Sobre o convite de Dilma ao PSOL, sobre a recusa da Executiva Nacional e sobre ida de Randolfe: Considero equivocada a posição da Executiva do PSOL que decidiu não ir à reunião com a presidenta Dilma. Se um partido escolheu estar na institucionalidade, é preciso, sim, estabelecer relações republicanas com as diversas esferas do Poder. Se no Congresso Nacional, sentamos e conversamos com os líderes do Governo, sobre as variadas pautas, por que recusar o convite da Presidenta? Concordo com a avaliação de que as propostas apresentadas pelo Governo Federal são insuficientes, concordo que o Governo Federal está em uma última tentativa articulando uma resistência e defesa do seu governo (lembrem-se Dilma nunca sentou com os movimentos sociais, sua postura de posição não é fruto de reflexão), de eufemizar as contradições latentes em seu governo, de blindar o Governo com os movimentos sociais de sua base. No entanto, deveríamos ir lá, colocar isto na reunião, apresentar nossas propostas e formulações, fazer uma crítica, se apresentar como alternativa, denunciar as medidas do Governo Federal, e em se confirmando as avaliações que o corpo do Partido já tem feito sobre estas reuniões, emitiria-se nota, balanço, como fizeram MTST e MPL. Não ir à reunião é simbólico, é de um sectarismo sem tamanho, não dialoga com a população, apresenta-se como uma atitude intransigente que teima em caracterizar o PSOL como farol da revolução (não, não somos!). Ir numa reunião com Dilma não inviabiliza a nossa continuidade e permanência nas ruas, na luta, na base, na horizontalidade com o povo, com os movimentos populares e sociais, na luta pelo transporte Público. Ora, estamos sentando com os prefeitos e governadores para garantir o Passe Livre. Sentar com eles não significa rebaixar programa, fugir do seu projeto político, não ter lado, não não não! É possibilitar ganhos concretos e reais para a classe trabalhadora. Devemos sentar diferente de como faz a UJS no Movimento Estudantil que apenas ouve e passa a ser correia de transmissão dos Governos. Temos muito claro nosso lado, e por isso, não perigo para nossa coerência política sentar com o Governo! Apesar disto, se a Executiva Nacional do Partido deliberou pela não ida, apresenta-se equivocada a ida do Senador Randolfe à reunião, por conta própria. Mais uma vez Randolfe não respeita as deliberações internas do PSOL. Mesmo assim, acredito ser também desarrazoado fazer caça às bruxas, como tenho visto segmentos do Partido fazer, por conta desta ida de Randolfe. Demarquemos na política, no debate, e não na malhação de nossas figuras públicas! Isto é autofágico e não ajuda em nada a construção do Partido e de uma esquerda anticapitalista e socialista no País!
Posted on: Tue, 02 Jul 2013 05:29:05 +0000
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