A tristeza de Zé e Maria Poltrona. Feliz o torcedor que não é um Zé Poltrona ou Maria Poltrona. Os coitado se contentam em ver seu time na televisão. Alguns procuram bares para junto a coletividade da família poltrona, torcer pelo seu time. Geralmente torcem por gigantes do futebol que disputam os principais campeonatos nacionais e internacionais. Zé e Maria, diminuem os times pequenos, dizem não entender como alguém torce por um time de Alagoas, por exemplo. Eles pensam que são felizes, ledo engano. Mesmo quando aglomerados em um bar, sem a companhia do controle remoto, não participam do jogo. Não sabem o que é incentivar os atletas do seu time durante. Eles não sabem que o gol, apesar de creditado ao último que tocou a bola, tem co-participação dos outros jogadores, comissão técnica e da torcida. Sim, torcida. Aqueles homens e mulheres da arquibancada. Zé e Maria são telespectadores, é diferente. Torcem, mas não participam. Vocês não vão acreditar, mas teve uns malucos que foram ao Rei Pelé torcer pelo CSA. Aquela gente doida, torcedores, empunharam suas bandeiras e ficam rouco com a goleada do seu time que já estava eliminado. Vocês não sabem o que é isso. Vocês não sabem o que os regatianos que estavam no Rei Pelé, na noite de quarta-feira, vibraram como nunca com o gol que não sabemos se a bola entrou ou não. Vibramos porque participamos, aquilo tem um pouco de voz regatiana. Zé e Maria, troquem seus controles remotos pela bandeira. Troque a televisão pelo rádio. Principalmente, troque a poltrona pela arquibancada. Só assim, descobrirão o que é ser um torcedor de verdade.
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 03:48:58 +0000
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