Todo mundo fala tanto de amor. Uns buscam, outros fogem, muitos nem acreditam, outro tanto sonha. E aquela pergunta tão ridícula quanto "como viver?" - "o que é o amor?" - assola até mesmo aquelas mentes que se pensam autossuficientes, sentimentalmente falando. A verdade é que não dá pra saber exatamente o que é o amor. Dá pra sentir. E também não dá pra fazer aquelas comparações babacas de que pessoa do seu passado você amou mais porque não tem como medir o amor. Minha vivência me mostrou que o amor é um sentimento extremamente egoísta, talvez mais egoísta do que o próprio egoísmo, porque a gente ama quem e quando convém. Amor correspondido nada mais é do que a coincidência do encontro das necessidades sentimentais e orgânicas de duas pessoas. Por isso é tão fácil trocar o "amor da sua vida" por outro alguém, que rapidamente se torna o "amor da sua vida", e assim por diante. Não foi fácil para mim aceitar essa mecânica do amor, até porque eu fui, durante a maior parte da minha vida, o tipo Pollyanna - romântica - encostada (excessivamente otimista, totalmente manipulável e mimada), mas ganhei estômago pra encarar os fatos, e o fato em relação ao amor é que todo mundo pode amar todo mundo, desde que exista aquela coincidência de necessidades. Não existe "pessoa certa" ou "pessoa errada", e sim uma interdependência momentânea (ou não) entre corpos e almas.
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 22:02:58 +0000