Acho que a humildade do Papa Francisco, tão exaltada atualmente, deve ir para bem além de renúncias materiais, avançando principalmente para um posicionamento ousado e que humildemente repense sobre a interferência da igreja em decisões políticas, sobretudo em relação à legislação, sempre na tentativa de incutir valores e convicções privadas que têm interferência direta na vida pública, repercutindo na vida de todos e não apenas na vida de quem professa a fé católica e que consequentemente comunga com o que ela estabelece. O mesmo princípio vale para todas as outras religiões. Poderia também abrir mão de certos benefícios estatais que vão contra o princípio de laicidade do estado. Esses tipos de renúncia (não só dele, mas de todos os demais líderes religiosos) teriam meu total apoio, embora tenha consciência que não ocorrerão. Prossigamos nessa relação Estado/Igreja, um casamento que vez por outra passa por pequenas discussões, mas permanece firme e forte há séculos.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 14:57:36 +0000
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