhar firme uma carona, ate conquistar a metrópole. Como não pudemos transar uma melhor, espero você para morar uns dias comigo em minha lona legal com a turma. Vou levar você para transar com as ruivas das motocas, com suas calças apertadas e blusas transparentes. Você ira para as discotecas e os inferninhos. Tenho certeza que gostara da onda do travoltismo. Curtimos uma oca joia ou sacaremos umas minas no asfalto para um programa legal. Fique na minha bicho. Você vai se gamar, vai se amarar mesmo. (linguagem comum) Resposta do Fazendeiro Senhor Alfredo, não entendi bolufas de sua carta, é muito confusa. Estou muito aborrecido com você, por começar me chamando de bicho, quando fui seu amigo sem o conhecer, alem do mais, devo dizer que sou homem para burro e se quiser experimentar, volte aqui novamente, seu cachorro guaipéca. Não amarei você em coisa alguma o que fiz foi te tratar como gente civilizada. Se você achou alguma coisa, alguma joia aqui devia ter entregado a patroa. O que você praticou foi roubo, e isto é caso de policia. Outra coisa errada sua é que não tirei você de breu nenhum que aqui não existe isso. Acho que você não esta regulando bem. Também não lhe dei nenhuma colher de chá e se você levou alguma por acaso, que em você pelo que vejo é costumeiro, pode ficar com ela de recordação. Gostaria que você dissesse qual foi o cretino que jogou veneno no seu auto, pois se foi algum empregado meu, vou mandar ele embora. Com relação a seus papos curtidos, não pude entender, aqui não é costume e não vou sacrificar meus perus, minhas galinhas ou minha criação para curtir os papos. Quanto a ir para o inferno com você, pode ir sozinho, por que sou muito religioso, inferno foi feito para gente doida como você. Tal negócio de joias e minas não serve para mim, nunca tive tempo, não gosto de bancar o garimpeiro. Também não sou marinheiro, não entendo de ondas, alem do mais aqui nem tem tanta água assim. Olha moço, aqui sou muito conhecido e respeitado por todos: pelo juiz, pelo padre, pelo prefeito e pelo povo em geral. Nunca ninguém me chamou de bicho ou por nome de outros animais. Esse povo da cidade tem cada uma, eu hein. Deus me livre. Vê se me respeita moço. (linguagem popular) Linguagem e pensamento Iremos agora focalizar nossas lentes de aumento na linguagem, com destaque nas comunicações e seu imenso poder. Linguagem e Comunicação. A Construção De Sentidos E De Realidades Comecemos o tema com a tradicional pergunta socrática: “o que é a linguagem?”. A palavra linguagem costuma ser usada em diversos contextos, com sentidos distintos. - Linguagem verbal – usam-se as palavras, isto é, línguas. - Linguagem jurídica – direito. - Linguagem popular; - Linguagem musical; - Linguagem matemática; - Linguagem artificial (informática). - Linguagem corporal. Obs.: linguagem dos animais e por ai afora. Um exemplo paradigmático de linguagem são as línguas e suas respectivas palavras, podendo ter um ou vários sentidos. E todos nos dominamos pelo menos uma língua: nossa própria língua nativa. Toda a palavra que se fala se tem uma imagem sobre aquela palavra. Quando se fala a palavra “arvore” se forma em sua mente a ideia de uma arvore. - Se o termo é tristeza supõe-se uma referencia a uma ideia, noção ou imagem de algo, uma emoção que se da no seu mundo interior. Há também palavras abstratas designando construções mais sofisticadas como: “correção”, “certeza”, “qualidade”. Quando alguém escuta ou Le um termo e não consegue formar um significado, a pessoa desconhece o termo ou pertence a um idioma que ela não domina. Essa palavra não tem sentido, não tem significado para essa pessoa: é como se fosse nada. O mesmo ocorre com outras línguas sejam gestuais, artísticas ou cientificas. Linguagem na história. Os eventos mais marcantes da historia da linguagem e da comunicação, aqueles que tiveram o poder de abrir novas possibilidades para a humanidade? O primeiro teria sido o processo de criação das línguas, porem não há conhecimentos históricos suficientes a essa respeito. Mas podemos destacar três acontecimentos históricos: a criação do alfabeto, a invenção da imprensa, e em nossos dias, o desenvolvimento da língua eletrônica e de todas as suas mídias. Criação do Alfabeto Antes da criação e adoção do alfabeto na Grécia antiga, eram os poetas que transmitiam, oralmente, mitos aspectos da cultura. A juventude aprendia o que era piedade, amor, traição por meio das historias míticas e épicas, isto é, de narrações sobre as aventuras e desventuras dos seres humanos, heróis e deuses. Para se tornar sábio o jovem tinha que agir como Ulisses agia. Para ser corajoso devia fazer o que Aquiles fazia. - Desse modo à linguagem e ação estavam, estreitamente ligadas. Era uma linguagem de ação, baseada no relato de acontecimentos reais ou imaginários. A partir do sec. IX a.C. desenvolveu-se o alfabeto grego baseado no alfabeto fenício. Que facilitou a propagação da linguagem escrita. Relato oral foi perdendo a relevância exclusiva de antes e não necessitava mais de orador. A partir da escrita, a forma de pensar, das pessoas também foi adotando cada vez mais linearidade racional. Com isso, a linguagem de ação característica do relato oral centrado nos acontecimentos – foi sendo gradativamente suplantada pela linguagem de ideias, de reflexão. Passou-se a perguntar “o que é sabedoria”? , “o que é a coragem?”, sem recorrer mais aos exemplos dos personagens míticos e épicos. Assim, na tarefa de educar a juventude, os poetas declamadores e oradores foram sendo substituídos pelos filósofos, preceptores e professores. Valorizaram-se cada vez mais o pensar, em detrimento de outras formas de ação. A teoria em lugar da pratica, o ser, em vez do devir. E o papel ativo da linguagem foi sendo aos poucos esquecido. Invenção da Imprensa A Partir do se. XV outro invento – a imprensa de Gutenberg – provocou nova revolução. Os livros antes manuscritos, passaram a serem impressos e tornaram-se produtos que podiam ser obtidos com mais facilidade, favorecendo a educação, a expansão da alfabetização e a divulgação das ideias filosóficas e cientificas. Assim cada vez mais a linguagem escrita foi sendo substituída pela escrita nas sociedades europeias. Desta forma os seres humanos funcionalmente letrados realmente são: seres cujos processos de pensamento não nascem de capacidades meramente naturais, mas da estruturação dessas capacidades, direta ou indiretamente, pela tecnologia da escrita. Sem a escrita, a mente letrada não pensaria e não poderia pensar como pensa, não apenas quando se ocupa da escrita, mas normalmente, ate mesmo quando esta compondo seus pensamentos de forma oral. A linguagem escrita também separou o autor do discurso que antes era comum à ligação entre os oradores e a comunidade. Linguagem Tecnológica Algo semelhante às duas revoluções anteriores esta acontecendo nas ultimas décadas, como resultado do desenvolvimento da língua eletrônica. Compreendendo grande quantidade de meios e mídias, desde os antigos telégrafos e gramofones, até os atuais telefones, telex, fax, radio, televisão, cinema, vídeo, fotocopiadora, computador, internet e correio eletrônico, celular, livros eletrônicos e tantas outras tecnologias que surgem em curto espaço de tempo. O problema das distancias para as comunicações praticamente acabou para um grande publico. Como resultado o mundo transformou-se em uma “aldeia global”. Cada vez mais diferentes culturas se interpenetram, convertendo as mudanças em um aspecto permanente da vida atual. O impacto das novas tecnologias comunicacionais tem sido muito discutido pelos estudiosos. Talvez esteja sendo retomada a linguagem de ação. Seres linguísticos. Esse retrospecto histórico nos leva a fazer a seguinte pergunta: “Por que a linguagem e suas transformações causam tanto impacto nas sociedades humanas?”. Nossa explicação de acordo com essa linha interpretativa é por meio da linguagem que construímos boa parte do que somos e do mundo a nossa volta. Vejamos isso com mais detalhe. Podemos dizer de maneira geral e bem simplificada que quase tudo o que experimentamos desde a infância, do mundo exterior e do contato com as outras pessoas é captado por nossos canais sensórios, traduzido em termos linguísticos e armazenado em nossa mente, formando uma parte do repertorio cognitivo de que dispomos. A outra parte desses repertoria resulta de processos internos, como a percepção de nosso corpo e de nossas emoções, bem como das relações que estabelecemos entre os conteúdos linguísticos externos e internos. Nesse processo, a linguagem constitui um instrumento natural poderoso que filtra e confere sentido a nossas experiências. Assim por intermédio da linguagem que: 1- Quando classificamos nossas experiências do dia a dia – quando penso “aquele é um lince aquela é uma onça”, “tenho frio (mas faz calor)”, “sinto-me oprimido”, “que gostoso”! 2- Estabelecemos vínculos e acordos sociais – quando, por exemplo, assino um contrato ou acordo ou digo “sim”, “aceito”, “concordo”, “prometo”; 3- Quando digo “basta” para mim mesmo e procuro mudar minha maneira de ser, pensar ou agir; 4- Conferimos o sentido de nossa existência – quando vou encontrando respostas para perguntas clássicas como “quem sou?”, “de onde venho?”, “para onde vou?”. Em resumo, vivemos quase o tempo todo na linguagem praticamente sem nos darmos conta disso. Linguagem como filtro Sem perceber quando aprendemos a falar, isto é, quando familiares e pessoas mais próximas nos ensinam a língua do país, estamos aprendendo junto com as palavras, a classificar os seres e as coisas. Ex.: pega um objeto e o nomeiam “bola, mas essa aqui é azul, aquela La é verde”. Também vamos distinguindo palavras emocionais, psíquicas, éticas, abstratas como triste, feio, certo, errado, amor, desejo. Limitando o real Uma característica desse processo é que as palavras limitam a realidade que pretendem denominar. Por exemplo: uma mesma pessoa pode ser denominada, classificada ou qualificada, em diferentes momentos ou por diferentes indivíduos, de distintas maneiras – mãe, Irmã, filha, chefe, adorável, horrível, embora possa ser tudo isso ao mesmo tempo. E ser a partir dessa observação ou perspectiva que cada um se relacionara com a pessoa em questão. Essa é uma das maneiras pelas quais a linguagem atua como filtro do real. A realidade será sempre muito mais ampla do que uma ou muitas palavras conseguem significar, e com frequência nos esquecemos disso. Determinando o real Como produto sócio cultural, a linguagem atua não apenas como um filtro que limita, mas também como um filtro que determina o que somos capazes de perceber e entender de nossas experiências da realidade. Um exemplo como a linguagem incide sobre nossa capacidade de perceber as coisas é encontrado na língua falada pelos Maidus, dos EUA, nesse idioma existem apenas três palavras para designar as cores. Dizem especialistas, no entanto que a cor não é uma propriedade física dos objetos, mas sim uma sensação interna, que aprendemos a categorizar como cor. Desse modo as cores são apenas nomes que damos a determinadas sensações visuais. Essas sensações estão vinculadas a maneira como nosso sistema nervoso funciona quando entra em contato com estímulos físicos externos, por meio de nosso sistema de visão. Como dizia o filosofo inglês John Locke (1632- 1704). “nossos olhos percebem objetos coloridos e não a cor, assim como percebem objetos luminosos e não a luz” Linguagem como ação Se a linguagem, como produto sociocultural, impõe limites as nossas possibilidades de perceber as coisas e, às vezes, nos confunde fornecendo “pistas erradas” sobre nossas experiências, ela também é ação. Agora veremos que a linguagem é ativa não apenas no sentido negativo, restritivo, de filtro. Ela também é ativa em um sentido positivo, gerativo, pois contribui para gerar “realidades”. Criando a si mesmo Por meio de códigos e sistemas linguísticos, aprendemos a organizar a organizar internamente as vivencias de nossa vida. Vamos dizendo a nos mesmos: “isso é assim, isso é de outra maneira”, isso eu sou, isso eu não sou. O que eu posso fazer e o que eu não posso fazer. Portanto a partir do domínio linguístico, cada um de nós é um observador que formula interpretações das experiências que tem e com elas vai modelando a própria identidade, a forma particular de ser e de agir. O exemplo “sou tímido”. Ao adotar esse discurso, estará forjando sua própria identidade e realidade futura. Se ela acredita que é tímida, não terá outra opção senão conduzir-se com timidez diante dos outros e repetir os fracassos anteriores. Isso significa que existe uma circularidade constante entre o que pensamos ou dizemos, a maneira como atuamos e a identidade que forjamos. É nessa circularidade linguística que, em grande parte, criamos e recriamos constantemente a nos mesmos, podendo tanto reforçar modelos antigos, como promover nossa própria transformação. Tema: ética e moral Objetivos: o tema terá como objetivo introduzir aos alunos a questão referente a diferença entre ética e moral e a importância do tema para o desenvolvimento do pensamento dos alunos em suas vidas cotidianas. Desenvolvimento do tema: o tema será desenvolvido de forma participativa com os alunos, ou seja, os alunos trabalharão o tema proposto através de material deixado no Xerox e através da explicação do professor em sala de aula. Através do debate que farão sobre o tema melhor desenvolverão o seu senso critico a respeito da diferença entre ética e moral. Tópicos a serem debatidos. Tema: ética e moral Questões filosóficas O que é a moral? Quais são os fundamentos da moral? Em que se funda a ação moral? O que é a virtude? E o vicio? Somos livres para escolher uma ação? Qual é a causa do mal? Como viver para ser feliz? Existe livre-arbítrio? Ética e Moral: o problema da ação e dos valores Em nosso dia a dia, deparamo-nos com situações em que temos que tomar uma decisão. Toda a vez que isso ocorre depende de um julgamento moral, a partir do qual vamos orientar nossa ação ou a ação de outras pessoas. Como afirmou o filosofo grego Aristóteles: “a característica específica do homem em comparação com outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais”. Assim o ser humano age de acordo com os valores, Isto é, a partir daquilo que tem maior importância para ele segundo certos códigos morais. Em outras palavras o ser humano é um ser moral: um ser capaz de avaliar sua conduta a partir dos valores morais. Distinção entre ética e moral O que é moral? E qual a diferença entre ética e moral? Embora ética e moral sejam usados muitas vezes como sinônimos é possível fazer uma distinção entre eles. A palavra moral vem do latim, “costumes”, referente ao conjunto de normas que orientam o comportamento humano tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade ou cultura. Como as comunidades humanas são distintas entre si, os valores também são distintos de uma comunidade para outra, o que origina códigos morais diferentes. Pertence ao vasto campo da moral a definição sobre questões fundamentais, como: 1- O que devo fazer para ser justo? 2- Quais valores devo escolher para guiar minha vida? 3- Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida? 4- Que tipo de ser humano devo ser nas relações comigo mesmo, com meus semelhantes e com a natureza? 5- Que tipo de atitudes devo praticar como pessoa e como cidadão? A palavra ética vem do grego ethikos, “modo de ser”, “comportamento”. Portanto, etimologicamente os dois termos querem dizer quase a mesma coisa. No entanto, a ética designa a disciplina filosófica que investiga o que é a moral, como ela se fundamenta e se aplica. A ética estuda diversos sistemas morais elaborados pelos seres humanos, buscando compreender a fundamentação das normas e proibições próprias a cada um e explicar seus pressupostos, isto é, as concepções sobre o ser humano e a existência humana que os sustentam. Nesse sentido, a ética é uma disciplina teórica sobre uma pratica humana, que é o comportamento moral. Como filosofia pratica, a ética orienta-se pelo desejo de unir o saber ao fazer, ou seja, busca aplicar o conhecimento sobre o ser para construir aquilo que deve ser. E, para isso, é indispensável boa parcela de conhecimento teórico. Concepções fundamentais no campo da ética e as discussões que despertam. Moral e direito “Normas morais e normas jurídicas são a mesma coisa? Há diferença entre elas?” Sabemos que as normas morais e as normas jurídicas são estabelecidas pelos membros da sociedade, ambas destinam-se regulamentar as relações nesse grupo de pessoas. Há vários aspectos comuns entre normas morais e normas jurídicas. Por exemplo: 1- Normas que devem ser seguidas por todos; 2- Buscam propor, por meio de normas, uma convivência melhor entre os indivíduos; 3- Orientam-se pelos valores culturais próprios de uma determinada sociedade; 4- Tem um caráter histórico, mudando de acordo com as transformações histórico-sociais. No entanto, há diferenças fundamentais entre moral e direito: 1- As normas morais são cumpridas de acordo com a convicção pessoal de cada individuo, enquanto as normas jurídicas devem ser cumpridas sob pena de punição do estado. 2- A punição, no campo do direito, esta prevista na legislação, no campo da moral, depende fundamentalmente da consciência moral de quem infringe a norma; 3- A esfera moral é mais ampla, atingindo diversos aspectos da vida humana, enquanto a esfera do direito restringe-se a questões especificas nascidas da interferência de condutas sociais. O direito costuma ser regido pelo principio de que tudo é permitido que se faça, exceto aquilo que a lei expressamente proíbe; 4- O direito mantém uma relação estreita com o estado, enquanto a moral não apresenta essa vinculação. De todas as diferenças uma merece maior destaque: a norma jurídica, conta com a força e a repressão do estado através da ação da justiça e da policia. A norma moral, não é sustentada pela coerção do estado, o que implica que ela dependa, d a aceitação de cada individuo par a ser cumprida. Por isso a norma moral costuma ser vinculada, por alguns filósofos, a ideia de liberdade. Moral e liberdade Pode parecer estranho vinculara à ideia de norma moral a ideia der liberdade, você não acha? Mas explicando essa relação com muita atenção. A consciência é a melhor característica que distingue os seres humanos de outros animais. Ela permite a racionalidade, que se empenha de separar o verdadeiro do falso. Além da consciência racional, lógica, o ser humano possui também a consciência moral, ou seja, a ideia de observar a própria conduta e formular juízos sobre os atos passados, presentes e as intenções futuras. E, depois de julgar, tem condições de escolher, entre as circunstancias possíveis, seu próprio caminho de vida. A possibilidade de cada indivíduo escolher o seu caminho, de construir a sua maneira de ser, chama-se liberdade. Liberdade e responsabilidade Assim se consciência moral e liberdade estão intimamente relacionadas, só tem sentido julgar moralmente a ação de uma pessoa se essa ação foi praticada em liberdade. Quando não se tem escolha a praticar uma ação, é impossível decidir entre o bem e o mal. A decisão, nesse caso, é impossível pelas forças coativas, isto é, que determinam uma conduta. Ex.: tendo o filho sequestrado, o pai cumpre ordens do sequestrador. Quando estamos livres para escolher entre esta ou aquela ação, tornamo-nos responsáveis pelo que praticamos e podemos ser julgados moralmente por isso. O termo responsabilidade vem do latim “respondere”, “responder”, e significa estar em condições de responder pelos atos praticados. E essa responsabilidade pode ser julgada pela consciência moral do próprio individuo ou do seu grupo social. Virtude e vício A palavra virtude deriva do latim virtus, “força ou qualidade essencial”, e significa, no contexto da moral, a qualidade ou ação que dignifica o ser humano. Há muitas interpretações sobre esse tema, mas a pratica constante do bem, corresponde ao uso da liberdade com responsabilidade moral. Assim s ao considerados virtudes a fidelidade, a prudência, a justiça, a coragem, a generosidade entre outras. A ideia de virtude opõe-se ao vício, que consiste a pratica do mal, correspondendo ao uso da liberdade sem responsabilidade moral. São considerados vícios a violência, infidelidade, a insensatez, a injustiça, a covardia, a mesquinhez, a preguiça... Segundo, Erich Fromm “a virtude é assumir a responsabilidade de sua própria existência. O mal constitui a mutilação das capacidades do homem; o vicio reside na irresponsabilidade perante si mesmo”. Liberdade versus determinismo. “Mas somos realmente livres para decidir?”, “E, se somos que liberdade é essa?”. Do ponto de vista da discussão filosofia, podemos sintetizar três respostas diferentes para esses problemas: o determinismo, o papel da liberdade e uma dialética entre os dois termos. Ênfase no determinismo De acordo com essa via de interpretação, a liberdade não existe, pois o ser humano seria sempre determinado, seja pela necessidade biológica (necessidades e instintos), seja pela natureza histórico-social (leis, normas e costumes). Em outras palavras, as ações individuais seriam causadas e determinadas por fatores naturais ou constrangimentos sociais, e a liberdade seria apenas uma ilusão. Ênfase na liberdade Para essa via de interpretação o ser humano é sempre livre. Embora os defensores dessa posição admitam a existência das determinações de origem externa, sociais, e as de origem interna, como desejos e impulsos, sustentam a tese de que o individuo possui uma liberdade moral que esta acima dessas determinações. Apesar de todos os fatores sociais que atuam sobre cada individuo, ele sempre possui uma possibilidade de escolha e pode agir livremente a partir de sua autodeterminação. Segundo o filosofo Frances Jean-Paul Sartre (1905-1980) “o homem é condenado a ser livre”. Dialética entre liberdade e determinismo. Segundo essa via de interpretação, o ser humano é determinado e livre ao mesmo tempo. Determinismo e liberdade não se excluem, mas e complementam. Nessa perspectiva, não faz sentido pensar em uma liberdade absoluta nem em uma negação absoluta da liberdade. A liberdade é sempre concreta, situada no interior de um conjunto de condições objetivas de vida. No entanto, embora nossa liberdade seja restringida por fatores objetivos que cercam nossa existência factual, podemos sempre atuar no sentido de alargar as possibilidades dessa liberdade, e isso será tanto mais eficiente quanto maior for nossa consciência a respeito desses fatores. A liberdade é a compreensão da necessidade.
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 13:52:39 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015