UTÓPICOS... Eduardo Galeano, escritor uruguaio, diz que a Utopia está no horizonte, você caminha 10 passos, ela se afasta outros 10 passos. No final ele conclui com a seguinte questão: Para que serve a Utopia? Para caminhar. Ótima reflexão para os tempos em que vivemos, pois o nosso país, após ebulição das manifestações de rua, caminha para consolidar nossa utopia que para além do verbete encontrado no dicionário, ela simboliza a luta por dias melhores, justiça social, a tão sonhada realização da democracia em sua plena capacidade de direitos e obrigações. A utopia provém da infância. A idade do homem a espera. Assim caminhamos nas ruas em busca de respostas para nossas angústias capitais: realização profissional, capacidade de sustentar um núcleo familiar e viver a celebrar as conquistas da seleção brasileira ou do seu time de várzea. Sim, sem ufanismos, nada de mais, buscar o lazer simples de uma partida de futebol, porque ali, também estamos nós, sonhando como humanos, vibrando como brasileiros e brasileiras ávidos por uma vitória na vida, na arte, na cultura, no esporte. Muitos criticaram a presidenta Dilma na sua resposta ao clamor popular, propôs um Plebiscito, que de pronto os mais conservadores perceberam o perigo de sempre para eles: o aprofundamento da democracia, com a outra haste que ainda não foi resolvida, pois se a representação política está em crise, pior é a participação popular que é cerceada. Agora vejamos, o plebiscito foi astutamente atacado por várias frentes, que desejam tudo como está sem reforma política, o financiamento privado e o respectivo interesse econômico ditando as normas na dinâmica da política. É fato comprovado o que alguns cientistas sociais têm dito ‘A Economia subjugou a Política’, o mercado enquadra os governos numa receita neoliberal arbitrária que conjuga o quadrilátero: Inflação - Estado Mínimo - Dívida Pública - Dívida Privada. O saldo positivo das manifestações é perceptível nas votações aceleradas do Congresso Nacional, que resolveu trabalhar pelos interesses da população, aprovaram-se várias medidas de caráter popular e rejeitou-se a pauta conservadora, pelo menos por hora, mas fiquemos atentos, pois não se brinca com política. Quando romperemos com esse ciclo de vícios? Não sabemos, enquanto a resposta não vem, vamos pras ruas perguntar.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 02:06:23 +0000
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