Uma das coisas que pode fomentar um desentendimento bobo entre os homens. Uma das coisas que possui em si a facilidade de macular tudo que quer deixar melhor carinho. Uma das coisas que pode extirpar do nosso coração a busca pela convivência com melhor harmonia. Uma das coisas que destruiria toda possibilidade de amar sem nenhuma demagogia. O catastrófico sentimento de posse. Nada mais que isto. Ninguém é de ninguém. Este é um pensamento correto. Existem distorções básicas no conteúdo dessa interpretação. Aquela pessoa que gera é mais que tudo um orientador mesmo que acaso não se faça entender muito bem. Orientar é poder argumentar para fazer crescer o outro que está tendo um laço afetivo contigo. Essa afetividade não tem nada a ver com posse. Essa afetividade também não é amor. É um argumento bem menor, mas que não deixa de ser um capitulo importante para todo bom inicio quando existe um relacionamento que tenha sua natureza de forma sincera. Afetividade e amor são polos de uma abrangência diferenciada. Mas existe uma duplicidade inequívoca. Nesta duplicidade de relação amplamente emocional a posse nunca conseguirá empreender nenhum tipo de interferência. Ao ser mãe ou pai, irmão ou irmã, marido ou esposa, não queira ser dono ou único. Ao ser filho ou filha não queira ser dono ou egoísta. Nada disso é preciso se encontrou no outro a procurada luz. Se sentir a grande relevância incutida no amor não vai necessitar da posse. Tudo surgirá de um jeito natural e inconfundível. Sem chance para a torpe posse. Siga um programa já avaliado pelo seu coração. Siga um caminho que te enobreça em todos os seus instantes. Siga um exemplo abundantemente radical: Deus. Ele nunca quis ser dono. Mostrou-se satisfeito em ser parceiro, animou-se em ser amigo e se cobriu da mais espontânea felicidade ao querer ser irmão. Tudo em abundância e num grau maior e infinito. Por querer que as coisas se construíssem desse modo foi maior em todos os sentidos.
Posted on: Wed, 20 Nov 2013 23:57:54 +0000