“Uma mentira dita 100 vezes torna-se uma verdade.” (Joseph Goebbels). Esta célebre frase foi dita pelo ministro da Propaganda do governo Hitler (1933-1945). Nestes dias principalmente, vejo muitas coisas no Facebook como correntes que espalham notícias e “notícias”, frases atribuídas a jornalistas, políticos, leis e outras coisas que causam comoção e indignação popular. Mas muitas vezes estas informações estão recortadas e descontextualizadas, o que lhe retiram o seu significado. Ou pior, dão o significado que as pessoas que as vincularam querem que tenham. Outras vezes, as informações estão incompletas, o que confunde e dá ideias erradas sobre o que estão falando. Ou ainda estão erradas mesmo, trazendo informações mentirosas. Neste sentido, pretendo trazer algumas técnicas de propaganda que devemos cuidar. Devemos evitar propagandas que tragam conteúdos como esses: • Simplificação do inimigo: individualizar os adversários em um único grupo. Hoje nós vemos principalmente no Facebook diversas postagens adotando este método. • Exagerar os defeitos dos meus adversários ou desfigurar. Pegar um defeito ou alguma característica do meu adversário e jogar amplificado e distorcendo para parecer uma ameaça grave e que tem como objetivo prejudicar toda a nação. • Adotar frases curtas, muitos símbolos, figuras, chavões, lugares comuns e conceitos bem simples ou muito amplos (como sou contra a corrupção – todos são) e adotar um discurso que apele para o lado passional de quem lê e não para o racional. Frases e propagandas que despertem sentimentos, especialmente de revolta nas pessoas para que ajam e reproduzam atos esperados pelas pessoas idealizadoras ou difusoras dessas propagandas de maneira inconsciente ou parcialmente dirigidas por outras mentes. Propagandas que não levam à reflexão, mas à simples adesão sem raciocínio. • Repetir incansavelmente as mesmas ideias. Discursos curtos, propagandas curtas demonstrando a mesma ideia muitas vezes até ficar bem claro, sem nenhuma dúvida. • Renovar as propagandas. Soltar nos meios de comunicação (hoje o Facebook se presta muito bem para este fim) notas, notícias, frases e posts numa velocidade que não permita resposta e para que sejam reproduzidas de tal modo que acabe se tornando uma “vontade” do povo. • Recortar as informações de várias fontes, mesmo que seja desvirtuando, ou colocando parte da informação, de maneira a criar uma outra informação que as vezes não tem nada a ver com a informação original. Hoje se retira parte de leis, de reportagens, se coloca frases ou se altera essas leis para criar algo que causa impopularidade da mesma. Coloca-se frases nas redes sociais como se fossem ditas por jornalistas, grandes autores e outras celebridades para criar no povo a impressão da validade da notícia ou da informação que a fonte veiculadora coloca. • Por regra, a propaganda opera sempre a partir de um substrato preexistente, seja uma mitologia nacional ou um complexo de ódios e prejuízos tradicionais. Trata-se de difundir argumentos que possam se nutrir em atitudes primitivas. • Criar a sensação de que são todas as pessoas que pensam assim. Criar a impressão da unanimidade. Não, eu não estou criticando um tipo de propaganda em especial. Apesar disso, muitos vão usar a carapuça e vão se indignar com este texto. Mas essa era a tática empregada pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), também conhecido como Partido Nazista. Então, a não ser que quem está lendo seja nazista, não tem motivos para se ofender ou ficar zangado com o que escrevi.
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 00:04:08 +0000
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