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Pílulas e outros medicamentos podem agravar danos do sol aos olhos Medicamentos fotossensibilizantes potencializam risco de conjuntivite alérgica, olho seco, ceratite, fotofobia e catarata No Brasil, há uma cultura bastante forte em muitos lares que é a farmacinha doméstica. Analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e antidepressivos são os mais consumidos em casa. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, no entanto, o que poucos sabem é que a lista de remédios fotossensibilizantes, ou seja, que aumentam a sensibilidade à luz solar, soma mais de 300 drogas. Queiroz Neto afirma que muitos desses medicamentos são usados abusivamente pela população. Ele alerta que, dependendo da dose ministrada do remédio e da exposição do paciente ao sol, ele pode sofrer com desconfortos e até doenças mais graves. As mais visíveis são as lesões na pele que podem tornar proibitivo o bronzeamento no verão. O oftalmologista ressalta, no entanto, que não são apenas estes os problemas que podem surgir. — Da mesma forma que os medicamentos fotossensibilizantes tocam nossa pele, aumentam os danos do sol aos olhos — explica. Queiroz Neto ressalta que as reações diferem em função da tolerância de cada pessoa. — É maior entre idosos, imunodeprimidos e mulheres. Isso porque, são estes grupos que fazem uso de múltiplos medicamentos, terapia contínua e sofrem mais alterações no metabolismo — afirma. — Só para se ter uma ideia, até os contraceptivos podem provocar reação fotoalérgica nos olhos de mulheres que tem histórico de sensibilidade a remédios — diz. O especialista explica que isso acontece porque a pílula anticoncepcional contém um cromóforo, sal capaz de absorver a radiação ultravioleta (UV) e originar um antígeno. — A absorção da radiação UV predispõe à síndrome do olho seco que pode levar à ceratite (inflamação da córnea). Já a formação do antígeno potencializa o risco de conjuntivite alérgica — afirma. O especialista ressalta que o maior risco dos medicamentos é a foto-toxidade. Ela ocorre quando o sal que absorve a radiação UV reage com o oxigênio das células dos tecidos, formando radicais livres. Isso faz com que a lente natural do olho, o cristalino, perca a transparência até a visão ser totalmente perdida. Acontece com o uso prolongado de corticóide, diurético, antipsicótico, antidepressivo, analgésico e alguns antibióticos. Queiroz Neto diz que o primeiro sinal de que alguma alteração celular no cristalino está ocorrendo por conta do medicamento é a fotofobia (aversão à luz). — No entanto, algumas dicas podem diminuir possíveis danos em tratamento contínuos: - tomar o medicamento ao anoitecer quando possível; - usar óculos escuros com proteção UV, boné ou chapéu; - evitar a exposição solar e outras fontes de luz ultravioleta. — Nos tratamentos temporários: - as alterações desaparecem em alguns meses, mas a proteção dos olhos deve ser mantida mesmo em dias nublados; - para evitar complicações oculares a recomendação é fazer exames periódicos com um oftalmologista; - depois dos 40 anos também podem surgir o glaucoma e a degeneração macular que têm risco agravado por outras doenças e hábitos . — Principais classes de medicamentos que podem causar fotoalergia: - anticoncepcionais; - anti-histamínicos a base de benzofenona, e prometazina; - antibióticos a base de eritromicina; - antiarrítimicos cardíacos; - antidiabéticos. Fonte: Bem-estar
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 17:28:24 +0000

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