É LONGO, É LINDO, MAS É TÃO TRISTE ! CAPITÃO - TopicsExpress



          

É LONGO, É LINDO, MAS É TÃO TRISTE ! CAPITÃO e com uma enorme sensibilidade Antes de Francesco Totti, existiu Agostino Di Bartolomei, um “Romano de Roma”,Criado no clube e que se tornou o capitão da mística AS Roma dos anos 80. Só que, Di Bartolomei tinha pouco a ver com Totti : curioso, cultivado, colecionador de artes o volante tinha também seus demônios. que o levou a atirar uma bala em seu coração no dia 30 Maio de 1994, dez anos “dia por dia” após ter perdido contra Liverpool a Copa dos Campeões com o seu clube de sempre. Durante uma hora e meia a gente tinha a impressão que a semana iria ser a mesma que todas as outras semanas. “O meu pai veio me acordar como todos os dias a 07h00; Eu me levantei, me lavei e saí para a varanda, ele estava sentado em uma cadeira e me disse ‘”Olha hoje você não vai para a escola’”. Luca Di Bartolomei tinha então 11 anos.Ele mora numa cidadezinha perto de Salerno, no Sul da Itália, onde seu pai Agostino Di Bartolomei, veio terminar sua carreira de jogador de futebol.. “Eu não queira perder a aula, então eu fui para a escola, era um pouco mais de 08h00”, se lembra hoje, sentado em um parque de uma bairro elegante do Norte de Roma. Chegando na escola ele foi interpelado para voltar imediatamente para casa, pois alguma coisa havia acontecido. Quando ele chega na casa dele ele encontra seu pai ensangüentado, sentado na mesma cadeira. São 08h30. Foi na segunda-feira, 30 de maio de 1994. “Eu me lembro de ter encontrado minha mãe transtornada e de ter dado um grito. Eu comecei a realizar o que havia acontecido, detalha Marisa Di Bartolomei, a viúva de Agostino. “Na minha cabeça tudo era confuso.A casa estava cheia de desconhecidos que me faziam perguntas, eu tinha a impressão de ser uma espectadora, eu não entendia nada. Os investigadores, eles entenderam de imediato, o antigo capitão do Roma, campeão da Itália em 1.983 com o seu clube que o formou, tinha atirado uma bala no meio de seu coração com seu Smith & Wesson. Um calibre 38. No outro dia Marisa descobre um primeiro elemento de explicação . “Uma carta no bolso de seu paletó, uma mistura de Adeus e Perdão, na qual estava escrito evidentemente isso”.”Eu me fechei dentro de um buraco (...). Eu te adoro e adoro nossos esplendidos filhos, mas eu não conseguia enxergar a saída do túnel”. Além da carta Marisa encontrou outras coisas, na agenda de seu marido. Dessa vez era uma imagem da Curva Sul, a curva dos torcedores do Roma onde Agostine Di Bartolomei foi o ídolo durante mais de dez anos. No verso da foto estava escrito. “Roma – Liverpool , 30 de maio de 1984, ao nosso grande “Diba”, que será eternamente nosso capitão”. Marisa, “para mim o 30 de maio sempre foi um dia como outro qualquer”, mas para Agostino, não era o caso. Existirá sempre essa dúvida, ele escolheu de se suicidar exatamente num 30 de maio, dez anos após essa partida ?”. Esse jogo Roma-Liverpoool é a Final da Copa dos Clubes Campeões de 1984. Uma final duplamente importante, pois é a primeira vez que o clube de Roma disputa uma partida de tal nível e além disso o jogo é em casa, no Estádio Olímpico. Ora, ninguém mais que Di Bartolomei representa a alma do Roma, o jogador é originário do Tor Marancia, o bairro popular do Sul de Capital. Com 13 anos ele recusa de ir para o Milão “porque a idéia de ser um imigrante tão jovem me era insuportável”, explica ele mais tarde Com 14 ele entra na escolinha do Roma, onde imediatamente ele se torna Capitão. Ex meia esquerda, recuado em volante defensivo pelo seu treinador Nils Liedholm, Di Bartolomei faz tudo no Roma. Ele recupera, faz a bola correr, bate falta, escanteio e os Pênaltis. “Um tipo De Rossi, antes de De Rossi”, como dizia seu antigo companheiro Francesco Graziani. Na véspera dessa grande final Européia, durante uma entrevista Coletiva, o capitão do clube “GialloRosso”, veio dizer o que ele disse : “Eu não vou esconder porque trata-se do jogo de minha vida. Se perdermos isso dirá que teremos feito um enorme esforço por nada. A amargura será imensa.”. Depois de 120 minutos de jogo as duas equipes não conseguiam se diferenciar. 1 X 1 após prolongação. Tito aos pênaltis. O jogo da vida de Agostino Di Bartolomei iria se jogar terminaria numa loteria. Número 10 nas costas, braçadeira de Capitão no braço esquerdo, “Diba”, como lhe chamavam seus torcedores não tremeu. Ele marcou. Mas o que veio atrás dele foi uma catástrofe. Enquanto o goleiro do Liverpool, Grobelaar parecia dançar em suas linhas, e que seus companheiros Ingleses riam no círculo central, os jogadores Romanos se perdiam diante da pressão. Bruno Conti, depois Graziani erravam o alvo. Liverpool ganhava a Copa dos Clubes Campeões. Alguns dias mais tarde , Agostino di Bartolomei , dava uma entrevista e dizia: “Eu teria preferido que o Liverpool nos tivesse deixado de joelho. Um belo 2 X 0. A gente não iria lamentar nada. Mas como foi, isso ficará uma ferida que nós guardaremos o resto de nossa vida. No meio da turbulência, dia 26 de Junho de 1984, a Roma enfrenta o Verona na final, em jogo de volta da Copa da Itália, um gol contra seu time, oferece o troféu ao Roma , no momento de levantar a Taça, “Diba” não dá o menor sorriso. Durante sua volta olímpica também não. Na véspera, após 308 jogos com as cores do Roma, sendo 146 como capitão e 66 gols marcados, ele oficializou sua saída para o Milão, para seguir seu treinador Liedholm. No momento onde os projetores se apagavam, ele declarava a imprensa : “Não existe nenhum companheiro ao qual eu seja Intimamente ligado (...) entre nós, existe sempre uma enorme competição (...) Eu sei, isso não é bonito, mas é assim”.A temporada seguinte, durante suas primeira partida contra o Roma com a camisa Milaneza, Agostino duela contra Graziani no terreno.Uma briga entre amantes . . . desiludidos. Apesar de sua importância, no terreno ou no vestiário, “Agostino não falava muito, mas quando ele falava ele exalava um carismo enorme, era realmente nosso capitão, dentro e fora do terreno se lembra Bruno Conti. Di Bartolomei sempre foi um mistério. Hoje seus antigos companheiros o comparam a um Urso. Ubaldo Riguetti . “Ele não sorria muito, e ele mostrava sua afeição dando grandes tapas nas costas, ou no rosto. Isso de vez em quando nos fazia mal, mas era sua maneira de nos mostrar sua afeição e estima. Ciccio Graziani. “Quando eu cheguei em 1983, nós partimos de imediato para um estágio de preparação em Brunico. Eu dividia meu quarto com Ago. Meus companheiros me perguntavam. “Vocês falaram bastante?”. “A verdade é que a gente se dizia boa noite e nada mais. Ele estava sempre no telefone ou lendo seus livros. Ele era muito educado e respeitoso de todo o mundo, mas também muito silencioso. De fato Agostino Di Bartolomei era aquilo que se podia chamar de um intelectual. Descrito como inteligente, sensível, vivo, dotado de uma imensa vontade de aprender, pelo seus professores do colégio. Julgado Fayot (semente que germina) pelos seus colegas da época, “Diba” jamais abandonou seus estudos durante todo o tempo que foi jogador de futebol desde os tempos de juvenil. O capitão do Roma estudou também Economia Política. Ugo Gobbi, um de seus professores na Universidade, se lembra de bom grado : “Um aluno muito curioso e nada banal. Ele vinha sempre questionar a respeito dos cursos. De vez em quando Di Bartolomei passava de longos minutos ao telefone falando com Giulio Andreotti, o principal homem político Italiano na época. “Ele tinha ótimo relacionamento também com os cardinais do Vaticano, e nessa época o Vaticano era muito mais fechado do que hoje, diz Graziani. Além dos livros, o capitão do AS Roma tinha um outro hobby : as armas de fogo. Ele tem várias. Uma carabina 4.5 mm, um 357 Magnum e seu Smith & Wesson. “De vez em quando , para brincar no vestiário ele nos apontava uma dessas armas, lógico todas estavam descarregadas, ma isso nos fazia medo assim mesmo”, precisa com um sorriso Bruno Conti. Um dia “Diba”, saca uma arma fora do dos vestiários. Nos deveríamos ir jogar contra o Avellino e antes Liedholm decidiu nos levar para ver um outro jogo. Má idéia. Era a Lazio que recebia e os torcedores ficaram loucos, conta Ubaldo Riguetti.Saimos correndo e alguns de nós levaram socos e pontapés e nos escondemos no ônibus e aí então Ago, sacou sua arma. Todos os torcedores do Lazio saíram correndo. Você deveria ter sacado ela antes, lhe dissemos. Anedótico, mas nem tanto, visto que Agostino Di Bartolomei, se sentia ameaçado. Naquela Itália moída dos anos 80, naqueles anos de chumbo onde os Brigadas Vermelhos apontavam minuciosamente os inimigos do povo, o capitão do Roma, Democrata Cristão, próximo do poder executivo, religioso e amigo de pintores renomados estava convencido de ser uma presa de primeira linha. Ainda mais que “Diba” possuía alguns bens, belos quadros de grandes pintores, belos relógios. Um dia durante uma entrevista ele disse. “Eu sei que dizem, que eu sou pretensioso, mas eu creio que pelo fato de gostar muito de literatura e ler bastante, isso acabou sendo um pouco prejudicial a minha imagem. No dia em que ele abandonou o AS Roma para o Milão alguma coisa quebrou na carreira de Agostino Di Bartolomei. Franco Baresi, seu novo companheiro, se lembra de um homem “Que tinha simplesmente necessidade de respeito e afeição”. Manifestamente o grande Milão, não era um bom endereço. “Diba” ficou 3 anos na Lombardia, sem realmente marcar o clube. Em 1987 ele chega no Cesena, no qual ele disputa 25 jogos e marca 4 gols. Depois ele decide se engajar no Salernitana, o time de Salerno, de onde sua mulher é originária, e com o objetivo de subir essa equipe da 3ª para a 2ª divisão. . No vestiário Diba não deixa transparecer jamais seu passado no seio de grandes clubes , lembra Giancarlo Ansaloni, treinador da época. Em junho de 1990, a Salernitana subiu para a 2ª divisão e como ele havia anunciado Agostino di Bartolomei encerra sua carreira.. Ele tem 35 anos e uma cabeça cheia de sonhos e projetos. Com o jornalista Franco Espósito ele realiza vídeos para explicar os gestos de base de sua antiga profissão. “Foi a sua maneira de se oferecer. Ele esperava que a Federeação, os grandes clubes lhe oferecesse grandes projetos lembra Espósito. Ele montou também uma escola para jovens da região, dentro dessa parte do Sul, onde ele dizia a sua mulher “Tem tudo para ser construído”. “Ele adoraria ter dirigido os jovens do AS Roma”. “Quando jogador ele teria preferido ficar lá para fazer isso, do que ter ido para o Milão, diz sua viúva Marisa. Problema. Di Bartolomei se encontrava longe do futebol. Enquanto ele se enterra no Cilento (sub-região do Sul da Itália) seus antigos companheiros, eles se reconverteram nos grandes clubes profissionais. Tancredi e Conti encontram trabalho no Roma. Ancelotti acompanha Sacchi na Copa do Mundo de 1994 como treinadores assistentes e quando o “GialloRosso” decide nomear um novo Diretor Geral é um antigo árbitro que eles escolhem. Enta~”Diba” envia cartas. Ele escrevia ao Presidente Sensi e lhe dava conselhos tácticos. “Era sua maneira de pedir para ser contratado”, lembra Graziani. “Abandonar o futebol foi algo de terrível para o meu marido. Ele tinha tudo a refazer e em vez de se oferecer, ele esperava ser chamado e acabou esperando em vão” confia Marisa. Impossível portanto saber os primeiros sinais daquilo que seu filho Luca chama hoje de “Uma grande depressão”. Houve bem esse almoço com Antonio Zinna em Roma, um antigo vereador de Salerno que se tornou um amigo, durante o qual “Diba” lhe lembrou com emoção que era o lugar onde ele ia com Liedholm, durante a bela época. E teve também esse episódio dentro do carro, também com Zinna. “A rádio anunciou o suicídio de um empresário Italiano que havia atirado uma bala contra sua cabeça”. Ele me disse : “Ele não deveria ter atirado na cabeça, melhor tivesse sido no coração , é assim que a gente tem certeza de morrer na hora” Se lembra hoje Zinna. Teve essa agencia de seguros criada pelo antigo capitão do Roma que faliu, mesmo se as perdas foram mínimas em relação ao patrimônio do antigo jogador. Talvez existisse também, retrospectivamente essa entrevista dada ao Corriere dello Sport. “Eu sou apaixonado pelos autores como Trilussa e Belli, autores de poesias que são ao mesmo tempo lindas e muito tristes, que tem a qualidade de descrever com uma precisão incrível a alma do Romano. Não é verdade que o Romano seja feliz. Ele é antes de mais nada triste, porque ele é consciente de sua decadência, desde os tempos onde ele dominava o mundo até hoje. O campeão tem 39 anos quando ele decide de por fim em seus dias. Dezessete anos mais tarde na ocasião da apresentação de um documentário consagrado ao capitão, uma noitada, “À memória de Di Bartolomei” foi organizada durante o Festival de Cinema de Roma.. Francesco Totti e Daniele De Rossi, os dois símbolos do AR Roma se desculparam antecipadamente. Eles não compareceram. Artigo de : LUCAS DUVERNET-COPPOLA (Roma) Para a Revista francesa SO FOOT Todos os depoimentos foram recolhidos pelo autor LDC .
Posted on: Wed, 26 Jun 2013 20:20:15 +0000

Trending Topics



Caution: Wear Gloves and Goggles Label, 10 x 7 Try to find
How Great is our God!!! Our Creator and Redeemer . . . And do we

Recently Viewed Topics




© 2015