A CAMPANHA DO PS GONDOMAR, ANALISADA POR ESPECIALISTAS Esta - TopicsExpress



          

A CAMPANHA DO PS GONDOMAR, ANALISADA POR ESPECIALISTAS Esta história contada pelo Correio da Manhã pode ser vista por dois prismas e por um canudo. Os prismas; o caricato da utilização por parte do candidato socialista e a lei que rege as finanças dos partidos e nomeadamente das campanhas. E, por fim, o canudo ou a teoria da conspiração. Mas vamos mesmo começar pelo fim. A candidata de 2009 seria a candidata natural em 2013. Seria, não fossem os partidos verdadeiras máquinas trituradoras e acima de tudo zeladores máximos das amizades. Isabel Santos foi quem em 2009 deu a cara pelo PS numa eleição que se sabia perdida. A luta era contra o dinossauro Valentim Loureiro. Era mais ou menos como eu ir jogar ténis contra o Nadal. A questão seria saber por quantos eu perderia. Mas Isabel Santos, não a filha do presidente de Angola entenda-se, assumiu esse compromisso com Sócrates e foi à luta, conseguindo aumentar a votação do PS em 8 pontos percentuais e contribuir para retirar a maioria absoluta a Valentim Loureiro e ao seu movimento. Mas passaram 4 anos, Valentim já não é candidato e como tal os resultados podem ser bem diferentes. Só que desta feita o equilíbrio de forças no PS/Porto é outro. Agora quem manda na distrital do PS é José Luis Carneiro que, diga-se, ganhou as eleições a Guilherme Pinto, que Isabel tinha apoiado. Percebido? Fácil não é? Terminado este intróito, vamos então à questão da ambulância. Bizarra ideia. Apetece dizer que ainda bem que o candidato não é colaborador numa funerária. O slogan "Queremos +" estaria apropriado mas ainda assim um pouco mórbido. Mas Marco Martins terá pensado e agido como a grande maioria dos portugueses faria. Tenho um carro porque não usá-lo? O carro não é meu mas dos bombeiros? Não faz mal. A lei permite que eu use o carro? Não, mas também não faz mal. E por aí fora que o nacional porreirismo tudo justifica. Mas o problema principal reside numa lei feita a pensar em aplicar multas. As teias que tece a lei de financiamento das campanhas eleitorais é um bom sinal da nossa capacidade de fazer leis para complicar. Veja-se o bom exemplo da lei de limitação de mandatos. Mas voltando à lei do financiamento dos partidos, esta é clara quanto aos valores que cada candidatura pode gastar, calculada com base no salário mínimo nacional e com base no universo do caderno eleitoral, mas depois enreda-se nas complicações. E claro que no final das campanhas os partidos pagam multas avultadas. Concordo que nenhum pagamento seja feito em dinheiro, Paulo Morais o homem das denúncias de corrupção explicará bem melhor o porquê dessa impossibilidade, mas depois a lei acaba por tolher um pouco a capacidade participativa das pessoas e das empresas. O sistema americano é certamente mais claro. Eu dou, fica registado que dei e ponto final. Aqui como de costume ficamos nas meias tintas. Mas voltando à ambulância, acredito que esta já esteja no seu estado natural e Marco Martins por seu lado não voltará a cometer esta imprudência. A lei vai continuar a produzir multas e mais multas. E certamente o CM terá que aguardar por outra oportunidade para que lhe façam chegar mais uma foto indiscreta. Dois prismas e um canudo. imagensdecampanha.blogs.sapo.pt/69114.html
Posted on: Wed, 19 Jun 2013 21:12:52 +0000

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