ATA DA 1˚ REUNIÃO DO FORUM AMPLIADO DE SAÚDE MENTAL - TopicsExpress



          

ATA DA 1˚ REUNIÃO DO FORUM AMPLIADO DE SAÚDE MENTAL LAPA/PINHEIROS. 14/08/2013 No dia quatorze de agosto de dois mil e treze, no Museu da Casa Brasileira, localizado na Avenida Faria Lima, nº 2705, com início às dezenove horas. A lista com os presentes na reunião encontra-se em anexo. Pedro inicia a reunião retomando a história da organização deste coletivo, que surge a partir das discussões realizadas pelo grupo de Trabalho de Saúde Mental e Pessoal em Situação de Rua do Conselho Gestor de Saúde da região Lapa/Pinheiros. O objetivo inicial deste fórum é realizar discussões preparatórias para a Pré-Conferência de Saúde Mental e Conferência de Saúde Mental que acontecerá, respectivamente, no dia 31 de agosto e no início de outubro. A comissão organizadora consensuou que, sem excluir outros temas pertinentes, as discussões seriam realizada em torno de quatro eixos fundamentais, a saber: 1.Acolhimento nos serviços de saúde e a lógica do balcão; 2.Deslocamento da centralidade médica no entendimento da saúde; 3.Intersetorialidade; 4.Territorialidade. Ajax inicia a discussão comentando a forma como se dá a entrada dos cidadãos nos serviços de saúde e que tipo de acolhimento vem sendo realizado nas unidades, destacando que este acolhimento se dá pautado, majoritariamente, pela urgência da patologia e/ou da ordem de chegada, e não pelas situações de vulnerabilidade social. A atual forma de acolhimento no balcão e organizada pela ordem de chegada sobrecarrega os funcionários e fica focada na doença. Mudança do acolhimento é apontada como uma política. A lógica do acolhimento do usuário e acompanha-lo ajudando a resolver e achar os recursos necessários supera a lógica centrada na doença. Para isto é preciso estrutura onde os serviços sejam acolhedores reconhecendo necessidades e vulnerabilidades ao invés de ficar de ver só a doença. Pedro destaca a necessidade de se transformar paradigmas internos e externos às unidades de saúde no que tange ao significado de atenção básica e atenção primária. Atenção primaria como afirmação de que é a atenção fundamental, primeira e não apenas o mínimo. Acerca da demanda reprimida, Aída sugere que seja reafirmado na discussão da pré conferência a necessidade de maior investimento em concursos públicos para suprir a carência de recursos humanos das unidades de saúde. Destaca também que a rotina de acolhimento institucional aconteça não só nas unidades de Saúde Mental, mas em todas as instituições, como uma política pública. Apos considerações do grupo, decide-se levar para o debate na pré-conferência a importância da ampla realização dos grupos de acolhimento nos serviços de saúde da atenção primária, como política pública, a fim de redirecionar a prioridade do atendimento para a lógica da vulnerabilidade social. Esta transformação paradigmática facilitará a condução, a referência e a contra referência dos casos, potencializando o quantitativo de funcionários e aumentando a agilidade dos serviços. As carências de recursos humanos devem ser supridas com a realização de concursos públicos. Sobre a Intersetorialidade, destacou-se a necessidade de se realizar mais discussões não apenas com outros serviços de saúde, mas também com outros setores da sociedade civil. Os instrumentos públicos deveriam fazer intercâmbios com as universidades e outros sistemas como educação. Pensar em que níveis serão estas parcerias. Proposto que aconteçam reuniões intra (interna das equipes das unidades) e inter (entre equipes de diversos serviços) etc. Redes com outros serviços onde o agente de saúde acompanha usuários de saúde mental. Com transporte. Os agentes comunitários não sabem como lidar com os usuários de saúde mental. Tiago Braga destaca a necessidade de construir espaços de discussão entre os serviços de saúde e além destes, entendendo que estes espaços são organizadores da rede. Estes encontros devem ser realizados em espaço dentro da agenda de trabalho, incluindo a categoria médica, favorecendo assim a discussão multidisciplinar e deslocando a condução das discussões da saúde da centralidade médica. Espera-se que estas reuniões potencializem o diálogo, o fluxo entre os serviços e a formação dos profissionais. Responsabilizar-se administração e também os funcionários para que as reuniões aconteçam. Ajax aponta este espaços como espaços de formação. Formação enquanto o serviço está acontecendo. Na PUC a disciplina de estágio no SUS é opcional. Deveria ser parte do currículo do curso. Afirma-se a necessidade da formação em serviço. Pedro afirma que os serviços deveriam ter supervisão e que formação tem a ver com isto. Aída pauta que este coletivo encaminhe uma moção de apoio à Secretaria de Direitos Humanos, destacando a importância deste setor e a necessidade de se realizar mais diálogos a fim de retomar as discussões acerca dos direitos dos usuários dos serviços de Saúde Mental. Faz-se necessário retomar as discussões intersetoriais com estes setores a fim de aproximar o contexto da saúde mental ao da cultura e da justiça. No que tange ao trabalho territorial, Pedro ressalta a necessidade de se criar condições para que os serviços possam desenvolver tal especificidade. Dentre estas, destaca-se a importância de transporte e dos agentes comunitários com formação em saúde mental. Valorizar a economia solidaria onde o trabalho não é de faz de conta; parceirias como esta que está acontecendo com o Museu da Casa Brasileira. Ajax aponta que na região lapa pinheiros há muita desigualdade mas que a população vulnerável está distribuída. As pessoas mais vulneráveis é que precisam de atendimento sistemático prioritariamente. São 600 mil trabalhadores formais na região de Pinheiros, que moram longe e que podem ter uma parcela vulnerável. Destaca o quantitativo de recursos culturais e de justiça, assim como tantos outros, existentes na região e que são pouco utilizados devido ao pouco acesso aos locais que não levam em consideração a dificuldade da população em acessar os locais. Fernanda destaca a necessidade da formação em serviço tanto no que tange à formação acadêmica quanto dos próprios profissionais. Rafael destaca a necessidade de fomentar a interlocução entre as universidades e conselhos gestores. Rafael reforça o papel da escola de saúde pública e os conselhos gestores de saúde; os estudantes deveriam se inserir nos espaços que já existem. Aída coloca como encaminhamento para o grupo a pesquisa sobre as legislações acerca da Residência em Saúde Mental. Ajax defende que a residência seja multiprofissional e em serviço. João Pedro destaca a necessidade de se lutar pela integralidade da saúde, levando em consideração a ausência de unidades básicas de saúde na região da Avenida Paulista, reduzindo a demanda da todos os trabalhadores e moradores da região. Aída destaca a quantidade de hospitais privados nessa região da paulista sendo então necessário trabalhar com a mudança de paradigma do entendimento populacional público x privado. Aparece que não existe uma política de saúde bucal dentro da saúde mental. Deveríamos lutar pelo direito a saúde bucal. Aída solicita esclarecimentos acerca da demanda despertada pelo Fórum Popular de Saúde para que o Conselho Municipal pudesse montar sub comissões de Saúde Mental. Rafael esclarece que estes grupos de trabalho já foram montados e seguem discutindo sobre o tema. Rafael destaca também a aprovação do dia para a eleição dos Conselhos de Saúde. Sugere-se chamar o conselho municipal de saúde no grupo de trabalho de saúde mental. Rafael fala que foi aprovado que as eleições de todos os conselhos aconteçam em um único dia. Mas isto ainda não aconteceu. Pedro sugere que a discussão seja sintetizada para que o encaminhamento nas conferencias sejam mais estratégicos. Aída discorda e sugere o encaminhamento de todas as propostas, tendo em vista que a “escolha” do encaminhamento das propostas, pelo viés, do governo, é pautado pela viabilidade financeira. Eixos sínteses do que é mais importante para a conferencia: ambulâncias, agentes comunitários, reuniões (na unidades das redes). Como a formação do aluno esta sob o guarda-chuva do ministério da educação mas o aluno deveria ser formado para atuar no SUS sob guarda chuva da saúde. Pensar a formação dos alunos em relação às demandas reais de saúde. Em votação, decidiu-se que a próxima reunião será realizada no prazo de 30 dias. Encaminhamento para o próximo encontro: convidar alguém da Comissão de Saúde Mental do Conselho e dos Direitos Humanos, Centros Acadêmicos, alunos e docentes e etc. para a participação do fórum. Propostas para a divulgação do Fórum: criar página no facebook e uma lista de e-mail; divulgar no Jornal da Vila Madalena e no Gazeta d’Italia. Informes: Rafael convida para a reunião do fórum saúde no dia 20/08/2013, às 19 horas, na igreja do calvário para seguir discutindo as propostas da saúde para a conferência.
Posted on: Wed, 18 Sep 2013 02:01:57 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015