“Quando mais “tchaus” a gente dá na vida, mais fácil - TopicsExpress



          

“Quando mais “tchaus” a gente dá na vida, mais fácil deveria ser dar os novos tchaus que a vida nos obriga. Deveria, mas não é assim que acontece. Cada tchau é um novo tchau. É a despedida de uma situação diferente, de uma pessoa diferente, de um tempo diferente. Há tchaus em que estamos mais estruturados. Temos a certeza de que ele vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Outros, em que um susto nos leva à despedida de quem parecia que nunca partiria. Dizer tchau é tarefa das mais difíceis, sobretudo quando há sentimento envolvido. Conforme o tempo passa, os encontros nos trazem novos amigos, novos amores, novas famílias. Nem sempre contamos àquelas pessoas que estão à nossa volta o quão importantes elas são. Ou o quanto representam ou representaram naquele momento. Mas vejam: uma pessoa que foi importante em um momento de sua vida, será importante em toda ela, porque as escolhas que nos norteiam são tomadas dia a dia, momento a momento. O tchau traz um vazio estranho, uma falta de não sei o que. Como quando os pais se despedem dos filhos depois de uma visita de férias, quando a casa se esvazia e fica um ar de que ali estava tudo repleto de vida e, de repente, aquele espaço barulhento torna-se a mais profunda tradução do silêncio... não é um tchau definitivo. É um até daqui a pouco, mas que naquele momento ecoa com uma violência de explosão. Hoje, aqui na IMPRENSA, ecoa um silêncio doído. Nos últimos 11 anos, a história da editora se confundia com história de um menino brilhante. Tão brilhante que era inacreditável que alguém com vinte e poucos anos pudesse ter tanto conhecimento e, ao mesmo tempo, ser doce como fava de baunilha fresca. Rodrigo Manzano encantava. Pela inteligência, pelo humor ácido, pela irreverência, pelas tiradas” Autora: Thaís Naldoni
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 10:59:35 +0000

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