Revitalização dos Rios Chopotó e Piedade A - TopicsExpress



          

Revitalização dos Rios Chopotó e Piedade A palavra revitalização está na ordem do dia. Para isto, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizou conferências nos dias 12(quarta) e 17(segunda) deste mês. Depois da Conferência, segundo postagens na Internet, a equipe envolvida no projeto têm visitado as nascentes que ficam na Serra da Piedade de Cima e na de São Geraldo. Rio-branquenses que moram fora do Município têm manifestado apoio e regozijo por tal iniciativa, com apelo “salvem o nosso Chopotó”. Quem não quer voltar a ver o vigor dos nossos rios de gerações passadas, quando os açudes da Cachoeira e do Matucho viviam cheios de banhistas nos dias de semana e, principalmente aos domingos? Mesmo diante da ameaça de xistossomose que chegou a abalar a saúde de muita gente. A importância desses rios vai além desse lado romântico e saudosista. O Chopotó corta a cidade desde os limites de São Geraldo, no Pontilhão 200, até a divisa com Guidoval, na Zona Rural da Barra de Guiricema. Eram vários os poços onde se podia tomar banho, além da pescaria que foi meio de vida e passa tempo para muitos que se encontravam de férias, ou aposentados. O Piedade, no seu curso da Serra do mesmo nome, até o “encontro”, próximo à Ponte do Dr. Lelé, tinha também a sua história. Nessa história está o símbolo marcante de seu nome: Os nativos que foram exterminados nas suas cabeceiras, e na sua trajetória, a pedir “Piedade, Piedade!” aos invasores dessas terras. Conta-se que suas águas ficaram banhadas de sangue. E não salvou ninguém. Esses cursos d’água guardam muito dos Coroados, Coropós e Puris. Os invasores e bandeirantes referiam-se esta região como “Aldeia dos Coroados”. Os Puris viviam mais na área de Guiricema. No Museu Municipal de Visconde do Rio Branco existem peças e ossadas encontradas no alto da Serra da Piedade. Mas, sobre a revitalização, parece-nos fácil na zona rural, onde as suas margens guardam o espaço destinado à matas ciliares, que mantêm o equilíbrio do volume da águas, entre o período das chuva e da estiagem. O grande problema se encontra na zona urbana, onde construções públicas e particulares invadiram o espaço necessário para a flora. Prédios e pistas de trânsito estão dentro dos rios em desrespeito aos 30 metros da Lei Federal, e aos 15 das municipais. Não há o que se discutir: Na hierarquia legislativa prevalece o dispositivo federal. Os prédios dentro dos rios certamente ativeram alvará de construção expedido pelo órgão competente: a Prefeitura Municipal. Já as pistas de trânsito constituem erro crasso da administração que realizou essas obras. Construções dentro do Rio - áreas de risco.CM 16/07/2013 Construções dentro do Rio - áreas de risco.CM 16/07/2013 Construções dentro do Rio - áreas de risco.CM 16/07/2013 Construções dentro do Rio - áreas de risco.CM 16/07/2013 A Secretaria Municipal do Meio Ambiente tem que detectar esses problemas e encaminhar aos poderes Executivos e Legislativos. Essas obras criaram várias áreas risco ao longo desses cursos d’água. Contribui intensamente para este estado a migração da população que fora para as metrópoles, tendo saído da zona rural. E esse pessoal voltou para a zona urbana. Cresceu o mercado para a especulação imobiliária. Os altos dos morros em torno do centro foram transformados em bairros. A vegetação transformou-se em asfalto e cimento armado. O fenômeno encontrou uma urbe sem qualquer planejamento. Áreas de risco surgiram também nos altos dos morros, com o perigo de desbarrancamento. Sem flora que equilibrasse o sistema, as águas de chuva descem direto para o leito dos rios. Agora temos tido enchentes catastróficas praticamente, praticamente no intervalo de dois anos: 2006, 2008, 2010 e 2012. Antes tivéramos enchente desse porte somente em 1932. Isto significa que o conjunto de erros de construções, alvarás, obras públicas sem obedecer a qualquer rigor ambiental fez as enchentes serem o problema mais dramático de Visconde do Rio Branco. Para diminuir esses efeitos, os podres executivo e legislativo têm de começar por um planejamento urbano, levando-se em conta as estimativas de crescimento vegetativo fornacidas pelo IBGE, já que o processo migratório em massa parece ter atingido seus limites. São medidas para evitar crescer os problemas sociais. No planejamento, deve-se dar prioridade ao crescimento no plano horizontal. Uma solução definitiva não nos parece estar na disposição dos governantes municipais: declarar áreas de riso as construções no ápice dos morros, e as de dentro dos rios. Exterminar as pistas de trânsito situadas no lugar das matas ciliares (30 metros das margens), indenizar quem construiu naqueles pontos e deslocá-los para lugar mais seguro. Construções dentro do Rio - áreas de risco.CM 16/07/2013 Revitalizar o Chopotó, quem pega esta batata quente? (Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail) Postado por Jornal Consciência da Mata às 14:09 (leia no formato original em seu jornal Consciência da Mata online) Imagens a partir da Ponte do Carrapicho.
Posted on: Mon, 24 Jun 2013 22:51:40 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics



WHS

© 2015