"Quando o curso da civilização segue um rumo inesperado, quando - TopicsExpress



          

"Quando o curso da civilização segue um rumo inesperado, quando em vez do progresso contínuo que nos habituámos a esperar damos por nós ameaçados por males que associávamos a eras pretéritas, culpamos tudo e mais alguma coisa, como é natural, excepto nós próprios. Não nos esforçámos todos segundo os mais excelsos ideais, e não trabalharam incessantemente as nossas melhores mentes para fazer deste um mundo melhor? Não dirigimos todos os nossos esforços e esperanças no sentido de uma maior liberdade, justiça e prosperidade? Se o resultado é tão diferente do que almejávamos, se, em vez de liberdade, a servidão e a miséria nos olham no rosto, não será evidente que as nossas intenções foram fustradas por forças sinistras, que estamos a ser vítimas de algum poder maléfico que deverá ser conquistado antes de podermos retomar o caminho em direcção a coisas melhores? Por muito que diferamos ao nomear o culpado, seja o capitalismo malvado ou o espirito maligno de determinada nação, a estupidez dos mais velhos, ou um sistema social ainda não derrubado por completo-embora lutemos contra ele há mais de uma década-temos pelo menos, ou tínhamos, até há muito recentemente, a certeza de uma coisa: que as ideias de vanguarda que durante a última geração se tornaram comuns para a maioria das pessoas de bem, e que determinaram as principais alterações na nossa vida social, não podiam estar erradas. Estamos dispostos a aceitar praticamente qualquer explicação para a crise actual da nossa civilização, excepto uma: que este estado de coisas no mundo pode ser o resultado de um verdadeiro erro da nossa parte, e que a prossecução de alguns dos ideais que mais acarinhamos produziu, pelos vistos, resultados completamente diferentes daqueles que esperávamos. In "O Caminho para a Servidão" , Capitulo 1(O Caminho Abandonado) de Friedrich Hayek, em 1944, considerado um dos pais do Liberalismo e esta obra a "Bíblia" do Liberalismo, onde afronta Keynes e a sua obra "A Teoria Geral" das politicas intervencionistas do Estado para a dinamização da Economia. Hayek era um feroz inimigo do socialismo e suas "planificações", daí o título "O Caminho para a Servidão". Por isso quando falarem de Liberalismo ou o tal "Neo", não digam disparates e primeiro vão saber os principios orientadores dessa ideologia. Não chamem Neoliberalismo a politicas isentas de ideais e anarcas socialmente na sua implementação, que é o espectáculo a que assistimos hoje com vários Governos europeus e sul-americanos. Sou Liberal, segundo os princípios de Adam Smith e Hayek e não me revejo no que presenceio hoje, mas irrita-me ver apelidar Neoliberalismo a uma merda de politica qualquer, insultando gratuita e ignorantemente uma ideologia, com a qual até poderiam não estar de acordo, desde que a conhecessem e não se regessem por "sound bytes" ou "vox populi" da imprensa ou da esquerda caviar e pseudo-revolucionária.
Posted on: Wed, 17 Jul 2013 23:35:39 +0000

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