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nossa q lindo texto do Cid Nader sobre :Memória da Memória, de Paula Gáitan. 25? | 2013| COR | RJ |DOCUMENTÁRIO/q passou ontem na mostra Canavial Paula Gáitan cada vez mais ingressa com sua obra na busca das memórias, das mais variadas, como se o assunto fosse o que mais lhe toca, mais lhe incomoda, mais lhe atiça os desejos e curiosidades: e, outra vez, como em Diário de Sintra (quando traz de modo mais evidente os seus momentos com Gláuber Rocha, no exílio, nos instantes iniciais de constituição familiar), ela se desnuda, oferecendo-se e a coisas suas para a construção de algo que passa a ser de domínio maior. Domínio maior esse: o cinema, e o público. Poder-se-ia dizer de Memória da Memória um documentário de mesa de edição: já que montado com filmes em Super 8, de diversos momentos da vida de Paula – há filmes em que ela é a tomada pelas lentes, quando criancinha, ainda; há os belíssimos momentos de juventude, quando se filmava no espelho, linda, quase compulsivamente; há outros tão belos quanto, em que filma amigas famosas na praia, nuas, para espanto e reações dos que assistiam aos testes das imagens -, de instantes em que fica evidente que está em busca de ao menos sacudir a poeira de memórias, num trabalho exemplar de aglutinação feito por Maiara Líbano, que se vale também de raras e complementares inserções musicais. Poder-se-ia dizer que o curta é trabalho de filmagem, já que fica evidente a quase cada take optado que ela sempre soube manusear bem uma câmera, que tinha noção de utilização da luz (sendo que isso, com Super 8, requer outras manhas), que as obtenções dos planos por vezes são magníficas, possibilitando momentos visuais de impacto e detalhamentos raros. Pode-se dizer que o resultado, no todo, para além de ser grande filme, pra lá de ser grande instante de evocação de reminiscências, por também ser cinema dentro do cinema – já que os momentos de reação sonora de diversas pessoas (amigos e parentes) acompanhando as exibições das partes foram gravadas, servindo de parte da banda sonora -, é algo que vai além, pois cultiva isso do humano que pensa na arte como elemento de extensão da vida, como modo de reprodução dos instantes, mas manipulados para restarem como os idealizados, mais do que o real: a memória tem um tanto disso, afinal. E, se o curta lembra algo do processo do belo longa dela, Exilados do Vulcão, talvez não o seja por acaso, já que foi algo que concretizou no meio do tempo do outro, e ambos passam a impressão de serem daqueles que tomam todo o tempo e pensamento do autor. (FOTO 5)
Posted on: Sun, 10 Nov 2013 16:34:27 +0000

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