Ah, quem me salvará de existir? Não é a morte que quero, nem a - TopicsExpress



          

Ah, quem me salvará de existir? Não é a morte que quero, nem a vida: é a aquela outra coisa que brilha no fundo da ânsia como um diamante possível numa cova a que se não pode descer. E todo o peso e toda a mágoa deste universo real e impossível, deste céu estandarte de um exército incógnito, destes tons que vão empalidecendo pelo ar fictício, de onde o crescente imaginário da lua emerge numa brancura elétrica parada, recortado a longínquo e a insensível. É toda a falta de um Deus verdadeiro que é o cadáver vácuo do céu alto e da alma fechada. Cárcere infinito — porque és infinito, não se pode fugir de ti!
Posted on: Mon, 01 Jul 2013 04:13:09 +0000

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