Jó cap. 6 e 7 Ah! Se as minhas desgraças e os meus sofrimento - TopicsExpress



          

Jó cap. 6 e 7 Ah! Se as minhas desgraças e os meus sofrimento fossem postos numa balança, com certeza pesariam mais que a areia do mar. E foi por isso que falei com violência. As flechas venenosas do Deus Todo-Poderoso estão fincados em mim, e o veneno entra na minha alma. Com os seus ataques tem me enchido de terror. O jumento fica contente quando come capim, e o boi não reclama quando tem pasto. Mas que gosta de comida sem sal? Que gosto tem a clara do ovo? Não tenho apetite para comer essas coisas, e tudo o que como me faz mal. Ah! Se Deus me desse o que estou pedindo! Ah! Se Deus ouvisse a minha oração! Então ele me tiraria a vida; Ele me atacaria e acabaria comigo! Se eu soubesse que Deus faria isso, eu daria pulos de alegria, mesmo sofrendo muita dor. Pois Deus é Santo, e eu nunca fui contra suas decisões. Onde estão as minhas forças para resistir? Porque viver se não há esperança? Será que sou forte como pedra? Será que meu corpo é de bronze? Não sou capaz de me ajuda a mim mesmo, e não há ninguém que me socorra. Uma pessoa desesperada merece a compaixão de seus amigos, mesmo que tenha deixado de temer* ao Deus todo-Poderoso. Mas eu não pude contar com vocês, meus amigos, que me desapintaram como um riacho que seca no verão. Primeiro ele está cheio de gelo e de neve, mas depois vira água, que vai sumindo no calor, até que no fim o seu leito fica seco e duro. As caravanas* se perdem procurando água; avançam pelo desertk e ali morrem. Aqueles que vem de Temá e de Sabá procuram esses ribeirões; cheios de esperança, porém quando chegam, todos ficam desapontados, e a sua esperança morre ali. Vocês são como esses ribeirões; vocês vêem a minha miséria e ficam com medo. Por acaso pedi que vocês me dessem qualquer coisa? Ou que me oferecessem um presente? Será que pedi que me salvassem de um inimigo ou que me livrassem das mãos dos bandidos? Ensinem-me, que eu ficarei calado; mostem o erro que cometi. Quem fala a verdade convence, mas a acusação de vocês não prova nada. Será que vocês querem criticar o que eu digo, querem tratar as palavras de um homem desesperado como se elas fossem vento? Vocês seriam capazes de vender um órfão em leilão; vocês venderiam até mesmo um amigo! Olhem bem nos meus olhos e digam se estou mentindo. Retirem o que disseram; não sejam injustos. Não me condenam eu estou com a razão. Vocês pesam que eu sou um mentiroso? Será que não sei o que é certo e o que é errado? Cap.7 A vida neste mundo é dura como serviço militar; todos têm de trabalhar pesado, como o escraco que suspira pela sombra, como o trabalhador qur espera o seu salário. Mês após mês só tenho tido desilusões, e as minhas noites têm sido cheias de aflição. Essas noites são compridas; eu me canso de virar na cama até de madrugada e fico perguntando: "Será que já é hora de levantar? O meu corpo está coberto de bichos e de cascas de feriadas; a minha pele racha e dela escorre pus. Os meus dias passam mais depressa do que a lançadeira do tecelão e vão embora sem deixar esperança. Lembra-te, ó Deus, de que minha vida é somente um sopro; os meus olhos nunca mais verão a felicidade. Tú me vês agora, porém não me verás mais; olharás para mim, mas eu já terei desaparecido. Como a nuvem que passa e some, assim aquele que desce ao mundo dos mortos* nunca mais volta; ele não volta para casa; ninguém se lembra mais dele. Por isso não posso ficar calado. Estou aflito, tenho de falar, preciso de me queixar, pois o meu coração está cheio de amargura. Será que eu sou algum monstro do mar para que fiques daí me vigiando? Quando penso qur na cama encontrarei descanso e que o sono aliviará minha dor, então me espanta com sonhos e com pesadelos me enchem de medo. Eu prefiro ser estrangulado; é melhor viver do que morrer neste meu corpo. Detesto a vida; não quero mais viver. Deixa-me em paz, pois minha vida não vale nada. O que somos nós, para que nos dês tanta importância e te preocupes com a gente? Porque nos vigias todos os dias e a todo o instante nos faze passar por provas? Quando deixarás de olhar para mim, a fim de que eu tenha um momento de socego? Se pequei, que mal fiz a ti, ó vigia das pessoas? Porque fizeste de mim alvo sas suas flechas? Por acaso sou uma carga tão pesada assim? Porque não perdoa o meu pecado e apagas a minha maldade? Logo estarei na sepultura; tu me procurarás, mas eu não existirei mais.
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 13:19:21 +0000

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