Submissão das mulheres Em 1Pe 3.1, o apóstolo Pedro dá o - TopicsExpress



          

Submissão das mulheres Em 1Pe 3.1, o apóstolo Pedro dá o seguinte mandamento: “Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido”. O versículo não diz que toda mulher deve se submeter a todo homem, mas que toda mulher deve se submeter ao seu marido. Embora esse seja o testemunho consistente da Escritura (Efésios 5.22; Colossenses 3.18; Tito 2.5), muitos cristãos professos se opõem a ele, usando várias táticas para neutralizá-lo. Uma tentativa popular é diluir o significado da palavra em nada mais que uma atitude respeitosa que em princípio pode excluir totalmente a obediência. Contudo, como observamos em conexão com submissão ao governo (1 Pe 2.13) e aos senhores (1Pe 2.18), a palavra traduzida como “sujeitar-se” é originariamente um termo que significa organizar ou colocar debaixo da autoridade de outro, e que para essa palavra significar o que significa, a obediência está naturalmente implícita. Alguém se submete a uma autoridade, de modo que obedece a essa autoridade. Assim, quando a Escritura ordena a mulher a se submeter, isso inclui a ideia de obedecer. Ela deve fazer o que lhe é dito, e com uma atitude respeitosa também. Nada menos será submissão. Em um lugar Paulo escreve que “a mulher trate o marido com todo o respeito” (Efésios 5.33). A KJV é um pouco mais forte e diz “reverência”. Talvez isso tenha contribuído para o falso ensino que a Escritura ordena apenas uma atitude respeitosa ou submissa, e não também obediência em ação e comportamento. Mas a palavra é “temor” — a mesma palavra que Pedro usa para escravos quando lhes diz: “Escravos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito” (1Pe 2.18).1 Como mencionado antes, embora a palavra não carregue a forma que tem quando se refere ao temor de Deus, em nosso contexto ela significa pelo menos uma apreensão saudável do desagrado da outra pessoa. Não é o tipo de temor que alguém tem para com Deus, mas é um temor de qualquer forma, e mais do que mero respeito. Tentativas entre estudiosos cristãos de minar o mandamento da Bíblia vão do divertido ao ridículo, e frequentemente incluem falsidades e enganos. Por exemplo, Paulo escreve em Efésios 5.22, “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor”.2 Comentando sobre esse versículo, encontramos o seguinte na Tenth Anniversary Edition da NIV Study Bible: "Sujeitar-se significa abrir mãos dos seus direitos. Se a relação exigir, como no contexto militar, o termo poderia conotar obediência, mas esse significado não é exigido aqui. Na verdade, a palavra “obedecer” não aparece na Escritura com respeito a esposas, embora apareça com respeito a filhos (6.1) e escravos (6.5)" De acordo com essa visão, a palavra poderia significar obediência, como no contexto militar, mas não significa isso aqui em Efésios 5.22. Em vez disso, significa meramente “abrir mãos dos seus direitos”. A submissão exigida das esposas é contrastada com a obediência requerida de filhos e escravos. Em outras palavras, filhos e escravos devem obedecer, mas as esposas precisam apenas se “sujeitar” num sentido que não implica obediência. O resultado não é um erro teológico comum, mas blasfêmia descarada. O motivo é que nessa mesma passagem Paulo afirma que a relação entre marido e mulher e a relação entre Cristo e a igreja são análogas. Ele escreve: “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos” (v. 22-24). Se a submissão das mulheres não significa obediência, então a submissão da igreja a Cristo excluiria também a obediência. Isto é, pelo menos em princípio, a igreja poderia exibir submissão perfeita, mas desobediência completa a Cristo. Se dizer que “as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos” significa que elas precisam apenas “abrir mãos dos seus direitos” (seja lá o que isso signifique) a seus maridos em tudo, sem ter que obedecê-los de forma alguma, então essa é a atitude que a igreja pode tomar para com Cristo também. Além disso, no contexto dessa passagem, dizer que submissão significa abrir mãos dos direitos a outros também significa que a igreja possui certos direitos diante do próprio Cristo, que mesmo ele deve honrar, sendo que somos apenas exortados a abrir mãos desses direitos. Poucas blasfêmias podem chegar a esse nível. Devemos ter maior senso e reverência ao ler as Escrituras. As duas relações estão tão unidas nesta passagem que impede qualquer equívoco. Submissão não pode significar uma coisa quando estamos falando sobre maridos e mulheres, e então significa outra totalmente diferente quando diz respeito a Cristo e a igreja — tudo dentro da mesma passagem, ou até na mesma frase! Vicent Cheung Fonte: Commentary on First Peter, Vincent Cheung, pp. 118-120.4 Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (julho/2013).
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 23:30:05 +0000

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