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Resumo: Este artigo discute aspectos gerais relacionados ao processo educacional com educandos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Procurando refletir as concepções relacionadas ao tema e estabelecer contra pontos entre dificuldade de aprendizagem, falta de alternativas e o papel desempenhado pelo educador. O interesse em discutir esse assunto decorre de vários motivos, todos eles apontados para a necessidade de iniciativas que visam à construção de metodologias que evite que uma dificuldade de aprendizagem resulte em maus resultados no processo de aprendizagem. O educando não deve ser considerado como incapaz, ele deve ser conduzido a vencer barreiras através de estratégias eficazes e cabe aos educadores reavaliarem a sua prática educacional. A aprendizagem enquanto processo ocorre diferenciando-se de educando para educando, assim a metodologia de sala de aula deverá adaptar-se a necessidade que acontece esses fatores percebendo o conjunto de diferenças do ambiente escolar. Palavras - chaves: Dificuldade de Aprendizagem, Educador, Educando e Processo de ensino-aprendizagem. 1 INTRODUÇÃO: Refletir sobre a dinâmica ensino-aprendizagem é uma tarefa que deve fazer parte do cotidiano de todos os educadores envolvidos no contexto educacional. A situação embaraçosa em que se encontra a educação precisa ser revista em vários pontos para que o educando tenha uma aprendizagem significativa na sua formação. A escola infelizmente valoriza apenas o conhecimento verbal e matemático, deixando de fora conhecimentos importantes para a formação pessoal, intelectual e moral dos educandos. Os mesmos precisam ser estimulados, o ambiente escolar tem que ser acolhedor, o educando tem que ser aceito como é, é preciso que ofereça meios para se desenvolverem, respeitando a sua singularidade. Ensinar é mais do que transmitir conhecimentos, é influenciar para mudanças de comportamento do indivíduo, que é um sujeito cognoscente, com inúmeras possibilidades e desejos. Os educandos não são todos iguais, cada um apresenta uma forma para aprender, no qual significa uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e constituir o saber. Cabe aos educadores conhecer as diferentes formas que o educando aprende. 1.1 EDUCAÇÃO, SISTEMA EDUCACIONAL E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM A educação atualmente está numa situação embaraçosa. A educação no País não é tratada com prioridade, os educandos concluem a escola sem ter bons conhecimentos e sabedoria para encarar a vida fora do estabelecimento de ensino. Infelizmente nem todos os educadores conseguem desempenhar com eficácia a sua função, a função formadora de sujeitos críticos, desafiadores e autônomos. O sistema educacional tenta desenvolver as virtualidades do educando em contato com a realidade, a fim de levá-lo a atuar de maneira consciente, eficiente e responsável para atender as suas necessidades pessoais e sociais, por isso os educadores buscam auxiliar os educandos de forma que se tornem cidadãos dignos, que desenvolvam as capacidades de pensar os conhecimentos e como este se processa em si. Educar consiste em ensinar, no sentido de mostrar, de estabelecer sinais, de marcar o que pode ser feito. A ênfase na aquisição dos conhecimentos não visa o acúmulo de informações, mas uma reelaboração cognitiva que se traduzirá em comportamentos práticos, numa nova perspectiva de ação sobre o meio em que o educando está inserido, levando efetivamente a passagem do indivíduo individual ao social. Assim, a educação só conseguirá atingir bons resultados quando gerar experiências de aprendizagem, criatividade para construir conhecimentos e habilidades para acessar as fontes de informações sobre os mais variados assuntos, tendo em vista que a má qualidade de ensino provoca desestímulo na busca do conhecimento. Melhorar a qualidade de educação, implica melhorar os processos de ensino-aprendizagem que ocorrem no contexto escolar, implica introduzir mudanças naquilo que é ensinado e aprendido nas escolas e, sobretudo na forma como se ensina e como se aprende. Paulo Freire (1999) diz que “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode avaliar a próxima prática”. É comum o educando com dificuldade de aprendizagem apresentar um déficit do meio, devido à confusão de estímulos, a falta de ritmo ou a velocidade com que são brindados ou até mesmo a pobreza e a carência desses, pois aprender é um processo complexo, apresenta-se bloqueios e inibições nos educandos e quando surge um conflito, não o considere como um problema, mas que seja procurado recursos e meios para desbloquear os conflitos nos educandos. A ideia básica de aprendizagem como processo de construção se dá na interação permanente do educando com o meio que o cerca. Meio esse expresso inicialmente pela família, depois pela escola, ambos permeados pela sociedade em que estão. Essa construção se dá sob a forma de estruturas complexas. O educando só constrói significados cada vez que é capaz de estabelecer relações entre o que aprende e o que já conhece. Segundo a teoria de Piaget, este processo chama-se de assimilação (o sujeito transforma a realidade para integrá-la as suas possibilidades de ação) e acomodação (transforma e coordena seus próprios esquemas ativos para adequá-los as exigências da realidade). O conteúdo novo que o educando está recebendo, tem que ser significativo, isto é, suscetível para dar lugar à construção de significados, pois o educando é quem modifica, enriquece e diversifica seus esquemas, nesse momento a ajuda pedagógica consiste em criar condições adequadas para que essa dinâmica interna ocorra e para orientá-lo em determinada direção. Com isso, o educando precisa saber utilizar os conhecimentos adquiridos em situações rotineiras, quando isso não acontece, não é porque ele não sabe, esqueceu ou não prestou atenção, mas porque ainda não aprendeu. O aprendizado é reconhecido quando o educando consegue resolver problemas e situações. “Somente ao integrar-se ao saber, o conhecimento é aprendido e pode ser utilizado”. (FERNÁNDEZ, 1991). Sendo assim, o ensino propicia ao educando despertar a sua curiosidade, estimular o seu intelecto e criar condições necessárias para si, formando educandos críticos e desafiadores, por isso o meio escolar sendo um lugar que propicie determinadas condições que facilitam o crescimento, não deveria proporcionar prejuízo dos contatos com o meio social. Para que o educando obtenha sucesso, é preciso graduar os níveis de dificuldades conforme o seu desenvolvimento cognitivo, isto é, o educando tem que sentir o seu progresso, não pode haver insucesso, pois este causa desmotivação, baixa autoestima e recusa para novas aprendizagens. Conforme Pain (FERNÁNDEZ, 1991), “o organismo bem estruturado é uma boa base para a aprendizagem”. Os educadores, que criando situações de aprendizagem positivas e significativas, preferencialmente de forma mais concreta possível para que os educandos se sintam motivados e com predisposições para a aprendizagem, conseguem focalizar a atenção e necessidade dos mesmos. O educador que tem conhecimento da forma como ensina, almeja que todos aprendam, da mesma maneira que, cada educando dá significados diferentes para as implicações dada pelo educador. Segundo Fernández (1991) todo o indivíduo tem a sua modalidade de aprendizagem, ou seja, meios, condições e limites para conhecer. Cada ser humano é uma criação única, possuem uma série de talentos, capacidades e maneiras de aprender. Cada um apóia em diferentes sentidos para captar e organizar a informação, para aproximar dos objetos de conhecimento, quando menciona em objeto refere-se a tudo o que é conhecido como não-eu. O educador propondo situações desafiadoras, atividades que envolvam um trabalho de desenvolvimento dos esquemas intelectuais, respeitando as etapas necessárias à evolução cognitiva, estando atento quanto ao prazer do educando quando consegue uma resposta, sendo assim a apropriação do conhecimento implica no domínio do saber. As atividades realizadas ajudarão na maturação do sistema nervoso central e na estruturação psíquica e cognitiva para que funcione de acordo com as exigências do meio. Na interação entre educando e educador, o educador irá amenizar as dificuldades de aprendizagem que os educandos estão tendo e, o mesmo, poderá organizar situações e estratégias de aprendizagem específicas para suprir as dificuldades que estão enfrentando, sendo assim, é importante o educador conhecer o educando na sua totalidade, entender sua problemática específica, ajudar a conhecer seus pontos fortes e fraquezas, para buscar estratégias de suporte que lhe permitam ter sucesso na sua aprendizagem. Segundo FONSECA (1971, p. 71) “Dificuldade de aprendizagem é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático”. Com isso, compreender as dificuldades de aprendizagem é preciso entender que o processo de aprendizagem por si só é complexo e está propenso a variações internas e externas do educando e que nenhuma dessas dimensões deve ser analisada de maneira dividida, favorecendo para um desequilíbrio, sem rotular uma dimensão como responsável pela dificuldade de aprendizagem. A aprendizagem é um processo dinâmico que determina uma mudança, com a particularidade de que o processo supõe um processamento da realidade e de que a mudança no sujeito é um aumento qualitativo na sua possibilidade de atuar sobre ela. Por meio da aprendizagem, o sujeito se incorpora ao mundo cultural, com uma participação ativa ao se apropriar de conhecimentos e técnicas, construindo em sua interioridade um universo de representações simbólicas. Com isso, o processo de ensino-aprendizagem caracteriza-se por ter um caráter intencional e, esta intencionalidade traduz-se em objetivos educacionais que vão se caracterizando-o. Esses objetivos de ensino-aprendizagem devem alcançar um nível máximo de coesão em sala de aula, de forma que se possam planejar as atividades e estratégias concretas para o desenvolvimento dos educandos e avaliar o grau de construção de conhecimento, trabalhando as dificuldades, reconhecendo e incentivando os educadores para que encontre o prazer no ambiente da sala de aula, desta forma as escolas precisam ser organizadas sempre em função da melhoria de ensino dos seus educandos. Nos dias de hoje, a educação carece ser repensada através do conceito de ensinar e aprender, pois precisam ser criados novos programas e estratégias, que sejam capazes de facilitar o ensino. Todos os seres humanos possuem direito a igualdade, sendo fundamental para a sua constituição enquanto sujeitos. A escolarização tem como principal objetivo que os educandos aprendam a aprender, que se deem conta do que sabem e do que não sabem e que saibam como e onde obter as informações necessárias. Nos estabelecimentos de ensino será necessário que se tenha uma renovação pedagógica e, para isto, é preciso realizar modificações nos objetivos, pois os mesmos determinam os demais elementos da ação educacional e um desses elementos que necessita de inovação é a metodologia. O como aprender é tão importante quanto o que se aprende. A maioria das escolas enfatiza mais os produtos do que os processos de ensino. A coerência entre o que o educando precisa aprender e como aprendê-lo é, antes de tudo, uma relação de comunicação que se manifesta no processo metodológico. O conceito de aprender determina o de ensinar, pois ambos constituem uma relação inseparável. O educador necessita refletir sobre a sua prática, analisando as situações e melhorando-as, adaptando os pressupostos teóricos a sua realidade e reorientando os mesmos em função dos dados que a realidade lhe oferece. À medida que os educadores assumirem o papel dinâmico, de busca constante de soluções, pode-se dizer que a inovação educacional é uma realidade nas salas de aula e não somente uma questão teórica. O educador não é apenas um mero transmissor de informações e conhecimentos, mas sim um colaborador indispensável no processo de ensino-aprendizagem. A aprendizagem escolar está diretamente vinculada ao currículo, organizado para orientar, dentre outros, os diversos níveis de ensino. O currículo é constituído a partir do projeto pedagógico da escola que viabiliza a operacionalização, orientando as atividades educativas, as formas de executá-las e definindo suas finalidades. Assim, pode ser visto como um guia sugerido sobre o quê, quando e como ensinar; o quê, como e quando avaliar. Sendo assim, a concepção de currículo inclui desde os aspectos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. Relacionando princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação. O currículo é um instrumento útil, uma ferramenta que pode ser alterada para beneficiar o desenvolvimento social dos educadores, resultando em alterações que podem ser maior ou menor expressividade. Com tudo isso, o processo educativo é um meio para se chegar a algo, sendo esse algo os conteúdos. É por esse caminho que se chega à noção de educação como uma atividade mediadora no seio da prática global, uma das mediações do qual o educando, na sua participação ativa e pela intervenção do educador, passa de uma experiência social inicialmente confusa e fragmentada a uma visão sintética, mas organizada e unificada. Por isso, o desafio do educador está em criar formas de trabalho pedagógico, ações concretas, através das quais se efetue a mediação entre o saber escolar e as condições de vida e de trabalho dos educadores. O ato pedagógico constitui-se de uma relação entre educando e as matérias de estudo, mediadas pelo educador, a quem cabe garantir os efeitos formativos desse encontro. Contudo, o ato pedagógico, não se dá ao acaso, ele exige um trabalho docente sistemático, intencional, planejado, visando introduzir o educando nas estruturas significativas dos conteúdos, selecionados em termos de finalidade formativa, exige que a assimilação seja ativa, embora não espontânea. É preciso não apenas que se valorize o significado humano e social da cultura, mas o desvelamento das contradições sociais, atribuindo-se uma conotação crítica a transmissão do saber. Para que o educando tenha uma aprendizagem significativa é importante um bom relacionamento afetivo entre o educador e entre os seus colegas, pois o ambiente tem que estar propício para o desenvolvimento afetivo, sendo os aspectos afetivos e cognitivos intimamente associados ao educando, este não terá um bom desenvolvimento cognitivo se o desenvolvimento afetivo estiver comprometido, pois ambos estão interligados. Segundo KAMMI (1980, p.104) “... se a criança está ansiosa e desencorajada, ou efetivamente perturbada por qualquer razão, o seu desenvolvimento geral em todos os domínios será entrevado, na medida em que suas preocupações infelizes canalizam as suas energias”. Por isso, existem quatro fatores, segundo Fernández (1991) para que se dê a aprendizagem: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo. Todo o processo de aprendizagem está envolvido aos quatros níveis e, não poderia falar de aprendizagem excluindo algum deles, nas dificuldades de aprendizagem, necessariamente estão em jogo os quatro níveis em diferente grau de compromisso. SMITH (2001, p.15), diz “O termo dificuldade de aprendizagem refere-se não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico”. Os problemas de aprendizagem podem surgir nos fatores orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais e pedagógicos. Os problemas acadêmicos são aqueles que afetam a percepção visual, o processamento da linguagem, as habilidades motoras finas e a capacidade para focalizar a atenção. Sendo assim, o ambiente deverá propiciar aos educandos oportunidades de incentivação e criação para tornar-se capaz de ter novas ideias para que possa estruturar as aquisições de conhecimento, os educandos necessitam de um ambiente seguro, estimulante, onde os erros sejam permitidos e reavaliados. É importante ajudar os educandos que apresentam dificuldade de aprendizagem a conhecerem os seus pontos fortes, a compreenderem que suas dificuldades não existem por falta de capacidades. Conforme LUCKESI (2000, P.57), afirma que “O erro é a manifestação de um conhecimento não aprendido, mas que precisa atenção para que possa ocorrer o avanço na aprendizagem do aluno e se o professor compreende este desvio, possibilitará a sua correção e automaticamente uma boa aprendizagem”. É com o erro que se aprende o certo. A partir do momento que o educando percebe onde errou, o mesmo produz uma mudança no seu comportamento e torna-se mais seguro, o educador deve compreender o erro e não punir o educando mediante esta situação. A aprendizagem não permite ser vista como mera acumulação de conhecimentos ou aquisições, mas como uma construção ativa e uma transformação das ideias, uma modicabilidade cognitiva estrutural, um processamento de informação mais diversificado, transcendente e prático, consubstanciando a função de facilitação e de mediatização intencional do educador. Os estabelecimentos de ensino possuem o seu projeto político pedagógico que é um plano global e pode ser entendido como sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, definindo claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar, a partir de um posicionamento quanto a sua intencionalidade e de uma leitura da realidade. Um dos grandes desafios da instituição ou do educador é chegar a uma ação eficaz e inovadora. O planejamento vai ajudar a organizar o processo de reflexão para procurar chegar a uma ação que seja transformadora, mas para isso precisa ser revista a formação acadêmica, esta tem que ser questionada quanto ao tempo de estudo, o comprometimento dos educadores em irem à busca de mais conhecimentos para tentar amenizar as situações em sala de aula e a sua dedicação entre outros fatores, pois muitos educadores esquecem que a sua formação é permanente e contínua. Sabe-se que existem bons profissionais nas escolas, preocupados com os educandos, com a sua aprendizagem e com a sua constituição enquanto cidadãos, mas infelizmente, percebe-se claramente a falta de compromisso, a falta de paciência para lidar com os educandos, falta de domínio de classe, alguns educadores nem percebem que os educandos apresentam dificuldades de aprendizagem, não os encaminham nem para a coordenação pedagógica e nem comunicam aos pais. A coordenação pedagógica deve estar sempre avaliando o profissional da sala de aula, saber se este, está realmente acompanhando o educando no processo da aquisição de conhecimentos, é importante os coordenadores falarem com os educadores sobre a afetividade, o carinho e dedicação com o educando, pois este, tem que se sentir acolhido, querido e importante, o educador tem que recuperar o prazer de aprender no educando e recuperar em si mesmo o prazer de trabalhar aprendendo e de aprender trabalhando. Quanto aos educandos que apresentam dificuldades de aprendizagem esses tem que serem trabalhados questões afetivas e de valorização, sendo que é preciso considerar que os problemas de aprendizagem não são somente de aprendizagem, mas podem ser de como passar os conhecimentos. Os educandos podem ter uma dificuldade de aprendizagem, mas os educadores podem ter problemas em lidar com os conteúdos que devem ser ensinados e até mesmo encontrar dificuldade de relacionamentos com alguns desses educandos, o que acaba interferindo no desenvolvimento do processo de ensino, pois não há reciprocidade entre ambos. No desenvolvimento dos educandos intervêm fatores vinculados ao socioeconômico, ao educacional, ao emocional, ao intelectual, ao orgânico e ao corporal e tudo isso tem que ser levado em consideração quando o educando em sala de aula de aula apresenta alguma dificuldade de aprendizagem, e pode-se dizer que o problema de aprendizagem não é outra coisa senão anular as capacidades e bloquear as possibilidades, às vezes o educador percebe em sala de aula, outras vezes não e, não recorre à ajuda. Sendo assim, “a dificuldade de aprendizagem é uma situação momentânea na vida do aluno, que não consegue caminhar em seus processos escolares, dentro do currículo esperado pela escola, acarretando comprometimento em termos de aproveitamento e/ou avaliação”. (HASHIMOTO, 1997, p.36). Contudo, é preciso ver o educando na sua singularidade, evitando a estereotipia e a padronização que servem para afastar os que deveriam estar unidos e mediados pela diferença, no contexto de ensinar e aprender. O ensino deve levar em conta as possibilidades e capacidades dos educandos sem responsabilizá-los pela dificuldade de aprendizagem. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS: O objeto de estudo deste artigo é instigar, gerar reflexão sobre a postura de educador, pois a educação precisa de uma mudança para sair da sua situação embaraçosa que se encontra. Mudança esta ligada a evolução do educando enquanto cidadão, sujeito de processo. Nos dias de hoje, o educador precisa estar atualizado para que consiga cada vez mais trabalhar com seus sentimentos de forma tranquila e consciente, com domínios de assuntos e conteúdos programados. Um educador de corpo e alma presente é fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Diversificar as situações de aprendizagem é adaptá-las as especificidades dos educandos, é solucionar os problemas didáticos da heterogeneidade das aprendizagens que muitas são rotuladas de dificuldades. Sendo assim, uma educação para o amanhã requer práticas que resgatam o que ho0je, em geral, a escola nega aos educadores, isto é, a originalidade, a autencidade no agir, no pensar, no desejo de explorar e conhecer o novo, o difícil, a responsabilidade de enfrentar para satisfazer a fins pessoais e coletivos. 4 REFERÊNCIAS: ALMEIDA, Laurinda & PLACCO, Vera org. O Coordenador Pedagógico e o Espaço de Mudança. São Paulo: Loyola, 2007. COLL, César. Aprendizagem Escolar e Construção do Conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. _____. Psicologia e Currículo. São Paulo: Ática, 2001. COLL, César, et aill. Desenvolvimento Psicológico e Educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Vol. 3. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência Aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. FERREIRA, Isabel Neves. 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Posted on: Sat, 07 Sep 2013 02:56:33 +0000

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