O NAVIO FANTASMA (44): O VENENO DE ANGOLA Poucas coisas são - TopicsExpress



          

O NAVIO FANTASMA (44): O VENENO DE ANGOLA Poucas coisas são hoje tão venenosas para a nossa democracia e para a nossa liberdade como o modo como se está a discutir a questão de Angola. O espectro de represálias, a atitude subserviente, a aceitação da força alheia e perda de dignidade da nossa, o abandono dos mais basilares princípios do que é uma democracia e do que é a liberdade, cria um ambiente de medo no debate angolano que poucos são capazes de romper. No Prós e Contras da RTP ouviram-se as mais absurdas das coisas, e, com excepção de uma defesa por Ricardo Costa da obrigação jornalística de dar as notícias que tanto inflamam a elite angolana, o debate foi um retrato de como o veneno da chantagem angolana funciona. Como acontece muitas vezes os especialistas que são chamados à televisão trabalham em Angola, têm interesses angolanos e recebem salários do governo de Angola. É o caso do antigo Ministro Martins da Cruz, que para além de ter sido ministro dos negócios estrangeiros de Luís Filipe Meneses na Câmara de Gaia, é, segundo o seu currículo, membro do conselho de administração de empresas em Portugal, Espanha e Angola e consultor do Governo de Angola. Ou seja, para efeitos daquele debate, está do lado de lá. E mesmo Louçã, um internacionalista, disse que não discutia a origem do dinheiro angolano porque isso era um problema dos angolanos. Como assim? Ele que não se coíbe de discutir os dinheiros dos americanos, ingleses, franceses, a política interna de todos os países do mundo, subitamente pára às quatro rodas naquele debate e, perante aquela plateia, onde o que era vitalmente preciso dizer é que é a origem do dinheiro angolano o principal problema, dinheiro roubado a um povo na miséria, por uma clique de políticos e generais do MPLA, e lavado em Portugal, fica calado.
Posted on: Sat, 02 Nov 2013 09:59:54 +0000

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