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Riqueza gerada por mineração não chega a trabalhadores e comunidades segunda-feira, 12 de agosto de 2013 Advogado sul-africano afirma que os lucros das mineradoras não demonstram a realidade da indústria da mineração, com seus custos sendo repassados para os trabalhadores, comunidades e meio ambiente. Embora a industria mineral crie postos de trabalho e incentive o investimento estrangeiro direto, fatores importantes para a estabilidade da economia, é preciso fazer mais para melhorar a qualidade de vida de seus trabalhadores do setor. A afirmação é do advogado de direitos humanos Richard Spoor, em apresentação durante a 26ª edição da Conferência Anual de Direito do Trabalho, que aconteceu entre os dias 20 de julho e 1 de agosto em Joanesburgo, África do Sul. Spoor acredita que, se o capital financeiro fosse investido no capital humano e se as empresas fossem consideradas realmente responsáveis pela vida de seus trabalhadores, as mineradoras teriam que reestruturar e reorganizar suas operações e técnicas de mineração, o quê serviria de base sólida para crescimento a longo prazo. O advogado, que atua no setor de segurança e saúde ocupacional, foi responsável pela condenação de várias mineradoras, devido ao tratamento dispensado a seus trabalhadores, afirmando que os lucros gerados pela indústria da mineração sul-africana são ilusórios. Ele afirma que os custos relacionados as atividades mineradoras são repassados aos trabalhadores, comunidades e ao meio ambiente. “Para a economia e a indústria serem mantidas, é necessário que sejam sustentáveis. Neste caso, se os custos associados as atividades ultrapassam os benefícios gerados, então a indústria da mineração não pode ser considerada sustentável,” afirma Spoor. Segundo ele, existe um movimento mundial na mineração para a mecanização do trabalho, o que resultaria em menos empregos e na necessidade de trabalhadores mais qualificados. Por isso, uma reestruturação do sistema atual, que se utiliza de mão de obra intensiva, poderia levar a uma indústria de mineração mais sustentável. Em dezembro, Spoor entrou com ação coletiva em nome de 17 mil trabalhadores de mineradoras e seus dependentes que contraíram silicose, doença crônica no pulmão, causada pelo trabalho em minas de ouro na África do Sul. A ação tem como alvos 30 empresas de ouro, que operavam 78 minas de ferro, desde 1965 até hoje, no país. Dentre as empresas estão a Harmony Gold, Avgold, AngloGold Ashanti, Gold Fields, Village Main Reef, Simmer & Jack Mines, DRDGold, East Rand Proprietary Mines, Anglo American South Africa, African Rainbow Minerals, Randgold & Exploration Company, JCI Gold, entre outras. Segundo Spoor, a indústria de mineração de ouro deve estar disposta a pagar uma compensação justa para os trabalhadores que contraíram doenças durante sua atividade profissional. Mas admite ser improvável que doenças e lesões ocupacionais sejam eliminadas em uma indústria perigosa como a mineração. “O custo de doenças ocupacionais devem ser incluso nos custos totais das empresas,” afirma Spoor, que acredita ainda que estes custos devem ser absorvidos pelos empregadores e não repassados aos trabalhadores e suas famílias, que é o que acontece na indústria da mineração. Fonte: Notícias de Mineração Brasil
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 18:41:37 +0000

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