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Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Página 1 de 27« Antigas Carta de apoio dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSCar aos povos indígenas do sul da Bahia Publicado por admin em 27 de setembro de 2013 em Sem categoria. 0 Comentários Os alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSCar manifestam seu apoio aos povos indígenas do Sul e extremo Sul da Bahia, que estão sendo violentamente ameaçados, como nos mostra o grave episódio envolvendo professores do Instituto Federal da Bahia no último dia 05 de setembro. Consideramos imprescindível a atuação do governo federal no sentido de conter as manifestações por parte de fazendeiros e moradores, contrárias aos povos indígenas da região, e pedimos a garantia da publicação da Portaria Declaratória das terras Tupinambá que já passaram por processo de identificação e delimitação. A situação de violência contra povos indígenas não é recente e é responsável por dezenas de mortos, todos os anos, em todo o território nacional. A Constituição Federal garante aos povos indígenas o direito ao território, direito esse que vem passando por contestações recentes, como por exemplo o PEC 215, que implicam questões muito sérias a estes povos. Sabe-se que a produção e reprodução dos modos de vida, da cultura, e a garantia de qualidade de vida e saúde dos povos indígenas estão intrinsecamente relacionadas à terra e ao território, que guardam não só as condições e insumos necessários para suas vidas, mas também suas memórias. São Carlos, 18 de setembro de 2013 Relato do professor Edson Kayapó: “Um crime absurdo! Mais um carro (oficial) incendiado e professores e motorista da Licenciatura Intercultural Indígena do IFBA ameaçados. Foi hoje [5/9], por volta das 11h, um grupo de quatro capangas interceptaram o carro do IFBA, em São José da Vitória, nas proximidades de Buerarema. Eu estava com os professores João Veridiano (Antropólogo), a professora Julia Rosa (História Indígena) e o motorista. Tínhamos concluído atividades da LINTER em Olivença e estávamos a caminho de Pau Brasil, onde teríamos atividades na aldeia Caramuru (Pataxó Hã Hã Hae). Os capangas pararam o carro e disseram: ‘tem um índio no carro’ e, em seguidas, fomos violentamente expulsos do carro e o veículo foi levado por eles. Fui orientados pelos colegas de trabalho a voltar de táxi para Itabuna, uma vez que os capangas demonstravam ódio contra índios. Foi o que eu fiz, no entanto, o taxi foi interceptado em Buerarema e lá fui espancado e ameaçado de morte por pessoas desconhecidas. O carro do IFBA foi incendiado e jogado no meio da BR, na cidade de São José da Vitória. Os colegas de trabalho bem, estão na delegacia da cidade e eu, nem sei onde estou… Escondido? De que mesmo? Não cometi nenhum crime. A violência contra nossos povos não recua e toma proporções alarmantes. As autoridades pouco esforços mobilizam contra esse estado de coisas”. (Publicado em indiosonline.net/ser-indio-no-sul-da-bahia-virou-crime-e-a-sentenca-e-a-morte/, no dia 06 de setembro de 2013) Sobre atos de racismo contra os Tupinambá: racismoambiental.net.br/2013/09/no-sul-da-bahia-fazendeiros-disseminam-racismo-incitam-a-violencia-contra-os-tupinamba-e-o-governo-nada-faz/ Sobre a demarcação da Terra Indígena Tupinambá: campanhatupinamba.wordpress/ O relato do professor Edson Kayapó segue ao fim da carta, bem como links para maiores informações sobre a violência contra os povos indígenas na região e processo de demarcação da terra indígena.
Posted on: Fri, 27 Sep 2013 23:41:55 +0000

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