O baú da ingratidão De repente acordei Andando de norte a - TopicsExpress



          

O baú da ingratidão De repente acordei Andando de norte a sul, Tão lento, tão devagar, Na Serra de Martins. Redescobrindo paisagens, Numa outra dimensão, Entre o calor e o frio, Aonde é preciso mais que alma Pra não morrer sufocado. Onde a lua já tinha saído Como uma bola amarela. Assim como à noite, veem o dia, Refletindo o orvalho da manhã, Com o sol jogando seus raios. Numa Terra de imbecil Com uma pitada de orgulho. Com cara de imbecil, Olhando a seca queimar. É uma visão estranha E difícil de apreciá-la. Por que tanta ingratidão? Por que matar quem matou Tanto a nossa precisão? Uma flora dizimada. Guardada num baú de ingratidão. Já ia abrir a boca Pra dá minha opinião. Mais no tronco de uma serra, Uma senhora sofrida De maus tratos do tempo. Uns te chamam de Terra mãe Outros de Mãe Natureza. Conversando com a sua irmã a “morte” Sobre essa terra conhecida como nordeste Onde até a prima mais próxima Há abandonou: “esperança”. E com motivo de versos. Recitando o cordel de Antônio Francisco, Os animais têm razão e o Rio Mossoró. Onde o destino é destino: Dá e toma, leva e traz. Cansada e perdida de tanta desolação. Em soluço ela declama Seus versos de luto: “Enquanto eu planto uma árvore. Os seres humanos destroem um milhão. Aonde só fizeram até agora Destruir os vegetais”. Perseguindo os animais, Envenenar o solo maternal, Com seus agrotóxicos, Jogando lixos, Criando guerras e nada mais, Onde no futuro tudo é falso. No grito das correntezas, Abro os olhos com uma cara meio zureta. Com pardais e rouxinóis Cantando perto de mim. Assim como teia que a aranha teceu. Aprendi a respeitá-la na finura da teia. (Edinal S.)
Posted on: Wed, 11 Sep 2013 14:26:33 +0000

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