"Penso que estamos diante de um grande desafio, que é o respeito ao reconhecimento e a autonomia dos diversos profissionais. Não pleiteamos diagnósticos ou curas, pleiteamos a condição de tomar decisões dentro das nossas competências e responsabilidades, trabalhando coletivamente em prol de um cuidado integral do sujeito. Na condição de enfermeiro não quero diagnosticar ninguém, mas quero poder decidir junto ao sujeito sobre o seu processo de adoecimento e cuidado, quero poder identificar necessidades e contribuir com a superação dessas. Quanto ao procurar médicos, curandeiros, Pai de Santos, cada feiticeiro com sua magia, afinal não seria a prática médico um ritual de cura? Será que as pessoas só passaram a adoecer e se curar depois do Século XVIII, quando se instaura a medicina científica? Bem antes da medicina científica as pessoas cuidavam da saúde, tratavam dos doentes, orientavam para a promoção, proteção e recuperação da saúde, negar tudo isso, é negar a história, é negar a própria vida, negar as práticas tradicionais de cuidado é literalmente cuspir no próprio prato que se comeu durante muito tempo e de onde a medicina buscou muitas de suas atuações... Não quero o lugar do médico, quero apenas ser reconhecido no que sou... Se é pra ser radical, deixe o médico prescrever e todos os outros profissionais saiam de cena, dai veremos onde o problema fica maior... NAO AO ATO MÉDICO, SIM AO TRABALHO COLETIVO E RESPEITOSO ENTRE AS PROFISSÕES" REFLEXÕES DO ENFERMEIRO joÃO BOSCO
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 18:31:25 +0000