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azeta do Povo - 13-02-2013 gazetadopovo.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1344459&tit=Custo-do-transporte-chega-a-R-3-por-passageiro Marcelo Andrade/Gazeta do Povo Consulta revela que 86,3% dos curitibanos aprovam a manutenção do subsídio do governo estadual ao transporte coletivo Mobilidade Custo do transporte chega a R$ 3 por passageiro Os usuários de ônibus da Grande Curitiba pagam hoje R$ 2,60, mas reajustes salariais e do combustível pressionam o valor da passagem O custo do sistema de transporte coletivo de Curitiba pode chegar a R$ 3 por passageiro. Uma projeção simples sobre a tabela de insumos mostra que a tarifa técnica deve chegar a R$ 2,99, um aumento de R$ 0,10 em relação ao valor atual – levando em conta apenas o reajuste do diesel, de 5,4% nas refinarias, e a correção mínima do salário dos trabalhadores, que deve ficar em torno de 6% de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O cálculo não leva em consideração elevações de outros custos, como pneus, nem de tributos, mas não fica longe da projeção feita pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Re­gião Metropolitana (Setransp) no ano passado, que indicava um custo mínimo de R$ 3,10. Esse reajuste no custo do sistema pode aumentar o déficit da Urbanização de Curitiba (Urbs), caso a tarifa técnica continue superior ao valor cobrado dos usuários e não haja mais subsídios do governo estadual nem meios alternativos de arrecadar dinheiro com o sistema. Em 2012, o valor pago pelo usuário foi reajustado uma vez: passou de R$ 2,50 para R$ 2,60 em março. Em compensação, o valor da tarifa técnica – que representa o custo real do sistema – subiu três vezes: em março era de R$ 2,78, mas passou para R$ 2,87 em agosto, em um reajuste determinado pela Justiça, e fechou o ano em R$ 2,89. Soluções Criação de uma frota pública é opção para diminuir custos Os gastos com combustível e pessoal equivalem a 57% do custo da tarifa técnica em Curitiba. Invariavelmente, esses insumos sofrerão reajustes todos os anos, o que faz com que o custo total do sistema sempre aumente. Para equacionar esses gastos, especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo sugerem algumas soluções que podem ser adotas pela Urbs e prefeitura de Curitiba. Para o engenheiro e ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Urbs João Carlos Cascaes, é fundamental haver um plano diretor de transporte, mas há custos do atual sistema que podem ser reduzidos. Para ele, a taxa de administração que é cobrada atualmente poderia ser zerada, mas a medida é dificultada pelo fato de a Urbs ser uma empresa de economia mista. Outra sugestão é criar uma frota de veículos pública, como ocorre com o metrô em outras capitais, onde as empresas apenas operam o sistema. “Isso de ficar dependendo do governador, de subsídio, é ruim. O ideal é ter soluções próprias”, afirma. Já o professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da UFPR Ramiro Gonçalez defende que os usuários de transporte individual, especificamente os que andam de carro, devem subsidiar o transporte coletivo. “Você tem de sinalizar que o usuário do transporte coletivo tem prioridade. Uma maneira é criar algum mecanismo que subsidie o transporte, via imposto ou um combustível mais caro”, sugere. Interatividade Como tornar o transporte coletivo mais barato? Deixe seu comentário abaixo ou escreva para [email protected] Leia as regras para a participação nas interatividades da Gazeta do Povo. As mensagens selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor. Negociação Uma reunião está marcada pa­­ra amanhã entre o Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curi­­tiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e o Sindicato das Em­­presas de Transporte Ur­ba­no e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). Os trabalhadores pedem 30% de reajuste. A diferença entre as tarifas causou um rombo médio mensal que começou em R$ 4,5 milhões, em março, e terminou em R$ 6,8 milhões, em dezembro. Considerando que o sistema custe R$ 2,99 e a passagem cobrada do usuário permaneça em R$ 2,60, o déficit mensal pode chegar a R$ 9,2 milhões, em média, podendo chegar a R$ 110,4 milhões em um ano. Decisão O cenário deficitário das contas do sistema de transporte mostra que a Urbs precisará tomar uma decisão em relação a um possível aumento da passagem para o usuário. E isso mesmo sem saber se o subsídio do governo estadual será mantido após maio e sem receber qualquer pista sobre o andamento do projeto estadual que prevê a redução do ICMS do diesel, combustível usado na frota de ônibus. De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, o estudo elaborado pela pasta ainda não foi concluído e deve ser apresentado nos próximos meses. Ainda pesa sobre o cálculo da tarifa a possível contratação de mais motoristas e cobradores, já que a lei que proíbe os condutores de lidarem também com o dinheiro da passagem entra em vigor em março. Com a norma que veta a dupla função, também será necessário readequar a frota de micro-ônibus, que não oferecem espaço para o cobrador. O Setransp questiona na Justiça a constitucionalidade da lei e seus efeitos ao sistema. Recurso extra pode vir de publicidade Dois fatores podem ajudar a equilibrar os aumentos no custo do sistema de transporte público da capital paranaense. Uma lei federal de setembro do ano passado altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidos para alguns setores, incluindo empresas de transporte coletivo, o que pode representar uma redução nos gastos com pessoal. Além disso, o serviço de mídia embarcada deve começar a gerar recursos de publicidade em Curitiba. A expectativa da Urbs é de que até o fim de março 120 ônibus biarticulados e dois terminais de transporte, que ainda não foram escolhidos, recebam aparelhos de televisão para veiculação de notícias e informações de utilidade pública. Pesquisa 60% dos curitibanos consideram cara a atual tarifa de ônibus A maioria dos curitibanos (60%) considera alto o preço atual da passagem de ônibus – R$ 2,60. Por outro lado, 36% acham o valor justo. O resultado foi pior entre aqueles que não usam o sistema de ônibus: quase 63% consideram a tarifa cara, o que explica o afastamento desses usuários em potencial. Os números estão em um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, que entrevistou 430 pessoas entre os dias 23 e 25 de janeiro, para saber qual a percepção do curitibano em relação ao custo da tarifa. Questionados sobre um eventual aumento no preço da tarifa, mais da metade dos entrevistados aposta em um preço superior a R$ 2,91, com palpites de custos ainda maiores que os R$ 3,10 anunciados pelas empresas de ônibus no ano passado. Atualmente, o valor da tarifa técnica é de R$ 2,89. Esse preço, que efetivamente já é o custo do sistema, é considerado injusto por 73% dos entrevistados, quando questionados sobre um eventual aumento do preço da passagem para R$ 2,90. Os entrevistados ainda opinaram sobre o subsídio concedido pelo governo estadual, que ajudou a equilibrar as contas do sistema, mas deve acabar em maio. Para 86,3%, o estado deve manter o auxílio.
Posted on: Tue, 11 Jun 2013 15:37:48 +0000

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