Existem 3 tipos de pessoas:As que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam o que aconteceu? (John Richardson Jr) Nestes últimos dias, após ler e reler a página da ASPA, fiquei a refletir sobre todos os posts sobre o rott do Sr. João e outras questões levantadas a respeito da “proteção animal”. Assim, decidi escrever o meu depoimento que será único. Eis algumas considerações: ASPA, o que é? Uma associação de socorro e proteção aos animais de Itu. ASPA, o que faz? Foi fundada em 2005 com o único propósito de promover o bem estar animal em suas diversas formas. Mas o que isso significa de fato? Bem, é aqui que começa a nossa estória... Atualmente, tornou-se um verdadeiro modismo ser “um protetor de animais”. Há um clamor público em todas as redes com denúncias de todos os tipos, reclamações, cobranças e pedidos de providências urgentes. Inicialmente, quero esclarecer algo sobre “ser protetor”. O protetor não é tão somente o indivíduo que senta a frente de um computador e faz suas denúncias ou recorre a alguma ONG, associação, etc para que alguém faça alguma coisa. Não é apenas telefonar para alguém para que esse alguém se responsabilize por algo que foi você que presenciou, testemunhou, ouviu falar. O protetor é uma pessoa que é exatamente igual a você: trabalha, estuda, tem filhos na escola, doenças na família, organiza uma casa e todas as outras atribuições que qualquer pessoa tem em seu cotidiano. A diferença é que ele, o “protetor” decidiu arregaçar as mangas e fazer a diferença. Ser um protetor de animais requer coragem, desprendimento, dedicação, paciência e muito, muito amor. Tudo isto serve para os animais mas é preciso que também seja direcionado ao homem. Afinal, é por causa do ser humano que o sofrimento animal existe. O trabalho vai muito além. A ASPA lida diariamente com inúmeros eventos que requerem método de trabalho, pois apenas deste modo é que teremos êxito em nossas ações. Aceitamos sim as denúncias, mas diferentemente do que alguns pensam; não saímos batendo nas pessoas ou fazemos acusações sem fundamento. O bom senso nos diz que é preciso que haja uma primeira ação que é a averiguação dos fatos e que somente depois da constatação da veracidade dos mesmos é que devemos partir para uma segunda ação que implica muitas vezes apenas na conscientização do infrator. É preciso ter cautela e dar exemplo a sociedade. Sendo assim, não fazemos acusações ou tentamos destruir pessoas por este ou aquele ato. Preferimos ensinar; muitas vezes conceder prazos para que as pessoas possam se adequar; retornar para averiguar o progresso ou não e depois acionar os órgãos públicos disponíveis. Vejam bem, eu disse “disponíveis”. Sim, porque isso implica a boa vontade, pessoal e tempo de outros que nem sempre respondem com a rapidez que cada caso exige. Fazemos o possível dentro de nossas possibilidades. “Ser protetor” é um apostolado; exige esforços contínuos e em conjunto. Nada se alcança se não houver persistência, se não houver comprometimento, se não houver cooperação, se não houver tempo, se não houver ATITUDE e todas estas coisas tem que caminhar dentro de um universo pacífico. Porque do contrário estaríamos na contra mão da mensagem que queremos deixar no planeta. O Equívoco O grande equívoco nesta estória é que as pessoas imaginam que somos funcionários públicos. Não, não somos. Somos um órgão independente, abrigamos cães que foram retirados das ruas de Itu e de outras cidades e os mantemos com recursos que em sua maior parte são próprios e apenas uma mínima parte é oriunda de doações esporádicas de pessoas que se comovem com a situação e fazem o que podem. Mas pelo menos estas não estão apenas reclamando e imaginando que somos salvadores de todas as ocorrências da cidade. Elas também carregam a mesma bandeira. Elas compreendem nossas limitações. Elas conhecem nossa estória, nosso endereço, nosso trabalho e sabem que o nosso time para atendimento as denúncias se resume a duas pessoas. Sim, temos duas pessoas para atender uma média de cinco queixas/dia. Como fazemos? Apenas fazemos. Fazemos quando podemos, fazemos imperfeitamente porque nossa realidade não permite que seja de outro modo. Mas fazemos! Fazemos na esperança de que outros se juntem a nós. E o que não deu naquele dia, fica para o próximo! “Ser protetor” é um estado de espírito. Sentimos indignação como qualquer um de vocês. Mas optamos pela conscientização pacífica. O que implica que sabemos que teremos de enfrentar longos e árduos dias de trabalho, que deixaremos de nos alimentar porque estaremos a espera de delegados, promotores , prefeitos que ainda não chegaram ou não chegarão para podermos pedir ajuda. É dedicar tempo, dinheiro e toda a sua vida a uma causa que não lhe trará retorno material algum. Você simplesmente acorda e segue em frente. Você tem orgulho de ter abraçado a esta causa, você não compartilha mais de festejos que possam imputar algum tipo de sofrimento ou humilhação aos animais, muda seus hábitos no geral como alimentação, vestuário, etc. “Ser protetor” exige que se tenha equilíbrio, sensatez, otimismo, paz interior e uma boa dose de esperança. Como podem ver, a questão é bastante ampla. Queremos mudar o mundo, mas se não conseguimos, ficamos felizes de termos mudado pelo menos uma pessoa. Fazemos nossa parte na sociedade. E mais, fazemos muitas vezes anonimamente. A maior parte de nossos feitos não é sabido, não é divulgado, não vende jornais mas assim mesmo compreendemos que quando não estamos presentes somos incompreendidos e somos alvo de comentários totalmente improcedentes porque não foram baseados em verdades mas apenas em suposições. Assim, para finalizar, peço a todos que diante de nossas atribuições como prestadores de bons serviços a cidade de Itu e a esta nobre causa; que todos compreendam que nossa página aqui no Face existe para auxiliar as pessoas em denúncias de maus tratos; ajuda para encontrar seu amiguinho perdido ou roubado; compartilhamento de causas iguais ou de maior relevância de outros companheiros de jornada; doações e idéias que possam ser transformadoras dentro de um processo de realizações; notícias pertinentes, interessantes e que contribuam positivamente para que possamos ajudar sempre aqueles que são o nosso maior interesse: os animais. Deixe sua mensagem de encorajamento, otimismo e esperança! Não utilize nossa página para provocar conflitos, discórdias, discussões e polêmicas inúteis e que em nada contribuem para a nossa causa. Denuncie sim, mas tenha atitude! Junte-se a nós! Existem 3 tipos de pessoas:As que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam o que aconteceu? (John Richardson Jr) Maria Augusta ASPA
Posted on: Tue, 26 Nov 2013 10:28:29 +0000
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