Deus, onde estás? A pergunta pode ter várias entonações. Pode - TopicsExpress



          

Deus, onde estás? A pergunta pode ter várias entonações. Pode ser o clamor de alguém angustiado em busca de socorro, ou de alguém confuso tentando achar respostas, e até mesmo, de um cético ironizando a crença supostamente simplória no divino. O fato é que perguntar onde Deus está só faz sentido mesmo, se estiver ligada ao saber quem é este Deus e a, pelo menos, uma ideia inicial de onde se pode encontrá-lo. É preciso saber a quem procurar e por onde começar para poder achar! Em julho, tenho ministrado uma série de mensagens no Culto de Celebração da Igreja Presbiteriana de Tambaú tem como tema “A Identidade de Deus”: Quem é Ele? Quais são os seus atributos? O que Ele faz? Quais são as suas obras? Qual é o seu “endereço”? Como encontra-lo? Nesta mesma direção, gostaria de refletir sobre “O Deus que se revela nos detalhes”, tratando da manifestação de Deus na Providência. É impossível falar de Providência sem a crença básica na existência de Deus. Se não houver Deus, há apenas coincidência, acaso. Se existe Deus, então há propósito e sentido até mesmo nos aparentes despropósitos da vida que não conseguimos entender, e muito menos explicar. No entanto, é possível “perder” Deus nos detalhes cotidianos, e somente crer nEle nos macroeventos, pelos quais Ele intervém na natureza e em nossas vidas, e que costumamos chamar de Milagres. A Confissão de Fé De Westminster afirma: “Pela sua muito sábia providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor”. Na mesma formulação teológica é afirmado que atributos como a onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus são manifestados nos atos providenciais de Deus, e que Deus “estende, em geral, a todos os crentes” e “também de um modo muito especial ele cuida da Igreja e tudo dispõe a bem dela”. Ora, apreendemos que tudo o que Deus providencia hoje, revela quem Ele é, e que até mesmo, as coisas que Ele permite que suas criaturas façam, convergem para os seus próprios e santos desígnios, de modo que a sua glória e vontade sejam sempre feitas, mesmo que por meios humanos secundários. Trocando em miúdos, podemos ter certeza de que Deus está no controle e nada foge do seu controle em nossas vidas, pois Ele sustenta, com sua “mão invisível”, expressão de R.C.Sproul, todas as coisas, e especialmente, aqueles que o amam e que são chamados, segundo o seu propósito. Controlar não é necessariamente impeder, cercear, mas ordenar que tudo venha a convergir para a sua glória e para o cumprimento do seu propósito geral, e específico para cada um. (Romanos 8:28). Por isso, Deus, via em regra, não impede que você desobedeça à sua Palavra, mas providencia meios de graça para que você seja convencido do erro, arrependa-se e confesse para a restauração, ou caso você resista, meios para a sua disciplina espiritual até que haja fruto de mudança ou, infelizmente, até que a sua impenitência lhe leve ao descaminho eterno. Assim, ter uma vida debaixo do controle de Deus não é permissão para fazer tudo porque “no final tudo dará certo”, nem deve induzir ao relaxamento espiritual, como se não houvesse responsabilidade humana de “desenvolver a própria santificação”. Além disso, pela Providência, Deus está provendo todas as suas necessidades, de modo que você não se sinta desprovido, desprotegido ou desconsolado. Ele é o “meu Pastor e nada me faltará”, lembra? Como pastor, Ele nutre, cuida, protege, guia, cura, consola e, no extremo de amor e dedicação, morre para que suas ovelhas tenham vida e vida em abundância. Confiar na Providência Divina é descansar que Deus me dará tudo o que eu preciso, mesmo que não seja necessariamente tudo o que eu desejo, nem que aconteça no tempo que previa, nem da forma que esperava. No perigo, livramento, se for seu propósito, ou consolo em meio à luta, se for o melhor para mim. Na escassez, a provisão do mínimo necessário, para que eu não desfaleça, do mesmo modo que, na prosperidade, o que transborda, desde que eu não me ensoberbeça. Enfim, Providência é Deus providenciando tudo para a sua glória e para o melhor em minha e em sua vida, nesta ordem. Onde encontrar estas providências divinas? Procure nos detalhes de sua vida e deixe de chamá-los de coincidências, porque não é “o diabo que mora nos detalhes”, como afirmam alguns, mas Deus que neles se revela. Com carinho, Robinson Grangeiro Monteiro
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 01:59:55 +0000

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