Roubo de dados causa prejuízo milionário Autor(es): Por Chad - TopicsExpress



          

Roubo de dados causa prejuízo milionário Autor(es): Por Chad Bray | The Wall Street Journal Valor Econômico - 26/07/2013 Fishman, promotor federal, diz que é o maior caso já descoberto nos EUA Promotores americanos apresentaram acusações criminais contra um grupo de hackers que supostamente invadiu os sistemas de computadores de mais de dez empresas, incluindo a operadora da bolsa Nasdaq e os varejistas Carrefour e J.C. Penney, para roubar dados pessoais e, em alguns casos, informações de cartão de crédito, causando prejuízos de centenas de milhões de dólares. Os promotores federais de Nova Jersey, que divulgaram as acusações ontem, se referiram ao caso como o maior já perpetrado nos Estados Unidos em termos de número de invasões e quantidade de dados roubados. As investigações ainda estão em andamento, disseram eles. Os hackers teriam roubado mais de 160 milhões de números de cartões de crédito e débito de varejistas, administradoras de cartões de crédito e processadoras de pagamentos, além de informações pessoais de acesso a websites de diversas empresas. Mais de US$ 300 milhões foram roubados só de três das empresas atacadas, segundo a denúncia. Cinco homens da antiga União Soviética - quatro da Rússia e um da Ucrânia - foram acusados de participar do suposto esquema, que começou em 2005 e durou até meados do ano passado, disseram promotores. Dois desses homens foram presos a pedido do governo americano enquanto viajavam pela Holanda, e os outros três são considerados foragidos. Os crimes cibernéticos se tornaram nos últimos anos uma crescente preocupação para a Justiça dos EUA e de outros países à medida que os grupos de hackers se mostram cada vez mais audaciosos nas suas infiltrações em websites de governos e sistemas financeiros. A denúncia diz que os hackers obtinham grandes volumes de dados de computadores das empresas e então vendiam as informações. Os preços variavam de cerca de US$ 10 para cada número de cartão de crédito americano roubado, US$ 50 para cada número de cartão europeu e US$ 15 para cada número canadense. O esquema revelado ontem teria como alvo uma variedade de empresas, inclusive a Nasdaq OMX Group Inc., o varejista francês Carrefour SA, as americanas. J.C. Penney Co., 7-Eleven Inc., JetBlue Airways Corp. e uma empresa da Jordânia que processava pagamentos para comerciantes usando a rede da Visa Inc. A Dow Jones Inc., unidade da News Corp. que publica o The Wall Street Journal, também teria sido uma vítima do esquema, em 2009, segundo o indiciamento. Carrefour, 7-Eleven e J.C. Penney não quiseram comentar. A JetBlue afirmou que desde então substituiu o antigo sistema de computação que foi invadido e vem cooperando com a investigação. "Não há evidência de que informações de clientes da Dow Jones ou do The Wall Street Journal tenham sido comprometidas como resultado das invasões", disse uma porta-voz da Dow Jones. "A segurança de nossos sistemas e dados continua sendo de importância fundamental para a Dow Jones e tratamos com extrema seriedade toda tentativa externa de violação à nossa rede. Trabalhamos em conjunto com as autoridades nesse assunto e, como resultado, fortalecemos substancialmente nossas redes." Embora os hackers tenham supostamente sido capazes de adentrar as redes de computadores da Nasdaq e acessar históricos de operações com ações específicas, os servidores que alimentam as bolsas Nasdaq não foram comprometidos, segundo uma pessoa a par dos sistemas da bolsa. As identidades de operadores específicos não foram acessadas pelos hackers, disse a pessoa. Os ataques cibernéticos são um problema cada vez maior para os operadores de bolsa, cujos websites são frequentemente atacados como símbolos de Wall Street e do capitalismo. Em 2010, hackers invadiram o website da Mesa Diretora - criada para que membros dos conselhos das empresas compartilhem documentos - levando o serviço secreto americano a abrir uma investigação. Segurança cibernética é "algo com que lidamos todo dia, o dia todo", disse o diretor-presidente da Nasdaq OMX, Robert Greifeld. "Temos que garantir que protegemos cada um dos nossos sistemas, o modo como esses sistemas se relacionam e a infraestrutura central que suporta esses sistemas." A investigação começou em 2007, na esteira de um ataque cibernético à Heartland Payments Systems Inc., uma das maiores processadoras de cartões de crédito e débito do mundo, disseram os promotores. O ataque resultou no roubo de cerca de 130 milhões de números de cartões de crédito e prejuízos em torno de US$ 200 milhões, segundo a denúncia. Um porta-voz da Heartland não respondeu de imediato a solicitações de comentário ontem. (Colaboraram Reed Albergotti e Jacob Bunge.)
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 15:27:14 +0000

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