SEQUÊNCIA DE QUESTÕES II DE REENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 1º - TopicsExpress



          

SEQUÊNCIA DE QUESTÕES II DE REENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANOS DO ENSINO MÉDIO ATIVIDADES PREPARATÓRIAS PARA O II SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2013 ALUNO(A): SÉRIE/TURMA: N.º: PROFESSOR: WILIAM M. DA MOTA Estudar para alguns é um prazer, para outros, uma dificuldade. Para ajudar a estes dois grupos, segue abrimos seção de dicas para mostrar que o ato de estudar pode ser mais fácil para ambos. Saber utilizar bem o espaço de estudo, estudar diariamente e estudar em grupo: tudo isso pode ser uma mão na roda para quem precisa de um “empurrãozinho” nas notas. Além disso, a alimentação e as boas horas de sono são fundamentais para manter seu nível de concentração. Há também dicas para manter-se saudável e exercitar ou preservar a memória, fundamental para quem está se preparando para o vestibular. Aqui você encontra não só uma ajuda para quem quer obter uma boa nota no II Simulado de Língua Portuguesa para ser aprovado no referido conteúdo, mas também para quem já está aprovado e ainda tem algumas dúvidas. Fique atento às dicas abaixo: 1. Local de estudo - Para concentrar-se bem na hora do estudo é necessário silêncio, tranquilidade e um lugar isolado e bem iluminado e deixe as distrações de lado, como celulares. Se você não consegue um local silencioso em casa, procure uma biblioteca. Faça dela seu segundo lar. 2. Sem música durante o estudo – Muitas pessoas dizem que só sabem estudar com fones no ouvido e música nas alturas. Porém, é importante que o aluno simule o ambiente das avaliações. Como o ambiente de provas é um local silencioso, é importante concentrar-se. 3. Escreva – Escrever aquilo que foi estudado é ajuda a compreender mais o assunto. Como diria um professor que tive: “Você leu. Ficou gravado na memória. Se escreveu sobre isso, reforçou esta gravação.” Quanto mais você praticar esta ação, mais fácil será relembrar deste assunto na hora da prova. 4. Faça resumos – Sempre tive o hábito de fazer resumos para estudar. E geralmente me saía bem por isso. Se você copiar os fatos mais importantes do assunto com suas próprias palavras, será mais fácil de fazer com que o material lido seja lembrado. 5. Sem aparelho eletrônicos – “Os professores ainda são partidários do lápis e caderno no momento do estudo. É importante ressaltar que, no momento da prova, todo e qualquer aparelho eletrônico não poderá ser usado” 6. Faça pausas – Faça intervalos durante o estudo. Isso ajuda a assimilar melhor o que foi visto e ainda dar um descanso para que a rotina de estudos não se torne algo maçante. Dê um breve cochilo, ande um pouco, tome um ar. Isso ajuda a retornar aos estudos mais disposto. 7. Organize os conteúdos – Você deve ter em mente quais são suas maiores dificuldades e redobrar a atenção nessas matérias. Você deve organizar que assuntos estudará no dia. Crie um horário. Espero que essas dicas ajudem você a melhorar a concentração durante os estudos! E não se esqueça que, depois de estudar, é bom praticar exercícios. Isso auxilia ainda mais a memorização do conteúdo. Bons estudos! QUESTÕES PROPOSTAS QUESTÃO 1) “Encher a cara” é uma expressão conotativa, uma gíria muito usada como sinônimo de embriagar-se. Assinale a alternativa em que não há correspondência entre a expressão conotativa e o significado entre parênteses: a) Ir num pé e voltar no outro. (Não demorar) b) Fechar a cara. (Ficar sério, aparentemente aborrecido) c) Procurar cabelo em ovo. (Procurar algo que foi perdido) d) Receber alguém com quatro pedras na mão. (Ser agressivo) e) Pagar o pato (Ser responsabilizado por algo que não fez) QUESTÃO 2) Explique o significado das expressões abaixo e escreva uma frase exemplificando seu uso. Em seguida, crie uma propaganda em que uma dessas expressões seja utilizada como estratégia verbal associada a outras estratégias verbais ou não-verbais para convencer o leitor a adquirir um produto, um serviço ou a adotar um determinado comportamento. a) Dar de cara com alguém ou com alguma coisa b) Ficar cara a cara c) Custar os olhos da cara d) Ser a cara de alguém ou de algo e) Fechar a cara QUESTÃO 3/ PUCSP) Assinale a alternativa que preencha, pela ordem, corretamente as lacunas abaixo: “..... seis horas da manhã, já estávamos ...... esperar o trem que nos levaria .... cidadezinha, de onde iríamos, ..... cavalo, .... fazenda do Sr. Juca.” a) as-à-a-à-à b) às-a-à-à-a c) as-a-à-a-à d) às-a-à-a-à e) as-à-à-a-a QUESTÃO 4/ ACAFE-SC) Assinale a alternativa que completa a frase: Trouxe ...... mensagem ......Vossa Senhoria e aguardo ..... resposta ..... fim de levar ...... pessoa que me enviou. a) a-a-à-a-a b) a-à-a-à-a c) à-à-à-à-a d) a-a-a-a-à e) à-a-a-a-a QUESTÃO 5 - UFSCar/SP) Leia as frases abaixo: A conclusão do inquérito foi prejudicial ...... toda categoria. Mostrou-se insensível ...... qualquer argumentação. Este prêmio foi atribuído ...... melhor aluna do curso. Faço restrições ...... ter mais elementos no grupo. Indique a alternativa que, na sequência, preenche as lacunas acima corretamente. a) a-a-à-a b) à-à-à-à c) à-à-a-a d) à-à-a-à e)ma-a-à-à QUESTÃO 6- UNIMEP/SP) “..... dois meses que não vejo Paulo. Soube que ele teve .... beira de uma crise nervosa ..... menos de cinco dias do vestibular.” A alternativa que preenche corretamente as lacunas é: a) Há-a-a b) Há-à-a c) Há-à-à d) A-a-à e) A-à-a QUESTÃO 7/ UNIMEP-SP) “Eu não ____ vi na festa do clube ontem. Os diretores não ____ convidaram? Não ____ disseram que era ontem? Eu ____ avisei de que não podia confiar neles!” a) o, o, o, o b) o, lhe, lhe, o c) o, o, lhe, o d) lhe, lhe, lhe, lhe e) lhe, lhe, o, o QUESTÃO 8/ UNIMEP-SP) Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir como consequência”, constrói-se a oração com objeto direto, como se vê em: a) Quando era pequeno, todos sempre implicaram comigo. b) Muitas patroas costumam implicar com as empregadas domésticas. c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro. d) O banqueiro implicou-se em negócios escusos. e) Um novo congelamento de salários implicará uma reação dos trabalhadores. QUESTÃO 9/ UFPR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas. 1. Assistimos à inauguração da piscina. 2. O governo assiste os flagelados. 3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque. 4. Ele aspira o aroma das flores. 5. O aluno obedece aos mestres. a) lhe, os, a ela, a ele, lhes b) a ela, os, a ela, o, lhes c) a ela, os, a, a ele, os d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes e) lhe, a eles, a ela, o, lhes QUESTÃO 10/ FUVEST-SP) Indique a alternativa correta. a) Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c) Preferia brincar a trabalhar. d) Preferia brincar à trabalhar. e) Preferia mais brincar que trabalhar. QUESTÃO 11/ Santa Casa-SP) Quando chamar tem sentido de qualificar, pode-se construir o período, por exemplo, com objeto direto mais predicativo. Tudo se observa na alternativa: a) João é alto, mas treinador nenhum chamou-o para jogar. b) Era a viúva a chamar pelo falecido. c) Os inimigos chamam-lhe de traidor do povo. d) Chamei pelo colega em voz alta. e) Alguns chamam-no de fiscal. QUESTÃO 12/ UFV-SP) Substituindo a expressão destacada, em cada uma das frases abaixo, pelo pronome oblíquo átono devidamente empregado, assinale a alternativa cuja substituição esteja incorreta: Enviaram o relatório ao diretor. Dirão ao juiz o que souberem. Eis a história que narraram a meu avô. Teremos iniciado os debates amanhã. Quem houver concluído a prova poderá sair. a) Enviaram-no o relatório b) Dir-lhe-ão o que souberem c) Eis a história que lhe narraram d) Tê-los-emos iniciado amanhã e) Quem a houver concluído poderá sair. QUESTÃO 13) Leia o poema abaixo. Poética Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por todos os lados Que é o Poeta? um homem que trabalha o poema com o suor do seu rosto um homem que tem fome como qualquer outro homem (Cassiano Ricardo) Em que o conceito de poesia, expresso no poema de Cassiano Ricardo, se identifica com o de Literatura? QUESTÃO 14) Assinale a alternativa incorreta em relação à Carta, de Pero Vaz de Caminha: a) Documento literário que apresenta a certidão de nascimento do Brasil e a primeira visão de um colonizador sobre a terra recém-descoberta. b) Narrativa de viagem que procura exaltar as qualidades naturais da nova terra para informar o rei sobre a necessidade de colonização. c) Crônica descritiva sobre a terra recém-descoberta que valoriza o nativismo e inicia o indianismo na literatura brasileira. d) Espécie de diário de viagem que procura destacar os usos e costumes dos nativos como atitudes de um povo selvagem e de difícil aculturação. QUESTÃO 15) Leia atentamente o texto a seguir. Recado ao senhor 903 - Rubem Braga - Vizinho – Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito, a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos: apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio. ... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou.” E o outro respondesse: “Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela.” E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz. Assinale a alternativa em que foram apontadas CORRETAMENTE características da linguagem e possíveis tipos textuais constantes neste texto de Rubem Braga. a) Marcas freqüentes do vocabulário formal e informal - tipos: descritivo, injuntivo e dissertativo. b) Linguagem tipicamente própria da oralidade - tipos: argumentativo, descritivo e injuntivo. c) Predominância de marcas da linguagem formal e literária - tipos: narrativo, argumentativo/opinativo. d) Marcas predominantes de linguagem técnica e informal - tipos: argumentativo, dissertativo, narrativo. QUESTÃO 16) Leia atentamente o texto abaixo. Ardor em firme coração nascido; pranto por belos olhos derramado; incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido: tu, que em um peito abrasas escondido; tu, que em um rosto corres desatado; quando fogo, em cristais aprisionado; quando crista, em chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente, se és fogo, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente! Pois para temperar a tirania, como quis que aqui fosse a neve ardente, permitiu parecesse a chama fria. O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta as seguintes características: (A) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta. (B) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida. (C) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo. (D) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo. QUESTÃO 17) Leia o texto abaixo. Leitura: um hábito que se adquire Élcio Nacur Rezende Qual a diferença entre hábito e vício? A resposta é simples: ambos os termos podem ser usados como uma prática frequente de um indivíduo, todavia, usualmente, utiliza - se o segundo para um comportamento negativo e o primeiro para algo positivo ao ser humano e/ou à sociedade que se insere. De fato, os vícios do fumo, álcool, jogo, entre outros, são comportamentos humanos que geram consequências maléficas ao homem e a todos que o cercam e, quando estudada a etiologia de tais comportamentos, conclui - se que algo insignificante como um pito do cigarro de um colega, um gole de cerveja ou uma “partidinha” de pôquer foram a semente do mal. Por outro lado, a prática desportiva, o altruísmo, a alimentação saudável também se tornam práticas frequentes a partir de uma caminhada, uma pequena ajuda ao próximo, a substituição de determinados produtos alimentares por outros, etc. Nesse diapasão surge a leitura. Assim como os músculos precisam de exercício para se desenvolver em, os neurônios precisam de leitura para a construção de um bom raciocínio jurídico . Inexoravelmente, a Ciência do Direito exige leitura constante. Vale dizer, nem sempre será necessário ao advogado, magistrado ou a outra atividade jurídica qualquer que se tenha uma boa oratória, um físico avantajado, uma espiritualidade divina, todavia, escrever bem é simplesmente fundamental! Prezado leitor, permita-me repetir: a característica fundamental e imprescindível àqueles que trabalham com o Direito é escrever de forma clara, precisa, escorreita, enfim, dominar o vernáculo. E, particularmente, só conheço uma maneira de se escrever bem: adquirindo o hábito da leitura. Da mesma forma que comentava no início do texto, a leitura diária, ainda que em pequena quantidade, propicia a aquisição do hábito que se incorporará à vida a ponto de se eventualmente a pessoa passar dias sem ler, sentirá tanta falta dos livros quanto um usuário da droga. Não quero nesse artigo demonstrar ingenuidade a ponto de pensar que todos têm a mesma facilidade em estudar. Obviamente questões ligadas à formação do homem na infância e adolescência, ou mesmo de personalidade, propiciam maior ou menor facilidade de aquisição do hábito da leitura, tal qual a prática esportiva de competição. Todavia, ainda que não sejamos campeões, podemos ter, pelo menos, um bom hábito que nos propiciará exercer as atividades diárias com qualidade. Sugere-se, portanto, para aqueles que não adquiriram o hábito da leitura e, por consequência, não escrevem como os grandes literatos, que iniciem com algo que lhes dê prazer e em pequena quantidade de horas, mas, sobretudo, que seja incessante. Em momento posterior passe a ler bons livros, afinal, como disse Mark Twain “o homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem s obre o homem que não sabe ler”. Assim, lendo um pouquinho todos os dias e, gradativamente, aumentando a quantidade de horas o hábito de ler se incorporará e sua ausência trará incômodos. A leitura liberta, engrandece, é companheira, alegra, propicia poder, dá cidadania, constrói uma nação, distrai, relaxa, instiga, expulsa a tirania, gera sabedoria, ensina a escrever, acelera o raciocínio, articula a fala, enfim, enriquece o ser humano em todos os sentidos. (Texto retirado do site Dom Total) Sobre a tipologia textual do texto, a afirmação CORRETA é: a) O texto é predominantemente descritivo porque se limita a relatar os aspectos e características do hábito de leitura assim como de vícios como o do álcool, fumo e jogo. b) O texto é predominantemente dissertativo porque o autor apresenta argumentos lógicos como a analogia para sustentar seu ponto de vista; mas contém trechos injuntivos em que autor sugere aos leitores ações para o desenvolvimento do hábito de leitura. c) O texto é predominantemente dissertativo porque se baseia, para sustentar sua tese, em narrações detalhadas de fatos relacionados ao te ma e várias citações de autores renomados. d) O texto é predominantemente descritivo porque estabelece os pontos positivos e negativos do hábito de leitura e apresenta sugestões de como se deve ler, utilizando-se principalmente da função metalinguística. QUESTÃO 18) Observe o seguinte fragmento textual: “E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.” Assinale a alternativa em que se apontou CORRETAMENTE a ideia expressa pela repetição dos articuladores de coesão em destaque neste fragmento. a) relação de conseqüência entre as ações; b) conclusão, com ênfase nos objetos da expressão; c) explicação, em que uma ação especifica outra; d) soma e simultaneidade de ações. QUESTÃO 19/ UFV) Assinale a opção que não representa uma continuação coesa e coerente para o trecho abaixo. É preciso garantir que as crianças não apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal caminho para isso, além de investimentos em equipamentos, é o professor. É preciso fazer com que o professor seja um profissional bem remunerado, bem preparado e dedicado, ou seja, investir na cabeça, no coração e no bolso do professor. a) Qualquer esforço dessa natureza já tem sido feito há muitos anos e comprovou que os resultados são irrelevantes, pois não há uma importação de tecnologia educacional. b) Tal investimento não custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus. c) Esse esforço financeiro custaria muito menos do que o que será preciso gastar daqui a 20 ou 30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educação. d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura econômica. e) Um empreendimento dessa natureza exige como uma condição preliminar: uma grande coalizão nacional, entre partidos, lideranças, Estados, Municípios e União, todos voltados para o objetivo de chegarmos a 2022, o segundo centenário da Independência, sem a vergonha do analfabetismo. (Adaptado de Cristovam Buarque, O Estado de S.Paulo, 09/7/2003) QUESTÃO 20/ TRF) A forma que substitui adequadamente a palavra mas, no trecho compele os homens a se defrontar com a realidade não do ponto de vista da realização do prazer, mas do dever fazer, mantendo o sentido original, é: a) senão que também; b) senão; c) não obstante; d) no entanto; QUESTÃO 21) Complete o texto abaixo com as palavras do quadro para que você possa compreendê-lo: lugar – saco – alimento – lê – revistas – namoro – preguiça – livro – poder – respostas – poesia – histórias – biblioteca – mente – profissão – velha - intelectual – medo – engorda – conto – dicas – analfabetismo. LER É A MELHOR SOLUÇÃO Você é o que você ___________ . Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a fome de ______________. Que aliás tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que livro não _________________.Este artigo é sobre ler. Porque para mim as pessoas são como estantes que vão se completando à medida que empilham na memória os livros que vão lendo. E é por isso que eu digo que quando uma pessoa _________________ morre, o mundo perde uma __________________. Ler um livro é como ler uma ______________, é saber o que o outro pensa. O que o autor pensa. Ler é ______________. Poder construir você mesmo. Tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato. Você lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, __________________, pichações, frases de banheiros públicos, ______________, placa de estradas, jornal. É claro que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência que não se substitui com livros. Mas pode ser enriquecida com as vidas que estão neles. Também não estou dizendo que você tem que virar um __________________________. Nada a ver. Intelectual é um teórico que tem _______________ de se colocar em prática. E eu estou falando de praticar o lido para ficar melhor. Em tudo. Na vida, na _______________, no papo, nas festas, até no ____________________. Às vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se esse é o seu caso, peça ________. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro é como contar a alguém de um _______________ que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando eu era pequeno li o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas ___________________ . existe romance, novela, ____________________, ensaio, poesia, humor, biografia, etc. Existe livro e autor para tudo quanto é leitor. E é por isso que para mim, o ___________________________ é coisa imoral, triste e vergonhosa. Porque “se o livro é o ___________________do espírito, o analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibilidade das pessoas serem tudo o que podem. Ler às vezes enche o ______________. Às vezes dá sono. Às vezes dá bode. Mas resista, lute contra essa ____________________ dos olhos. O seu cérebro vai agradecer. Afinal, as __________________ estão todas ali.Você só precisa achar as perguntas. QUESTÃO 22) Normalmente em uma narrativa há uma sequência lógica, isto é, um fato provoca outro. A seguir, há uma narrativa cujos parágrafos estão desordenados. Leia-os e procure estabelecer a sequência correta, para que o texto fique coerente. O primeiro parágrafo já está indicado. ( ) Ao ouvir a professora chamar a colega, estremeceu. Era agora. Mas antes que conseguisse se mover, começou a pensar no que faria quando ela lesse o bilhete, o que diria a ela na saída, como iria encará-la no dia seguinte. Sentia-se tonto e levemente enjoado. Desejou nunca ter escrito bilhete algum. Ele sabia que precisava agir rapidamente, antes que a colega voltasse. ( ) Nesse momento, a professora começou a entregar as redações que havia levado para casa. Seria sua grande chance. Enquanto Fabiana fosse buscar sua redação, colocaria o bilhete na carteira da garota. ( 1 ) Cristiano não sabia o que fazer para declarar seu amor por Fabiana. Precisava muito contar à colega de classe que ela não lhe saía do pensamento. ( ) Fabiana voltou a sua carteira e percebeu que o rapaz não atendia ao chamado da professora para buscar seu trabalho escolar. Então cutucou o garoto e Cristiano, em vez de dirigir-se à professora, levantou-se, foi até o lixo e jogou dentro dele suas esperanças de namorar Fabiana. ( ) Decidiu então deixar um bilhete debaixo do caderno de Fabiana. Aproveitaria o momento em que ela saísse do lugar por um instante. (Cássia Garcia de Souza e Márcia Paganini Cavéquia) Leia o poema abaixo para responder as questões de 23 a 26. Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pio Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão construindo telhados. (Oswald de Andrade. Obras Completas) QUESTÃO 23) A que tipo de variação linguística o autor faz referência no poema acima? Por quê? QUESTÃO 24) O autor do texto acima está criticando as pessoas a quem ele se refere ou revela respeito em relação a elas? Justifique. QUESTÃO 25) O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto: a) “o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” - um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala para um amigo. c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação” - alguém comenta em uma reunião de trabalho. d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa” - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego. e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros” - um professor universitário em um congresso internacional. QUESTÃO 26) Reescreva o texto”Vívio na fala” na modalidade padrão da língua. QUESTÃO 27) Leia o trecho a seguir. “No Brasil, a situação econômica é cada vez mais problemática. Por ser muito problemática, a economia do Brasil atravessa vários problemas como: o aumento dos juros, o congelamento dos salários e o desemprego de muitos brasileiros. A crise econômica acarreta muitos problemas aos brasileiros.” A partir da leitura do trecho, julgue os itens a seguir verdadeiros ou falsos. ( ) O trecho encontra-se confuso devido a repetição desnecessária de alguns termos. ( ) A repetição não pode ser vista como um defeito, visto que tem a função de reforçar o que está sendo afirmado. ( ) O trecho lido poderia ser reestruturado da seguinte maneira: “A situação econômica brasileira é problemática: aumento de juros, congelamento dos salários e desemprego.” ( ) O principal defeito do texto lido é a redundância, visto que há repetição de vários termos de forma desnecessária. ( ) Além da redundância, o trecho lido traz também o desrespeito às normas gramaticais, o que pode ser percebido através dos vários vocábulos grafados de forma incorreta. QUESTÃO 28) Leia o trecho a seguir: “Nas últimas décadas, a inovação tecnológica tem provocado mudanças substanciais na vida da sociedade. Entre essas mudanças não poderíamos deixar de incluir a internet. A rede mundial de computadores provocou e tem provocado uma verdadeira revolução em setores diversos da sociedade. Responsável por facilitar a vida de muitas pessoas, a internet também tem sido responsável por disseminar uma nova modalidade de crime, o que tem sido chamado de criminalidade virtual” (Istoé, dezembro de 2004) Tendo como base o trecho acima, redija um texto dissertativo atentando para os aspectos de clareza, coesão e coerência. (Mínimo de 20 linhas) Leia atentamente o soneto abaixo, da autoria de Camões.Logo após, responda às questões de 29 a 36. Soneto Busque Amor novas artes, novo engenho, Para matar-me, e novas esquivanças; Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que me mata e não se vê; Que dias há que na alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei por quê. QUESTÃO 29) Segundo os versos do poema, o eu lírico a) está à procura do Amor. b) está amando e cheio de esperanças. c) está seguro devido ao Amor. d) está sem esperança. QUESTÃO 30) Ao se dirigir ao Amor, na primeira estrofe, percebe-se por parte do eu lírico um tom de a) súplica b) desafio c) ameaça d) euforia QUESTÃO 31) Por que o eu lírico não teme as novas artes do Amor? a) Porque o eu lírico não possui mais esse sentimento. b) Porque onde falta esperança não há desgosto. c) Porque a esperança que ele tem o faz sentir mais seguro. d) Porque ele não teme nada, nem os perigos de um mar bravo. QUESTÃO 32) Apresenta uma contradição a justaposição dos termos da expressão a) novo engenho b) bravo mar c) perigosas seguranças d) novas artes QUESTÃO 33) “Busque Amor novas artes, novo engenho”, o termo em destaque tem o sentido de a) artimanha b) trabalho c) objetivo d) solução QUESTÃO 34) De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera a) segurança b) esperança c) sofrimento d) dúvidas QUESTÃO 35) “Amor um mal, que me mata e não se vê;” o verso sugere que o Amor é a) indefinido b) misterioso c) passageiro d) intransigente QUESTÃO 36) A última estrofe revela que a) o eu lírico realmente é imune as artes do Amor. b) o eu lírico busca descobrir as razões do Amor. c) o Amor ainda consegue atingir o eu lírico. d) o Amor abandona o destemido eu lírico. QUESTÃO 37 / ENEM-2007) Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, lombrigas (...) Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184. O texto acima está escrito em linguagem de uma época passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual. Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos, vermes (...) Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda versão, houve mudanças relativas a a) vocabulário. b) construções sintáticas. c) pontuação. d) fonética. e) regência verbal. QUESTÃO 38 / ENEM-2005) As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece no seguinte poema: “(....) Que importa que uns falem mole descansado Que os cariocas arranhem os erres na garganta Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? Que tem se o quinhentos réis meridional Vira cinco tostões do Rio pro Norte? Junto formamos este assombro de misérias e grandezas, Brasil, nome de vegetal! (....)” (Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.) O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbito a) étnico e religioso. b) linguístico e econômico. c) racial e folclórico. d) histórico e geográfico. e) literário e popular. QUESTÃO 39 / Enem Cancelado-2009) Iscute o que tô dizendo, Seu dotô, seu corené: De fome tão padecendo Meus fio e minha muié. Sem briga, questão nem guerra, Meça desta grande terra Umas tarefas pra eu! Tenha pena do agregado Não me dexê deserdado PATATIVA DO ASSARE. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008 (fragmento). A partir da análise da linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu lírico revela-se como falante de uma variedade linguística específica. Esse falante, em seu grupo social, e identificado como um falante a) escolarizado proveniente de uma metrópole. b) sertanejo morador de uma área rural. c) idoso que habita uma comunidade urbana. d) escolarizado que habita uma comunidade do interior do país. e) estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país. QUESTÃO 40) O anúncio classificado é um gênero textual no qual os adjetivos têm presença marcante. Comente sobre a finalidade dos mesmos. QUESTÃO 41) Analise o poema em evidência, levando em consideração seus conhecimentos no que se refere às funções da linguagem. Catar feijão Catar feijão se limita com escrever: Jogam-se os grãos na água do alguidar E as palavras na da folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo; pois catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco. [...] (João Cabral de Melo Neto) QUESTÃO 42/ Cesgranrio – RJ) Assinale a opção em que a inversão da ordem dos termos altera o sentido fundamental do enunciado: a) Era uma poesia simples/ Era uma simples poesia. b) Possuía um sentimento vago/ Possuía um vago sentimento. c) Olhava uma parasita mimosa/Olhava uma mimosa parasita. d) Havia um contraste eterno/Havia um eterno contraste. e) Vivia um drama terrível/Vivia um terrível drama. QUESTÃO 43/ UFMG) Em “O girassol da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua”, há, respectivamente: a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição. b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação. c) dois elementos formados por justaposição. d) dois elementos formados por aglutinação. Leia o texto abaixo para responder as questões de 44 a O PORTUGUÊS.COM A comunicação expressa das salas de bate-papo e dos blogs está mexendo com o idioma em casa e nas escolas. Isso é bom? A vida linguística do futuro está por um fio? Há quem suspeite que sim e culpe o pragmatismo dos usuários da internet por sua agonia. Na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, eles abreviam palavras ao limite do irreconhecível, traduzem sentimentos por ícones e renunciam às mais elementares regras da gramática. O resultado dessa anarquia comunicativa divide opiniões. Linguista respeitado, o inglês David Crystal, autor do livro A Linguagem e a Internet, chama esses defensores da sintaxe de alarmistas e não prevê um futuro desastroso para a gramática por causa da rede. Lembra que a invenção do telefone provocou a mesma desconfiança dos estudiosos, preocupados com o risco de uma afasia epidêmica entre os usuários. Por incorporarem uma linguagem cheia de “hã, hã” e “alôs”, eles corriam o risco de perder a capacidade de expressão e a sociabilidade. Não foi o que ocorreu, lembra Crystal. Ele faz uma previsão otimista: o jargão dos chats (salas de bate-papo) e dos blogs (diários que se tornam públicos) pode estimular outras formas de literatura e desenvolver o autoconhecimento do jovem, como percebeu ao analisar o conteúdo de blogs ingleses. O outro lado da história é contado por psiquiatras. Pais de adolescentes com distúrbios de linguagem estão levando os filhos ao consultório e recebendo um diagnóstico, no mínimo, preocupante: suspeita-se de uma onda de “dislexia discursiva”. O jovem, que até então não apresentava nenhum problema na escola, começa a ter uma avaliação catastrófica dos professores. Perde a capacidade de entender o que lê fora do ambiente da rede. Sem entender, não tem condições de julgar, e sem posição crítica fica incapacitado de reflexões profundas sobre a realidade que o cerca. Os pais imaginam que o filho está mentalmente perturbado ou tomando drogas, mas ele apenas renunciou a seu potencial expressivo para adotar a linguagem estereotipada da internet. Adolescentes viraram suas vítimas preferenciais. Os jovens erguem uma barreira contra seus pais, que não compreendem uma só palavra das mensagens trocadas com os coleguinhas, mas ficam igualmente isolados, incapacitados de escrever segundo os códigos linguísticos formais. O alerta é do médico e neurocientista paulista Cláudio Guimarães dos Santos. “Essa simplificação da linguagem pelos adolescentes não pode ser entendida como alternativa, porque esse código acaba tornando o lugar da escritura convencional”, analisa. “Ninguém escreve um tratado de física com carinhas e usar o código da rede sem dominar o formal gera erros de percepção.” O psiquiatra refere-se aos ícones conhecidos como emoticom, que os internautas usam no correio eletrônico e em seus weblogs para comunicar aos interlocutores que estão tristes, alegres, entediados, eufóricos ou simplesmente indiferentes. Os traços sintéticos dessas “carinhas” e a linguagem telegráfica dos blogueiros não são recursos meramente funcionais, adverte o médico. Eles revelam que esses jovens consideram supérflua a escritura formal. “Ao contrário da fala, a comunicação escrita exige aprendizado e ninguém aprende se não tiver interesse genuíno, o que leva o adolescente a optar pelo código anárquico da rede”. O professor de língua portuguesa David Fazzolari, do Colégio Nossa Senhora das Graças, em São Paulo, discorda, argumentando que a curta existência da internet não justifica previsões tão pessimistas. A linguagem usada nas salas de bate-papo e nos blogs, diz, é um simulacro da comunicação oral, dinâmica por natureza. “As abreviações, os signos visuais e a ausência de acentuação representam apenas um jeito de se adaptar ao teclado”, observa o professor. Ele não acredita que a norma culta será contaminada pela simplificação. “Os adolescentes sabem que ela deve ficar restrita ao ambiente da rede e não tenho notado um empobrecimento nos textos dos alunos por conta da adoção do código da internet”. Mas as redações poderiam ser melhores se a leitura fosse um hábito familiar, admite. O estudante Leandro Rodrigues Gonçalves, de 17 anos, mantém seu blog como um diário para “criticar” religiosos, “polemizar”. Como outros blogueiros, começou a usar “eh” no lugar de “é” e trocar “não” por “naum” até pensar no vestibular e concluir que era melhor render-se à sintaxe convencional. “A rede me estimulou a ler e a escrever poesia”, conta. Já Victor Zellmeister, de 15 anos, acha que a internet não aprimorou seu desempenho. Assim como o colega Gustavo Simon, garante não usar a “língua” da internet na aula. Colega dos dois, Rafael Mielnik não confunde rede com escola. “Só uso a net para inutilidades”. Educadores não identificam perigo nessa linguagem eletrônica. “Costumamos ver com desconfiança aquilo que foge ao nosso controle, mas não acho que a rede empobrece a língua”, afirma a orientadora pedagógica Elione Andrade Câmara. Com ela concorda David Crystal, que costuma rir quando alguém diz que a nova tecnologia está sufocando a gramática e matando a cultura: “Sinceramente, acho até que a literatura possa ficar mais rica ao incorporar expressões de blogueiros do meio rural, produzindo outros gêneros e abrindo uma dimensão diversa para a escrita”. Assim seja. (FRANZOIA, Ana Paula e FILHO, Antônio Gonçalves. In: Revista Época. Pág. 54-55, 09/09/2002). QUESTÃO 44) “A vida linguística do futuro está por um fio?” A respeito deste questionamento, o texto afirma que: a) Está, e é por exclusiva culpa do pragmatismo de todos os usuários da internet, por abreviarem palavras ao limite do irreconhecível. b) Para David Crystal, respeitado lingüista, a invenção do telefone provocou a mesma desconfiança, no sentido de seus usuários perderem a capacidade de expressão oral e escrita. c) Os psiquiatras suspeitam de uma onda de “dislexia discursiva” que acometeu os adolescentes, os quais perderam não só a capacidade de julgar, mas também de conviver fora da rede. d) Os pais imaginam que o filho esteja mentalmente perturbado ou tomando drogas, porque a internet considera os adolescentes suas vítimas preferenciais. e) Pode estimular outras formas de literatura e desenvolvimento do autoconhecimento do jovem que faz uso de chats e blogs. QUESTÃO 45) “Pais de adolescentes com distúrbios de linguagem estão levando seus filhos ao consultório”. O fragmento acima é ambíguo, por apresentar duplo sentido. Tal ambigüidade decorre do fato de que: a) O sujeito é simples, apresentando dois adjuntos adnominais introduzidos por preposições diferentes, porém de mesmo valor semântico. b) Há dois adjuntos adnominais, um dos quais pode estar se referindo tanto ao outro adjunto adnominal quanto ao restante do segmento destacado. c) O sujeito é simples e plural, acarretando, por ter dois adjuntos adnominais também no plural, dupla possibilidade de entendimento. d) As preposições que introduzem os adjuntos adnominais são diferentes e introduzem noções diferentes, ainda que o sujeito seja composto. e) Um adjunto adnominal refere-se a “distúrbios” e o outro, à “linguagem”. QUESTÃO 46) “Na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, eles abreviam palavras ao limite do irreconhecível.” O termo destacado acima, por referir-se a outro mencionado anteriormente (“usuários da internet”) tem função anafórica. Assinale a opção na qual ocorre um termo com função textual diferente: a) ”O jovem, que até então não apresentava nenhum problema na escola...” b) “Perde a capacidade de entender o que lê fora do ambiente da rede.” c) “Os adolescentes sabem que ela deve ficar restrita ao ambiente da rede...” d) “Há quem suspeite que sim e culpe o pragmatismo dos usuários da internet por sua agonia”. e) “... produzindo outros gêneros e abrindo uma dimensão diversa para a escrita”. QUESTÃO 47) Assinale a opção em que o termo destacado exerce função sintática diferente dos demais: a) “... chama esses defensores da sintaxe de alarmistas...” b) “Lembra que a invenção do telefone provocou...” c) “... a mesma desconfiança dos estudiosos...” d) “Essa simplificação da linguagem pelos adolescentes não pode ser entendida...” e) “... um empobrecimento nos textos dos alunos por conta da adoção do código da internet.” QUESTÃO 48) Assinale a opção em que a afirmação feita a respeito da sentença e/ou de seus termos é verdadeira: a) “suspeita-se de uma onda de ‘dislexia discursiva’.” (o sujeito desta oração é indeterminado). b) “O outro lado da história é contado por psiquiatras.” (a oração está na voz ativa). c) “Adolescentes viraram suas vítimas preferenciais.” ( o segmento “suas vítimas preferenciais” exerce a função de objeto direto). d) “Ninguém escreve um tratado de física com carinhas...” (o sujeito da oração é indeterminado). e) “... eles corriam o risco de perder a capacidade de expressão e a sociabilidade.” (a oração destacada exerce a função de objeto indireto). QUESTÃO 49) Assinale a opção em que está corretamente caracterizada a ideia ou circunstância expressa entre parênteses: a) Ninguém escreve um tratado de física com carinhas... (modo) b) Sinceramente, acho até que a literatura possa ficar mais rica ao incorporar expressos de blogueiros do meio rural... (tempo) c) “... a curta existência da internet não justifica previsões tão pessimistas.” (exclusividade) d) “Ao contrário da fala, a comunicação escrita exige aprendizado...” (oposição) e) “As abreviações, os signos visuais e a ausência de acentuação representam apenas um jeito de se adaptar ao teclado”. (intensidade) QUESTÃO 50) Assinale a opção na qual se fez o correto comentário a respeito do verbo/locução verbal destacado(a) nas orações seguintes: a) “Adolescentes viraram suas vítimas preferenciais.” (o verbo exprime ação). b) “O jovem, que até então não apresentava nenhum problema na escola, começa a ter uma avaliação catastrófica dos professores”. (a locução verbal exprime mudança de estado). c) “... e sem posição crítica fica incapacitado de reflexões profundas sobre a realidade que o cerca.” (o verbo exprime localização). d) “... para comunicar aos interlocutores que estão tristes, alegres, entediados, eufóricos ou simplesmente indiferentes.” (o verbo exprime estado permanente). e) “... o jargão dos chats (salas de bate-papo) e dos blogs (diários que se tornam públicos)...” (o verbo indica início de ação). QUESTÃO 51) “Costumamos ver com desconfiança aquilo que foge ao nosso controle, mas não acho que a rede empobrece a língua”. “Os adolescentes sabem que ela deve ficar restrita ao ambiente da rede e não tenho notado um empobrecimento nos textos dos alunos por conta da adoção do código da internet.” Acerca das palavras destacadas nos fragmentos acima, assinale a alternativa correta: a) Ambas as palavras são derivadas por prefixação. b) Ambas as palavras são derivadas por sufixação. c) Ambas as palavras são formadas por derivação prefixal-sufixal. d) Ambas as palavras são derivadas de um mesmo verbo. e) Ambas as palavras são formadas por derivação parassintética. QUESTÃO 52) Leia o fragmento abaixo escrito por Monteiro Lobato. “Morreu Peri, incomparável dum homem natural como sonhava Rousseau, protótipo de tantas perfeições humanas que no romance, ombro a ombro com altos tipos civilizados, a todos sobreleva em beleza de alma e de corpo.(...) O indianismo está de novo a deitar copa, de nome mudado. Crismou-se de ‘caboclismo’. ” (Monteiro Lobato) No artigo “Urupês” (do qual se extraiu o trecho acima), Lobato chamou a atenção para um grave problema brasileiro. Assinale a alternativa CORRETA que sintetiza a natureza desse problema. a) Cientificismo, o retrato fiel de um acontecimento histórico contemporâneo. b) Nada vale nesta vida. c) Destaca a própria evolução da vida. d) O problema da idealização do caboclo, assim se idealizou o índio (no texto representado por Peri), durante o Romantismo. QUESTÃO 53) Leia o texto abaixo. “Ornemos nossas testas com as flores, E façamos de feno um brando leito Prendamo-nos Marília, em laço estreito gozemos do prazer de sãos amores sobre as nossas cabeças, sem que o possam deter, o tempo corre: e para nós o tempo que se passa, também Marília, morre.” (Tomás Antônio Gonzaga) VOCABULÁRIO: Brando: confortável Laço: abraço Sãos: honestos Acima há um pequeno trecho das famosas “Liras” de Tomás Antônio Gonzaga que ficaram conhecidas com o nome de “Marília de Dirceu” e constituem a obra poética mais importante do Arcadismo brasileir o. Releia com atenção o texto e marque a alternativa CORRETA: a) O poeta convida Marília a gozar os prazeres físicos porque nada pode deter a força do amor, e esta é uma característica do Arcadismo. b) O poeta usa elementos campestres (flores, fenos) para compor o cenário de encontro de amor, o que caracteriza uma postura típica do Arcadismo. c) A preocupação com a brevidade da vida faz o poeta pensar na morte e angustiar-se com a impossibilidade de detê-la. d) O poeta lembra e reconhece que só o amor pode deter a marcha do tempo, por isso insiste em que Marília se entregue aos prazeres num “brando leito” de feno. QUESTÃO 54) Leia com atenção o texto abaixo. “Que falta nesta cidade? Verdade Que mais por sua desonra? Honra Falta mais que se lhe ponha? Vergonha O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta, Numa cidade onde falta Verdade, honra e vergonha. (Gregório de Matos) Considerando o trecho de Gregório de Matos, a temática e as características estético-literárias do Barroco, marque a alternativa CORRETA: Na poesia acima há um jogo verbal que é apresentada: a) Na poesia religiosa do século XVI, sem caráter subjetivo no poema. b) No estilo barroco, mostrando uma crítica, em tom de sátira. c) No estilo barroco, mostrando o arrependimento do poeta pecador. d) Na poesia barroca que busca refletir sobre os sentimentos. QUESTÃO 55) O texto abaixo trata-se de um Sermão do Quinto Domingo da Quaresma, de Padre Antônio Vieira . Leia-o com atenção e assinale a alternativa CORRETA : “Como estamos na corte, onde das casas dos pequenos não se faz caso, nem têm nome de casas, busquemos esta fé em alguma casa grande e dos grandes. Deus me guie. (...) Entremos e vamos examinando o que vimos, parte por parte. Primeiro que tudo vejo cavalos, liteiras e coches; vejo criados de diversos calibres, uns com libré, outros sem ela; vejo galas, vejo jóias, vejo baixelas; as paredes vejo-as cobertas de ricos tapizes; das janelas vejo ao perto jardins, e ao longe quintas; enfim, vejo todo o palácio e também o oratório; mas não vejo a fé. E por que não aparece a fé nesta casa? Eu o direi ao dono dela. Se o que vestem os lacaios e os pajens, e os socorros do outro exército doméstico masculino e feminino depende do mercador que vos assiste, e no princípio do ano lhe pagais com esperanças e no fim com desesperações, a risco de quebrar, como se há de ver a fé na vossa família? Se as galas, as jóias e as baixelas, ou no Reino, ou fora dele, foram adquiridas com tanta injustiça ou crueldade, que o ouro e a prata derretidos, e as sedas se espremeram, haviam de verter sangue, como se há de ver a fé nessa falsa riqueza? Se as pedras da mesma casa em que viveis, m desde os telhados até os alicerces estão chovendo os suores dos jornaleiros, a quem não fazíeis a féria, e, se queriam ir buscar a vida a outra parte, os prendíeis e obrigáveis por força, como se há de ver a fé, nem sombra dela na vossa casa?” VOCABULÁRIO: liteiras: espécie de cadeirinhas cobertas, sustentadas por dois varais compridos e conduzidas por animais ou homens que serviam para carregar pessoas ricas. coches: carruagens antigas e suntuosas. calibres: tipos. galas: trajes usados em comemorações. baixelas: conjunto de peças usadas ao servir uma mesa. libré: uniforme de criados de casas nobres tapizes: tapetes lacaios: criados de libré que acompanham o amo num passeio ou jornada. pajens: criados que acompanham seu amo. alicerces: bases de casas. os socorros do outro exército doméstico:a vestimenta dos outros serviçais jornaleiros: trabalhadores que recebiam pagamento ao final do dia a quem não fazíeis a féria: a quem não concedíeis dias de folga O sermão de Padre Vieira pode ser definido como: a) Uma composição em versos recitados nos palácios para divertir os nobres. b) Um texto curto, em que predomina o desenvolvimento de um único conflito. c) Uma narrativa longa em que são apresentados diversos conflitos paralelos. d) Um discurso religioso cujo objetivo principal é a edificação moral dos ouvintes QUESTÃO 56) Sobre o texto da questão anterior, assinale a alternativa CORRETA: a) O autor discorre sobre a inabalável fé da corte e da nobreza. b) Padre Vieira critica o povo por não ter a fé que os nobres possuem. c) O autor conclui que não é possível encontrar a fé em uma casa onde se encontram aqueles que exploram e maltratam os homens do povo. d) O sermão é um elogio à corte pela maneira como trata os seus serviçais, dignificando-os e humanizando as relações entre os nobres e o povo. QUESTÃO 57 / ENEM 2006) No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho: a) “Não se conformou: devia haver engano” (ℓ.1). b )“e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3). c)“Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4). d)“entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5). e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11). QUESTÃO 58 / UEL 2012) Leia o fragmento a seguir. “A fumaça que sai da ponta acesa do cigarro possui as mesmas substâncias daquela que o fumante inala, porém algumas encontram-se em concentrações maiores: 50 vezes mais alcatrão e até 5 vezes mais nicotina e monóxido de carbono”. Com relação ao fragmento, considere as afirmativas a seguir. I. Os termos “daquela” e “algumas” referem-se, respectivamente, às palavras “fumaça” e “substâncias”. II. A conjunção “porém” inicia oração que estabelece ideia de conclusão com a anterior. III. O trecho logo após os dois pontos tem função de aposto explicativo referente à expressão “ponta acesa do cigarro”. IV. A preposição “até” estabelece um limite para o número de vezes em que certas substâncias estão concentradas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e III são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas II e III são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. QUESTÃO 59) Leia atentamente a poesia apresentada para responder à questão proposta. Eles não têm pouso nem porto (v. 6-7) Os versos acima podem ser lidos como uma pressuposição do autor sobre o texto literário. Essa pressuposição está ligada ao fato de que a obra literária, como texto público, apresenta o seguinte traço: a) é aberta a várias leituras b) provoca desejo de transformação c) integra experiências de contestação d) expressa sentimentos contraditórios QUESTÃO 60 / Cesgranrio) Leia os versos abaixo e responda: 1 – Vontade de beijar os olhos de minha pátria De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos”. 2 – “Pátria, eu semente que nasci do vento Eu que não vou e não venho, eu que permaneço”. A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem: a) prosopopeia – aliteração. b) metáfora – gradação. c) hipérbole – antítese. d) aliteração – personificação. e) metonímia – assíndeto.
Posted on: Fri, 22 Nov 2013 22:16:10 +0000

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