Veja um exemplo de ZEIS: um imóvel com mais de 40 mil m² de área construída, entre a rua Carneiro Leão e a rua Caetano Pinto, no Brás, outrora indústria, recentemente vazia, aguardava novo destino. O proprietário sonhava em criar um grande empreendimento de serviços, com diversas atividades comerciais que poderia gerar milhares de novos empregos. Mas, como o zoneamento exigia que o projeto destinasse 80% da área para habitação popular, o empresário simplesmente alugou o imóvel para uma igreja evangélica, pois esta conseguiria funcionar com pequenos reparos. Ou seja, a intensão de obrigar o proprietário a construir unidades habitacionais para moradores de baixa renda não alcançou o seu objetivo. Esse caso não é isolado, nas áreas de zeis do Brás está promovendo a maior concentração de igrejas evangélicas da cidade. Além de inibir os investimentos que promoveriam a revitalização da região e abririam novos postos de trabalho. A experiência com as zeis na região do Brás mostra que o resultado mais comum é que o proprietário não dê outro uso ao imóvel na esperança que isso seja revisto, gerando degradação e subutilização, ingredientes que atraem o mal uso e a violência. Ou seja, o remédio é bom, mas na prática está matando o paciente.
Posted on: Fri, 25 Oct 2013 17:51:24 +0000
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