Procuram-se boas ideias Revista Carta Capital - 29/07/2013 Os - TopicsExpress



          

Procuram-se boas ideias Revista Carta Capital - 29/07/2013 Os fundos de private equity e venture capital buscam novas oportunidades de investimento no País Receber aportes de gestores de investimentos é um sonho para qualquer empresa. Para atrair investidores, o empreendimento deve ser inovador no segmento onde atua e garantir demanda real pelo produto ou serviço oferecidos. Uma boa saúde financeira e unia equipe de colaboradores qualificada também são importantes para fechar o pacote. Ao mesmo tempo, os empreendedores podem fisgar a atenção dos fundos com um plano de negócios objetivo e metas da crescimento factíveis. Freqüentar eventos da indústria de private equitvy(PE) e venture capital (VC) alimenta o networking, essencial nesse setor, e ajuda a encontrar mais apoiadores. Segundo a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (AKVCAP), as áreas que os fundos mais investiram em 2012 foram varejo, com de participação, óleo e gás (13%) e real estate (13%), além de alimentos e bebidas (11%) e tecnologia da informação (TI), com 7%. No ano passado, havia 82 bilhões de reais de capita com prometido, incluindo fundos já captados até dezembro. O valor é 26,5% maior que o volume observado em 2011. Nesse bolo, fatia reservada para as pequenas companhias ainda é magra. Alcançou 500 mil hõesde reais em 2012 mas o mercado mostra, cada vez mais, apetite por negócios com potencial de crescimento. "Em 2013, além da manutenção de investimento voltados para o consumo, incluindo o varejo para as classes C. D e E há uma tendência de aportes em áreas como sustentabilidadee tecnologia", afirma Bernardo Portugal, membro do conselho da ABVCAP e diretor da gestora mineira Confrapar, especializada na compra de participações em empresas de Tl. Há ainda movimentação no setor com a entrada da Agência Brasileira da Inovação (Finep) como investidora, por meio de um fundo próprio que deve injetar recursos em setores como seguraça defesa e aeronáutica. Além do retorno financeiro, os objetivos dos fundos, depois de investir em uma PME, é estabelecer um novo patamar de governança corporativa e gestão interna, com a abertura de portas para clientes maiores, coaching para os empresários e indicação de novos executivos com perfis complementares. A mato-grossense Nativ. da área de pescados, recebeu um total de 200 milhões de reais de investimentos de fundos de PE. Com o aporte, a empresa de 300f uncionários e faturarnento anual de 30 milhões vai ampliar a oferta de produtos e a capacidade de entrega, segundo o presidente Pedro Furlan. Especializada na criação de peixes da Amazônia, a companhia opera em toda a cadeia produtiva, desde a reprodução das espécies até a produção e venda de itens processados. Furlan afirma que o investimento também foi baseado no desenvolvimento promissor da aquicultura, atividade que na década de 1970 não representava nem 1% do abastecimento de pescados. Hoje, essa parcela já passa dos 40% com a perspectiva de, até o fim da década, ultrapassar 50% nas entregas. De acordo com um estu do sobre o setor, feito pelo banco holandês Rabobank, a produção de pescados em cativeiro alcançarácercade 960 mil toneladas até 2022, o dobro das 480 mil produzidas em 2010. Somente no nicho de tilápias, o Brasil alcançará 413 mil toneladas em nove anos, alta de 166% ante a produção de 2010. "A Natív reúne as melhores condições de desenvolvi mento do segmento de proteína pescada no País, tanto em termos de tecnologia e processos quanto de estrutura empresarial", justifica Onito Barbosa, sócio da Global Equity, gestora que investiu na empresa. O executivo chegou à companhia depois de analisar estudos que mostravam que o mercado de pescados guardava um futuro dourado e não tinha grandes players. A Global Equity administra atualmente 3,3 bilhões de reais, a maioria em fundos exclusivos destinados a investidores qualificados, como fundos de pensão. Em 2013, constituiu o Aquicultura F1P, que investe exclusivamente no plano de expansão da Nativ. A gestora também se dedica à estruturação de novos projetos nas áreas imobiliária, de agronegócios, energia e infraestrutura. "Antes de assinar um contrato, os empresários devem avaliar a capacidade dos investidores de apoiar o desenvolvimen-to ou a distribuição de seus produtos", explica Vinícius Roveda, fundador e CEO da ContaAzul, fornecedora de software de gestão que recebeu aportes de quatro fundos no ano passado. O valor do montante não divulgado. "A oferta de capital é muito grande, mas muitos apoiadores não conseguem agregarvalor ao negócio." Com sede em Joinville (SC), a empresa, com 30 funcionários, foi a primeira startup brasileira a participar da aceleradora GOOstartups, um das principais do Vale do Siiício, nos Estados Unidos. O bom desempenho na fase de acelerarão a ajudou a receber o primeiro investimento antes do chamado demo day, dia em que as companhias se apresentam para possíveis investidores. Depois do aporte, focou principalmente no aumento da equipe, escala de distribuição e aprimoramento do sistema. Na Golntegro, de soluções para a área de recursos humanos, o caminho para ganhar um alívio financeiro foi esclarecer aos investidores tudo sobre o mercado onde operava. Deu certo. No ano passado, as receitas chegaram a 5,4 milhões de dólares. Com matrizem Buenos A ires, tem 115 funcionários em escritórios em seis países: Brasil, Argentina. Chile, Colômbia, Peru e Uruguai. "Temos no Brasil uma incrível oportunidade de crescimento, mas,para adiantar esse processo, precisávamos investir na equipe de vendas e na criação de produtos", diz o CEO e cofundador German Dyzenchauz. 0 processo de preparação para encontrar um fundo interessado demorou cerca dc seis meses, mas a espera valeu a pena. A empresa recebeu 3 milhões de dólares da Riverwood Capital e da Kaszek Ventures, conhecida por apoiar firmas latino-americanas. "O investimento nos deu a oportunidade de rever o que já fo feito e perceber pontos que podem ser melhorados na organização:" De acordo com Hernan Kazah, sócio-gerente e cofundador do fundo Kaszah Ventures, o maior interesse do grupo é em empresas de tecnologia. Criado em 2011, já investiu em 20 companhias, entre sites de e-commerce, de educação online e plataformas móveis. "De um total de 200 milhões de reais em recursos, 65% ficarão para as pequenas empresas do Brasil", diz Kazah, também um dos criadores do Mercado Livre.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 17:26:53 +0000

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