Um homem arrependido. “Hoje eu vi você chamando outro homem de - TopicsExpress



          

Um homem arrependido. “Hoje eu vi você chamando outro homem de ‘meu amor’ e aquilo me doeu. Sei que não deveria ter doído, sei que fui eu quem destruí o que de bonito havia entre nós, mas de um jeito ou de outro, eu ainda sinto como se você fosse minha. Meu coração se apertou tanto que parecia que iria saltar pela boca, e caso saltasse, talvez o ‘seu novo amor’ tivesse que ouvir alguns xingamentos. Ah, me desculpe, olhe como eu estou agindo, feito um bobo apaixonado. Mas vai ver eu não passe disso mesmo. Eu senti vontade de me aproximar e perguntar como anda sua vida sem mim, mas não quis te arranjar problemas. Ou a verdade mesmo seja que eu senti medo de que você dissesse que sua vida está ótima sem mim, e que não te faço falta. Eu senti medo de saber que você já me esqueceu, e que está feliz amando outro. Mas, menina, ele entrelaça os dedos igual eu fazia? Ele te chama de ‘pequena’ e sorri ao ver seu sorriso? Ele vira noites conversando contigo? Talvez sim, talvez ele faça tudo isso e um pouco mais. Talvez ele seja mil vezes melhor que eu. Eu fui burro de te deixar partir. Eu fui um idiota de não ter segurado seu braço e te dito que sem você minha vida ficaria sem cor. Eu fui um completo imbecíl por ter te calado com gritos e não com beijos. Se você soubesse o quanto eu me arrependo daquelas nossas brigas onde você saia chorando, e eu, nem ligando… Todas as nossas memórias ficam ecoando em minha mente, esfregando no meu coração que eu mereci a sua perda; eu mereci ser trocado. Se eu pudesse voltar no tempo, querida, te levaria café na cama, te abraçaria só pra te proteger, te emprestaria meu casaco, te diria que é contigo que quero me casar. Não estou querendo te julgar, mas você dizia que nunca iria se esquecer dos meus olhos. E agora? Agora você ao menos lembra a cor dos meus olhos? Não importa, não mais. Mas eu ainda me lembro dos seus olhos. Castanhos, cor de mel. E quando você se expunha ao sol, eles ficavam esverdeados, tão lindos. O pior é que esse tom de verde também surgia quando você chorava por mim, Ah, que raiva de mim mesmo. Sim, peguei ódio da cor verde. E sabe aquele seu batom vermelho que eu tanto reclamava por você manchar minhas camisas? Então, eu sinto falta das marcas dele pelo meu corpo, e pelas minhas camisas também. Esse seu novo amor é tão arrumadinho, usa gravata e o cabelo todo penteado. Caramba, ele não é pra você. Afinal, você gostava tanto do meu jeans rasgado, do meu cabelo bagunçado e da minha boca suja. Suja de palavras feias, como você dizia. Sabe por quê? Porque a sujeira do cigarro já não me pertence mais. Eu realizei seu grande sonho: parei de fumar. Porra, eu parei de fumar por você. Só por você. Pena que realizei seu sonho quando você já não estava mais do meu lado para me dar os parabéns. Ah, e por falar em parabéns, seu aniversário está chegando. Será que seu novo amor irá se lembrar? Eu espero que sim, de coração. Eu me lembrava. Eu sei que mereço ser conhecido como o pior homem da sua vida, mas eu me lembrava do seu aniversário, e também do nosso aniversário de namoro. Eu sei, você deixava bilhetes pela casa uma semana antes para que eu não me esquecesse, mas isso não vem ao caso. Você sempre fazia de tudo para que eu te notasse e não te esquecesse. Você sempre fazia de tudo para que eu me lembrasse dos nossos compromissos e não te decepcionasse de última hora. Você deixa bilhetes pra ele também? Você é feliz ao lado dele? Pode parecer que não, mas eu espero que seja. Eu espero que ele esteja te dando todo o amor que eu não soube dar. Eu espero que ele esteja te dando valor, do modo que eu não soube dar, e você não imagina como essa culpa me atormenta. Esses dias, eu tive um sonho ruim. Você estava de malas prontas, se despedindo de mim e dizendo que iria se mudar do país. Menina, eu acordei chorando. Sim, eu chorei por você, e não foi a primeira vez. Desde que eu me dei conta de que fui um idiota eu só tenho chorado. Ah, voltando ao sonho… Eu quis te ligar, mas eram três e vinte e sete da madrugada. Eu quis te ligar e te fazer prometer não ir embora, para mais longe. Porque, longe nós já estávamos. Estamos. Mas eu não pude. Afinal, quantas promessas eu quebrei? Eu disse que nós ficaríamos juntos para sempre, e depois te disse que precisava de um tempo só para mim, que sua caretice já não me satisfazia. Eu sinto falta da sua ‘caretice’, que agora eu vejo que só era cuidado. Você chorou, se humilhou e disse que me amava. Eu dei com os ombros e saí. Eu não me importei com seus sentimentos. Talvez quando essa carta chegar a suas mãos o novo cara esteja do seu lado, te fazendo cafuné e te pedindo em casamento, não sei. Por favor, não se entregue a ele. Não se entregue a ele do modo como você se entregava a mim, só a mim. As lágrimas agora estão dominando meu rosto e eu estou ridiculamente destruído. Eu preciso de você. Eu preciso que você bata na minha porta, na minha cara, no meu braço, tanto faz. Eu preciso que você me chame de todos os nomes possíveis, para então eu te calar com um beijo. Eu preciso recuperar o tempo perdido. Eu sei que você ainda sente algo por mim. Ou pelo menos quero acreditar que sei. Mas, seus olhos não brilhavam tanto quando você o chamou de ‘meu amor’. Seus olhos estavam mortos, frios. Talvez igual seu coração. Mas deixa que eu esquento. Deixe com que eu esquente suas mãos, seus pés e seu corpo todo. Deixe com que eu me ajoelhe e te peça perdão. Deixe com que eu te faça minha mulher. Eu sei que não mereço, mas por favor, me deixe te provar que sou melhor que seu novo amor. E por sinal, me deixe te provar que ele não é seu amor porcaria nenhuma. Eu sou seu amor, no máximo ele é uma paixãozinha passageira. Eu sou o cara que você sempre sonhou, agora eu sei disso. Na verdade, eu me tornei o cara que você sempre sonhou. Pequena, volte pra mim. Eu prometo que te levarei café na cama, que não cairei na tentação da nicotina, e que trocarei de canal assim que você pedir. Eu prometo que prepararei nossos jantares românticos, que te levarei para sair todo final de semana, e que te deixarei usar aquele vestido justo que eu tanto odeio. E o principal: eu prometo que não quebrarei nenhuma de minhas promessas. Eu aprendi com sua ausência, eu juro. E sabe o nosso casamento que você tanto sonhava? Pois então, eu o realizo. E também aceito ter filhos contigo. Dois filhos, assim como você sempre quis. Um garoto e uma garota. Mas uma coisa eu vou bater o pé: o nosso filho não terá o meu nome. Não por nada, mas acho que poderia ser um nome diferente do meu. Felipe, Rafael, Bruno, talvez. Você pode escolher, meu bem. E quando as crianças chorarem de madrugada, não se preocupe, eu me levanto para cuidar, banhar, e se possível, até amamentar. Nessa frase você deve ter sorrido, como era a minha intenção. Eu amo seu sorriso, pequena. Mas eu sei esquentar leite para colocar na mamadeira, fique tranqüila. Eu quero te provar que sua ausência me transformou num novo homem, e que agora eu sou capaz de te dar seu merecido amor. Talvez eu não mereça uma segunda chance, mas pense nos nossos momentos bons. Pense nos sorrisos que eu já fiz brotar em seu rosto, nos algodões doces que nós dividíamos na pracinha, nos domingos nublados onde o seu corpo era meu cobertor. Acredite: no que no que depender de mim, você será a mulher mais feliz do mundo. Por favor, largue o ‘engravatadinho’ e volte pra mim.” Um grande beijo, daquele que já te fez sofrer.
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 03:43:01 +0000

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