Sabe um dia a gente percebe que mudou... E como a maioria já - TopicsExpress



          

Sabe um dia a gente percebe que mudou... E como a maioria já disse, leu ou viveu, as mudanças normalmente não acontecem assim da noite para o dia. Apenas algumas: as pequenas, que normalmente não são bem percebidas... Mas as grandes mudanças, estas começam a acontecer lentamente, dentro de nós, em pequenos detalhes que nem sempre percebemos, na mensagem que não tem resposta, na falta de carinho e, tantas vezes, no excesso de egoísmo, de grosseria (verbal, física ou gesticulada)... Daí num momento sem mais nem pq elas resolvem se juntar todas e promovem a grande mudança si. Não está só no grito de liberdade, está também na pequena mudança de rotina. Não está apenas no novo endereço, está também em como vc trata a nova moradia, a nova vizinhança, a nova vida. Não está apenas na louça ou nos móveis, limpos ou empoeirados, está também no quanto isto tudo te faz bem. Um dia, acredite, vc joga fora toda aquela tralha que carrega desnecessariamente todos os dias. É um acumulo de culpa, medo, apego e apreço a nada, ou quase nada pra ser mais sincera... E depois... Ohhhh!!! Que sensação de liberdade. Provavelmente alguém já disse, mas eu repito: tudo dá certo, pelo tempo certo. Depois não adianta mais ficar tentando manter o que deixou de existir, deixou de dar certo. O negócio é sentir a aflição que é normal, recolher-se pelo tempo necessário, chorar se for preciso, falar ou não falar a respeito (isto depende de como vc trata os seus sentimentos), lamber as feridas, arregaçar as mangas, erguer a cabeça e seguir em frente. Não pense que ficar socada na cama assistindo filmes dramáticos, de pijamas, se enchendo de porcarias comestíveis e desperdiçando uma fortuna em lenços descartáveis (que por sinal não são nada sustentáveis!) vai fazer a vida mudar! Se mantém suas cortinas fechadas não importa se há sol ou tempestade! Vc não vê o tempo, não vê o mundo e acaba caindo no esquecimento. A grande diferença, para mim, entre o amor e a paixão sempre foi aquela máxima: paixão é aquela coisa arrebatadora que te faz cometer loucuras, que tira o ar, que te deixa saltitante, e que normalmente dura pouco... Amor é outra coisa, amor é respeitar a individualidade do outro, é compartilhar a convivência, é confiar nas atitudes, é o que mantém o brilho nos olhos e o calor no coração, por muito tempo (eis aqui outra coisa muito subjetiva: muito e pouco são advérbios de intensidade, e quem decide o que é o quê é cada um). Descobri que o amor que sinto pelos meus amigos, e também da reciprocidade deste amor, quando eles deixaram de participar, fisicamente, de todos os meus momentos, bons ou ruins, e mesmo assim eu soube que poderia confiar e contar com eles. Descobri o amor, incondicional, que tenho pelos meus filhotes no dia em que decidi que eles fariam parte da minha vida, e me acompanhariam aonde eu fosse. Confio no amor da minha mãe, pq a minha forma também sou mãe e não há amor maior do que este. Acredito no amor do meu irmão pq sei, que mesmo aos trancos e barrancos, sempre poderei contar com ele, confiar nele já é outro assunto, mas quando o sapato aperta é que a gente vê quem está do nosso lado, e neste sentido eu sei que ele estará sempre do meu lado e eu ao lado dele. O resto... Ah o resto é fogo de palha! Queima, dá náuseas, arde, faz rir, faz bem, emociona e pode derrubar um quarteirão... Mas acaba. E quando chega ao fim é isto ai: cada um por si e Deus por todos! Cada um recolhe o que lhe sobrou e vai embora, simples assim! Eu continuaria escrevendo por horas, talvez dias, sobre o assunto, pode acreditar que tenho conteúdo o suficiente para esta dissertação, mas vou respeitar o tempo de vc´s e terminar por aqui. Deixando que cada um faça a sua reflexão, confiando na inteligência de quem desperdiçou alguns minutos para ler até aqui, e abrindo espaço para que deem a sequência que desejarem ao texto...
Posted on: Mon, 02 Dec 2013 20:56:41 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015