Simplemente lamentável. Não se podia esperar diferente, se tratando de Brasil, onde até mesmo juristas respeitados escrevem objetivando o populismo jurídico. Utilizando-se de uma premissa descontextualizada, chega-se a uma conclusão falaciosa, e se dissemina tal informação como verdade absoluta. Não se pode esperar diferente. Quando o objetivo é lucrar, vender cursos, livros… Temos que falar aquilo que quer ser ouvido. E, o que quer ouvir um estudante de Direito, que tem sua realidade resumida a leis utópicas? Defender o politicamente correto, é sempre mais fácil. Não se precisa argumentar, exemplificar, justificar… Basta impressionar. O BOPE, criticado por muitos pelo símbolo, pela farda, pela atitude… Não objetiva o lucro. Quem está lá, ganha relativamente pouco, e leva a vida em cima de uma corda bamba. É triste ver um jurista, que em tese, conhece uma infinidade de leis, princípios… afirmar que um policial vai sair diariamente para matar, e além disso, perder tempo escrevendo um artigo sobre isso, motivado por uma música. A Justiça Militar, diferente do que muitos pensam, é extremamente eficiente. Chamada, por muitos, de corporativa, pois quem "julga" o policial é seu semelhante, hierarquicamente superior. Entretanto, o dia-a-dia nos mostra que ela é sim corporativa, o que faz dela ainda mais severa. Onde, para não cair em descrença a lei é aplicada com seriedade. Como se escapariam esses referidos policias, que objetivam matar, comemorar o abate dos alvos… da justiça? A morte é crime doloso contra a vida, vai a Júri. Também há corporativismo no Júri? Conforme pude observar no texto, quem o escreveu nada sabe sobre o BOPE, e o que conhece, viu no filme. Filme cujo objetivo era deteriorar a imagem do Batalhão Especial, de tal forma que nem pôde ser filmado nas instalações do mesmo. Filme que apesar de ovacionado pela população, foi dirigido por um ex integrante da tropa, que foi desligado da mesma, e por vingança resolveu vender algo completamente diferente dos valores ensinados. O BOPE é uma unidade especial. De forma que, só entra em ação quando a "coisa está quente". Os policiais são treinados a exaustão e submetidos a citações desumanas, objetivando o controle emocional. Quem labuta nessa tropa, não está lá pelo salário. Quem lá está, luta por um ideal. É graças ao Bope, e outras unidades especiais, que o Rio de Janeiro está voltando para ao controle do Estado. Em uma seqüência enorme de operações bem sucedidas, onde nem um tiro foi disparado, ou alguma morte efetuada, e caso fossem, seriam submetidas à investigação da policial Civil e julgamento pelo Poder Judiciário. As músicas e os mandamento existem, e são sim radicais, da mesma forma que os princípios e bordões do direito, que na prática diferem da teoria. "Faca na caveira" = Vitória sobre a morte. "Pacta sunt servanda" = os pactos devem ser cumpridos. "Ne bis in idem" = não duas vezes no mesmo assunto.
Posted on: Mon, 10 Jun 2013 18:23:10 +0000
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